Raio mata mulher na praia em Guarujá
A turista de Ribeirão Pires (SP), Rosângela, chamava o filho
de 11 anos e os sobrinhos, que tomavam banho de mar, quando foi atingida por um
raio e morreu, na tarde de segunda-feira (13 de janeiro), na Praia da Enseada,
em Guarujá.
Na foto 1, ainda na faixa de areia, a vítima observa as crianças na água. A foto 2 mostra Rosângela já no mar, de braços abertos. O raio atinge a mulher, na foto 3, atrás do veículo branco. Na foto 4, familiares fazem o resgate, retirando-a da água. O momento do acidente foi flagrado pelo repórter-fotográfico de A Tribuna, Rogério Soares
De acordo com o marido da vítima, LLS, 13 integrantes da
família chegaram à praia às 12 horas e, por volta das 15 horas, uma tempestade
começou a se aproximar. Resolvemos ir embora. Estávamos guardando as coisas,
quando ela foi chamar as crianças e
recebeu a descarga. Eu recebi um choque também, mas Rosângela ficou caída, diz
o marido, que estava fora d'água.
Segundo o irmão da vítima, outra irmã também foi atingida pela descarga
elétrica. Ela chegou a ficar com um hematoma no olho'.
RESGATE
Ao ser atingida pelo raio, ela foi automaticamente resgatada
pelo grupo, que teve o reforço de outras pessoas que estavam na praia. Durante
aproximadamente dois minutos eles tentaram fazer massagem cardíaca, mas sem
sucesso.
Rosangela foi colocada no veículo que estava estacionado na
areia e levada para o Posto 11, do Corpo de Bombeiros, que fica 50 m distante do local da ocorrência, no canto do
Tortuga.
HOSPITAL
Os guarda-vidas, que estavam abrigados naquele momento atendendo
a um alerta do Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar), viram o carro se
aproximando e ajudaram na tentativa de reanimação. Uma viatura foi chamada e a
mulher imediatamente foi encaminhada à UPA Enseada, a unidade mais próxima de
pronto-atendimento. Fonte: A Tribuna On-line- Terça-feira, 14 de Janeiro de 2014
Comentário:
Quando um raio cai no mar, até onde vai a eletricidade?
Depende do raio. Estima-se que uma descarga de 50 mil
ampères, por exemplo, já seja inofensiva a um banhista a 125 m do ponto de
incidência. A intensidade da corrente diminui segundo o inverso do quadrado da
distância. Logo, com o dobro da distância, cai para 1/4. Com o triplo, baixa
para 1/9. E assim por diante. Por isso que, quando um raio cai em Copacabana,
alguém em Ipanema não morre eletrocutado. O raio se comporta da mesma maneira
no mar ou na terra. A diferença é que, como a corrente sempre procura se
concentrar no meio mais condutor, no mar aberto ela se divide igualmente entre
o nosso corpo e a água. Já em terra firme, ela sempre se concentra no nosso
corpo - e aí os danos são maiores.
Confira as consequências de um raio de 50 mil ampères a
diferentes distâncias
Morte certa
Uma pessoa nadando a até 50 m do ponto de incidência da
descarga elétrica sofreria um choque de mais de 300 mA (miliampère). Resultado:
um ataque cardíaco fulminante
Chance de sobrevivência
Entre 50 m e 85 m, a descarga elétrica diminui, podendo
variar entre 300 e 100 mA. O nadador sofreria queimaduras, asfixia e, em alguns
casos, uma parada cardíaca, mas poderia se salvar
Risco reduzido
Entre 85 m e 125 m, a intensidade fica entre 100 e 50 mA.
Não é suficiente para matar ninguém, mas apenas porque a descarga elétrica de
um raio dura pouco - cerca de um milésimo de segundo. Uma descarga mais
duradoura nessa mesma intensidade, como no choque de um chuveiro, poderia, sim,
matar
São e salvo
Acima dos 125 m de onde o raio caiu, uma pessoa no mar
receberia uma descarga elétrica de menos de 50 mA. Ela sentiria o formigamento
típico, mas sem riscos
Atenção! Esses valores são só representativos. Durante uma
chuva com raios, sempre saia da água e procure um local seguro
• Raio é a descarga elétrica atmosférica. Relâmpago é a luz
e trovão é o som causados pela ionização do ar e o choque com as cargas
elétricas das nuvens. Fonte: Mundo Estranho
Como saber se o raio “caiu” perto?
A luz produzida pelo raio chega quase que instantaneamente
na vista de quem o observa. Já o som (trovão) demora um bom tempo, pois a sua
velocidade é menor. Para obter a distância aproximada em quilômetros, basta
contar o tempo (em segundos) entre o momento que se vê o raio e se escuta o
trovão e dividir por três. Fonte: INPE – Instituto Nacional de Pesquisa
Espacial
Um raio pode atingir diretamente uma pessoa?
A chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio
é muito baixa, sendo em média menor do que um para um milhão. Contudo, se a
pessoa estiver numa área descampada em baixo de uma tempestade forte esta
chance pode aumentar em até um para mil. Entretanto, não é a incidência direta
do raio a maior causadora de mortes e ferimentos. Geralmente isso acontece por
efeitos indiretos associados a incidências próximas ou efeitos secundários dos
raios. As descargas também provocam incêndios ou queda de linhas de energia, o
que pode atingir uma pessoa. Fonte: INPE – Instituto Nacional de Pesquisa
Espacial
Nos Estados Unidos há uma variedade de detectores e alertas
de raios portáteis, do mais complexo ao mais simples.

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