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terça-feira, janeiro 10, 2012

Corda de bungee jump se rompe e jovem cai de 111 m em rio

Uma turista australiana escapou com apenas cortes e contusões após a corda do bungee jump se romper durante o salto na passagem do Ano Novo na África, mergulhando de cabeça em águas infestadas de crocodilos.

A jovem Erin Langworthy pulou da plataforma situada na ponte das Cataratas Vitória, numa altura de 111 metros no rio Zambeze – e a câmera instalada na ponte mostrou o rompimento da corda e seu mergulho em queda livre no rio. O vídeo mostra, ela sendo levada pelo rio com a corda enrolada em suas pernas.

Fotos: Erin Langworthy saltando da plataforma segundos antes do acidente e o momento do rompimento da corda

No vídeo reações de seus amigos chocados podem ser ouvidos, inclusive uma menina pedindo os operadores fizesse alguma coisa. Eles também podem ser ouvidos gritando o nome dela enquanto ela flutuava no rio Zambezi.

Erin de 22 anos disse: “Ficou escuro imediatamente, senti como se estivesse recebido pancadas em todo o corpo. Tive de nadar no sentido da correnteza e tentar retirar a corda.

Erin Langworthy, que mora em Perth (oeste da Austrália), havia feito um dia antes um percurso de bote pelo rio e lembrou dos conselhos de segurança do instrutor. A correnteza era violenta e comecei a ouvir o barulho das cataratas. É como estar nas ondas e ser jogado para baixo, não existe nenhuma orientação. Não sabia se subia ou afundava, ela disse.

A jovem conseguiu nadar até a margem do rio, com os pés ainda atados. Ela nadou para rochas do lado do rio e esperou para ser resgatada.

"Quando fui puxada para fora da água, eles me colocaram de costas, mas como engoli muita água, não conseguia respirar, então colocaram-me de lado. E comecei a tossir de água e sangue."

A jovem foi levada ao hospital na África do Sul, com hematomas e escoriações por todo o corpo. "Sim, eu acho que é definitivamente um milagre que eu sobrevivi.", disse a jovem.

O ministro do Turismo de Zâmbia, Given Lubinda, disse “que o salto de bungee jump era seguro e tem provado ser uma operação muito viável, considerando que mais de 50.000 turistas saltam a cada ano. Está em funcionamento há 10 anos. Esta é a primeira vez que registra um incidente. A probabilidade de um incidente é de um em 500 mil saltos."

O ministro do Turismo disse que estaria trabalhando com o operador para se certificar que seus equipamentos eram seguros e que o salto de bungee jump era "sem incidentes". Uma investigação sobre o rompimento da corda será efetuada.

Fontes: The Sidney Morning Herald e AFP - January 9, 2012

Comentário:
Segundo especialistas em saltos de bungee jump:
■ A profundidade de pelo menos 3 metros do rio sobre a qual a jovem saltou evitou uma fatalidade depois que o elástico que a segurava se rompeu.
■ Em todos os saltos feitos sobre rios ou lagos, é analisada a profundidade da água para que ela possa ser usada como um “back-up de segurança” caso o elástico se rompe.
■ O rompimento de elástico é raríssimo.
■ O equipamento é muito seguro, Se aconteceu alguma coisa, alguma falha aconteceu. Quase sempre essa falha é humana ou de manutenção da corda e acessórios

Vídeo:


Em qualquer atividade; lazer, esporte radical ou trabalho, onde o risco predomina, a inspeção ou checagem do equipamento e acessórios é fundamental para segurança.

Cuidados e conservação das cordas:
■ nunca pise numa corda. As fibras de poliamida (nylon) que constitui a corda é material têxtil e estraga com abrasão. Grãos de areia e cascalhos podem cortar as fibras e danificar a corda. Um fragmento rochoso ou mineral que penetre no interior de uma corda pode também causar danos internos.
Nunca deixar em locais sujos com detritos como areia e pó. É sempre boa idéia utilizar sacos de corda ou forração de nylon para manusear a corda no chão.

■ O estado da corda deve ser checado periodicamente. Um dos procedimentos padrão é esticá-la com tensão moderada e apalpá-la em toda extensão. Pode segurá-la com as pontas dos dedos e percorrer toda a extensão para detectar irregularidades na textura e no diâmetro.
A textura é um bom indicador para sentirmos a variação no estado da capa e, a variação em diâmetro ou presença de calombos e buracos internos podem indicar os danos na alma.

■ Além da checagem periódica do seu estado, a corda deve ser lavada sempre que estiver suja. O desgaste da corda (nylon) acontece tanto mecanicamente quanto quimicamente. Os danos mecânicos são causados por abrasão (principalmente externa, mas também interna) provocada pelo contato com a rocha e sujeiras como grãos de areia e terra. As perdas de propriedades e degradação química acontecem quando o nylon entra em contato com hidrocarbonetos (derivados de petróleo), solventes, ácidos, produtos químicos e até cimento. Sempre que a corda entrar em contato com qualquer um desses produtos ela deve ser lavada com sabão neutro, bem enxaguado e seco na sombra.

■Lembre-se que as cordas novas possuem um tratamento superficial com produtos que a torna mais macia e flexível. A lavagem retira, pelo menos em parte, esses produtos deixando a corda mais áspera e dura. Assim, uma corda deve ser lavada apenas quando necessária. Ou seja, somente quando estiverem sujas ou contaminadas.

■A longa exposição aos raios solares deve ser evitada, uma vez que os raios ultravioleta do sol degradam o nylon mais rapidamente (é um dos maiores inimigos da corda). Para cordas, fitas e equipamentos de nylon em geral, a cor azul é a mais indicada, pois é a que mais reflete os raios UV, melhorando a durabilidade à exposição de raios solares.

■A corda possui uma grande resistência a tração, mas não é tão resistente à abrasão. Assim, qualquer canto vivo onde a corda carregada vá apoiar deve ser protegido. Um pedaço de mangueira tipo de bombeiro é muito bom para proteção. A corda também não deve em hipótese alguma correr ou friccionar sobre arestas ou pontas cortantes, sob o risco de danificar definitivamente a corda (será necessário cortá-la neste ponto) ou até mesmo colocar a segurança da equipe em risco. Fontes: Halfdome, Marski - Expedições, Montanhismo e Escalada

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quarta-feira, dezembro 24, 2008

Salvamento dramático em Maryland

Pouco antes das 8 h de terça-feira, 23 de dezembro, uma tubulação de 1,70 m de diâmetro rompeu-se perto do luxuoso Congressional Country Club em Bethesda, Maryland, Washington.

De repente, equipes de emergência que foram treinadas nas proximidades do Rio Potomac tiveram de colocar em prática as habilidades, que eles aprenderam nas corredeiras traiçoeiras do rio em uma rua de subúrbio.

Pedidos de reforços de emergência chegaram aos postos de bombeiros em toda a região, devido à extensão do problema quando se tornou evidente. Bombeiros e equipes de resgate, paramédicos e helicópteros foram ao local.

Os bombeiros tiveram dificuldades de resgatar os motoristas e passageiros cujos carros ficaram presos nas corredeiras das águas da tubulação rompida. Foram utilizados cordas de segurança, barco e até helicóptero. Foram resgatadas 12 a 16 motoristas para locais seguros.

Resgate com helicóptero
Em uma operação delicada, com várias tentativas, o helicóptero baixou uma cesta de salvamento para erguer uma motorista e seu filho para fora do carro, que estava sendo fustigado pela água.

Fonte: McClatchy Newspapers - December 23, 2008


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