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sexta-feira, fevereiro 05, 2021

BEBÊ DE 1 ANO MORRE AFOGADO APÓS CAIR NA PISCINA DE CASA NO RS


 Um bebê de 1 ano e 4 meses morreu afogado na piscina de casa, na noite de quinta-feira (28 de janeiro), em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

ATENDIMENTO: O menino chegou a ser socorrido e encaminhado para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde tentaram reanimá-lo por 40 minutos, mas ele não resistiu.

INVESTIGAÇÃO: O caso está sendo investigado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

De acordo com o delegado Gabriel Lourenço, que atendeu a ocorrência, a piscina fica no pátio entre duas casas. O casal, pais do menino, mora na casa dos fundos e a avó paterna da criança na casa da frente. "Essa criança estaria brincando, correndo, de uma casa para outra, e em um dado momento os pais sentiram a falta. Quando foram procurar, o bebê já estava boiando. Eles socorreram, mas, ao que tudo indica, chegou ao hospital sem vida", relata o delegado.

Os pais foram ouvidos ainda na madrugada de  sexta‑feira (29).

Ainda de acordo com o delegado, as circunstâncias serão apuradas, para ver se houve negligência dos familiares.

Falta de segurança:  A piscina não tinha nenhum tipo de proteção. Inicialmente, o fato será investigado como homicídio culposo, justamente pela falta do dever objetivo de cuidado, inobservância de regras de segurança na piscina para um bebê, concluiu Cabral.  Fonte: G1 RS-29/01/2021  

COMENTÁRIO: Afogamentos de crianças

O afogamento de uma criança, ou acidente por submersão, é um acontecimento trágico, rápido e silencioso, que pode ocorrer com pouca água.

Esteja preparado para evitar o acidente. Deixe as crianças brincar na água em segurança e com prazer.

O afogamento ocorre em ambientes familiares tais como; banheira, piscina, lago do jardim, poço, tanque. Baldes, etc. quando o adulto interrompe por instantes a vigilância.

Não espere ouvir barulho. A criança não esbraceja nem grita quando cai à água: afoga-se em silêncio absoluto. Se houver água por perto, não perca as crianças de vista nem por um segundo.

É importante salientar que os perigos não estão apenas nas águas abertas como mares, represas e rios. Para uma criança que está começando a andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande risco. Assim elas podem se afogarem  em piscinas, cisternas e até em baldes e banheiras.

Outro fator que contribui para que o afogamento seja um dos acidentes mais letais para crianças e adolescentes é que acontece de forma rápida e silenciosa. Vamos imaginar um banho de banheira de um bebê:

■ Ao deixar a criança na banheira para pegar uma toalha: cerca de 10 segundos são suficientes para que a criança dentro da banheira fique submersa;

■ Ao atender ao telefone: apenas 2 minutos são suficientes para que a criança submersa na banheira perca a consciência;

■ Sair para atender a porta da frente: uma criança submersa na banheira ou na piscina entre 4 a 6 minutos pode ficar com danos permanentes no cérebro.

COMO PROTEGER UMA CRIANÇA DE UM AFOGAMENTO

■ Esvaziar baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso e guardá-los sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças.

■ Despeje a água antes de retirar a criança da banheira e esconda a tampa da banheira de modo a que a criança não possa preparar o seu próprio banho.

■ Nunca deixe uma criança com menos de 3 anos sozinha na banheira, mesmo quando ela já se senta bem. Durante o banho, não atenda ao telefone  e nem a porta.

■ Conservar a tampa do vaso sanitário fechada, se possível lacrado com algum dispositivo de segurança “à prova de criança” ou a porta do banheiro trancada.

■ Manter cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com alguma proteção que não permita “mergulhos”:

■ Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5m que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos.

■ Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão dos adultos;

■ Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banheiras. Na faixa etária até dois anos, até vasos sanitários e baldes podem ser perigosos. Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água.

■ Evitar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e aos reservatórios de água.

Algumas características do desenvolvimento contribuem para que crianças pequenas fiquem mais vulneráveis a afogamentos, tais como:

■ Diferentemente dos adultos, as partes mais pesadas do corpo da criança pequena são a cabeça e os membros superiores. Por isso, elas perdem facilmente o equilíbrio ao se inclinarem para frente e consequentemente podem se afogar em baldes ou privadas abertas;

■ O processo de afogamento é acelerado pela massa corporal do indivíduo.

■ Não tem maturidade, nem experiência para sair de uma situação de emergência.

■ Boa parte das crianças que se afogam em piscinas está em casa sob o cuidado dos pais. Um mero descuido deles basta para que ocorra um afogamento;

Fonte: Criança Segura e APSI - Associação para a Promoção de Segurança Infantil., Portugal

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posted by ACCA@4:23 PM