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sexta-feira, setembro 29, 2017

Engenheiros chineses mudam templo de 135 anos

Uma cerimônia ritual  realizou-se  para marcar a mudança do Salão Mahavira do Templo do Buda de Jade em Xangai, a leste da China, 17 de setembro de 2017. O hall  principal do templo de 135 anos em Xangai  de 2 mil toneladas foi movido 30 metros para o norte para criar mais espaço para os visitantes.

O hall principal foi deslocado com sucesso 30 metros ao norte e levantou um metro para criar mais espaço para os visitantes.

A  movimentação do templo começou em 2 de setembro e terminou no domingo. O hall  principal do templo foi movido 30,66 metros para o norte, com o templo, e elevado de 1,05 metros. Estátuas budistas e relíquias também foram movidas..

O Templo foi construído em 1882, no centro de Xangai e atrai mais de dois milhões de visitantes por ano. Visitantes diários podem atingir até 100.000.

Os trabalhadores bombearam  concreto na base do templo para reforçar as fundações. Foram construídos  dez “trilhos” sobre os quais o edifício foi  movido. Por fim, a construção de 135 anos foi erguida com o auxílio de macacos hidráulicos. As estátuas e outras relíquias no edifício foram estabilizadas e protegidas com armações para evitar danos.

O cálculo e a análise detalhadas durante todo o processo asseguraram que todas as partes foram movidas juntas e uniformemente, de acordo com Li Yaming, engenheiro-chefe do Institute of Shanghai Architectural Design and Research Company.
Com essa mudança criará mais espaço entre edifícios e reduzirá o risco de aglomeração de pessoas. O templo reabrirá no fim do ano, quando a reforma estiver concluída. Fonte: Xinhua- 2017-09-17 





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sexta-feira, setembro 05, 2014

Colapso de tanque de armazenamento

Este caso mostra o colapso de um tanque resultante de seu esvaziamento, quando a válvula de alivio foi coberta por um plástico para "protegê-la" durante a pintura. Este é o terceiro caso de ocorrência que tomamos conhecimento. Quem sabe quantas vezes mais, isto já aconteceu?

A foto mostra a extensão dos danos. A estrutura metálica (andaime)  em volta do tanque é para pintura

LIÇÕES APRENDIDAS:

■Cobrir a válvula de alivio durante a pintura de tanques é uma prática regularmente padrão; infelizmente deixá-la coberta durante o esvaziamento do tanque é uma prática muito fora dos padrões.

■Este é um erro caro e embaraçoso que se pode prevenir totalmente pela adesão as boas práticas de segurança entre operação e manutenção.

Foto 1 - A seta mostra o plástico utilizado para cobrir a válvula de alívio de pressão 
Foto 2 - A seta mostra o fundo do tanque que foi levantado devido ao colapso (implosão)

■Este tipo de coisa quase sempre resulta em total destruição do tanque. Geralmente não compensa reparar tanques com esta extensão de danos.

■Às vezes, é difícil acreditar que o plástico sobre a válvula de ventilação é mais forte que o aço do tanque sob as condições de vácuo que são criadas quando da extração do produto do tanque. É vendo para acreditar.  Fonte: API - American Petroleum Institute

Comentário: Os acidentes de  colapso de tanques ocorrem porque os operadores desconhecem como são tão frágeis os tanques. Enquanto muitos tanques são projetados para uma pressão interna de 20 cm de coluna d’água (0,02 kg/cm2), para o vácuo suportam apenas uma depressão de 6 cm de coluna d’água  (0,006 kg/cm2). Esta é uma pressão hidrostática no fundo de uma xícara de café.
Podemos impedir tais acidentes aumentando o conhecimento do pessoal, sua compreensão  quanto à fragilidade dos tanques e de como eles operam, e especialmente quanto ao modo  de funcionamento do vácuo. Fonte:  O que houve de errado ?– Trevor A. Kletz
Obs:  1 atm  = 14,70 psi  = 10,33 mca = 10.330 kgf/m2 = 1,033 kgf/cm2


O poder da pressão do ar
Materiais necessários: água, vasilhame metálico e uma chama.
Como todo experimento que envolve fogo, tome cuidado com este!

EXPERIMENTO
Tome um vasilhame limpo (que possa ser fechado com uma tampa) e adicione um pouco de água.
Deixe-o aberto e esquente o vasilhame com água. Quando a água começar a evaporar, retire-o com cuidado da chama e tampe-o. Enquanto o vasilhame resfria, a pressão do ar à sua volta vai forçando suas paredes, amassando-o!

COMO ISTO ACONTECE?

Bom, quando a água estava aquecendo, o vapor foi tomando o espaço que o ar tinha dentro do vasilhame. Podemos dizer que quando a água entrou em ebulição, a maior parte do ar foi expelido para fora do vasilhame, restando bastante vapor d'água. Aí o vasilhame foi fechado, impedindo que ele retornasse à medida que o vapor d'água se condensava no interior do vasilhame. Como a pressão interna vai diminuindo, a pressão externa começa a agir, amassando o vasilhame, ao esfriar, tem o vapor d'água transformado em líquido, e só um pouco de ar no interior do vasilhame. É este desequilíbrio de pressões interna e externa que você acaba observando neste experimento! Fonte: Fonte: Educação do Brasil.

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segunda-feira, agosto 12, 2013

Megaprojeto de engenharia: Linhão Tucuruí-Macapá-Manaus

A linha de Transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus permitirá a integração dos estados do Amazonas, Amapá e do oeste do Pará ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com aproximadamente 1.800 quilômetros de extensão total em tensões de 500 e 230 kV em circuito duplo, passará por trechos de florestas e vai atravessar o Rio Amazonas.
Por se tratar de uma obra complexa e realizada predominantemente na floresta amazônica foi definido um projeto compatibilizado com as orientações do órgão ambiental, buscando mitigar os impactos ambientais decorrentes, tais como alteamento de torres, uso de estruturas autoportantes e adoção de apenas picada para lançamento de cabos. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 3 bilhões.

EMPRESAS VENCEDORAS
1-A SPE Manaus Transmissora de Energia S/A vai construir o trecho Oriximiná / Silves / Lechuga, em 500 kV, com extensão de 586 km, nos estados do Amazonas e Pará. As empresas participantes são Eletronorte, Chesf e a espanhola Abengoa.
2-A empresa espanhola Isolux venceu os outros dois lotes, o lote “A” que liga Tucuruí a Jurupari, em 500 kV,  e o lote “B” que liga Jurupari a Oriximiná, em 500 kV e Jurupari a Macapá, em 230 kV. Cerca de 4 mil operários trabalharam na execução da linha.

OBRA GIGANTESCA
Uma obra gigantesca para montar rede de transmissão de alta tensão de energia elétrica, que cruza a região amazônica, é mais um orgulho da engenharia e da ousadia do brasileiro.
Terá mais de 1.100 km. Também ensejará expansão de vasos comunicantes de fibra ótica. O empreendimento é conhecido como “Linhão”.
Um vídeo em espanhol, com entrevistas em português, mostra um pouco desse empreendimento.
A Empresa Isolux Córsan é uma empresa espanhola e é uma referência no mercado de transporte de energia de alta tensão.

TÉRMINO DA OBRA
Oficialmente, a conexão ocorreu em 9 de julho com a conclusão da linha. A linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus é uma obra fascinante. Suas 3.351 torres, que chegam a ter 295 metros de altura - o equivalente a um prédio com 100 andares -, atravessam quase 1,8 mil quilômetros de selva. 

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posted by ACCA@4:43 PM

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