AFOGAMENTO É MAIOR CAUSA DE MORTES ACIDENTAIS DE CRIANÇAS NO BRASIL
Nos Estados Unidos, dez
pessoas morrem afogadas diariamente, conforme a USA Swimming Foudation. O
afogamento é a principal causa de morte não intencional em crianças de um a
quatro anos no país.
No Brasil, o quadro não é
diferente. Todos os dias, 17 pessoas morrem afogadas - sendo que três delas são
crianças - , de acordo com o Ministério da Saúde.
Em 2016, ano com os dados
mais recentes, foram 913 óbitos por afogamento de crianças de até 14 anos de
idade, segundo a ONG Criança Segura, citando números do Ministério da Saúde.
Essa é a maior causa de morte acidental entre crianças na faixa de um a quatro
anos, sendo a piscina o local onde a maioria dos incidentes ocorre, ainda
conforme o ministério.
"Afogamento não é
acidente, não acontece por acaso, tem prevenção", ressalta o médico David
Szpilman, da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). "O
grande problema é que não se dá a devida importância a esse vilão da saúde
pública", como diz Szpilman. "Não há campanhas de combate ao
afogamento", critica.
Um projeto de lei que
disciplina a prevenção de acidentes em piscinas no território nacional tramita
no Congresso desde 2014. A ausência de regras definidas a todos os Estados é
duramente criticada por pessoas que perderam entes queridos em afogamentos.
Em todos os países, o
afogamento está entre as principais causas de morte de crianças pequenas,
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números, contudo, são
nebulosos: muitos governos, em geral da Ásia e África, não repassam as
informações à OMS. Cerca de 360 mil pessoas morrem por afogamento ao ano no
mundo, em todas as faixas etárias. No entanto, especialistas afirmam que esse é
um valor subestimado, podendo chegar a até 1 milhão de óbitos.
São mais precisos os dados
sobre casos fatais, baseados nas certidões oficiais de atestados de óbito. No
Brasil, entre 2001 e 2016, houve uma redução de 39% nos casos fatais em
crianças de até 14 anos. Especialistas, no entanto, afirmam que, apesar da
redução, é inaceitável uma criança morrer por um motivo que, muitas vezes,
poderia ser completamente evitado
COMO PREVENIR?
Seja qual for o ambiente do
afogamento, uma piscina, um rio ou uma represa, existem etapas para ajudar uma
pessoa que está em apuros na água.
■O primeiro passo é a
prevenção: crianças na água ou próximas a ela precisam ser supervisionadas o
tempo todo, sem descanso - e bem de perto.
■ O responsável deve sempre
ficar a um braço de distância, mesmo na presença do guarda-vidas.
■"Água no umbigo, sinal
de perigo". Mesmo nas piscinas infantis ou se a criança já sabe nadar, é
preciso ficar atento. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), bastam
5 centímetros de água para um bebê se afogar na banheira, por exemplo.
■Em piscinas, verifique se existe
ralo antissucção.
■Na praia, identifique onde
está a corrente de retorno e não deixe a criança nadar nesse local. Na dúvida,
fale com o salva-vidas.
■Brincadeiras de prender a
respiração embaixo da água devem ser permitidas apenas sob supervisão; deixar
brinquedos dentro ou próximos à água pode servir de atrativo para as crianças.
■Boias não são equipamentos
de segurança e podem facilitar um afogamento; prefira o colete salva-vidas.
FIQUE ATENTO
A segunda recomendação para
prevenir emergências é a atenção: é preciso definir claramente quem está
vigiando a criança na água, sem distrações como, por exemplo, celulares ou
bate-papo. Diferentemente do que os
filmes e a ficção podem dar a entender, o afogamento é um processo silencioso e
é bom atentar para os sinais visíveis: cabelos caindo no rosto ou os braços
muito imóveis podem ser sinais de alerta.
"Uma pessoa que está se afogando não consegue
respirar, muito menos gritar. Se ela levantar o braço, afunda naquele momento.
O olho leigo enxerga uma pessoa brincando na água", diz o especialista.
"São inúmeros casos em que uma criança está morrendo e ninguém percebe o
que está acontecendo", diz Szpilman.
Em caso de emergência, o
melhor caminho é chamar ajuda e ligar para o número de emergência 193. Dependendo
da situação, outra recomendação é jogar à vítima uma boia ou outro objeto que
flutue. É importante manter-se seguro, puxando a pessoa com um objeto, como,
por exemplo, o cabo da peneira para piscina.
COMO SOCORRER
Caso a vítima não respire, é
necessário fazer manobras de ressuscitação com rapidez.
Se não houver respiração, é
preciso fazer cinco ventilações (respirações) boca a boca.
Se a vítima não responder,
seja falando, tossindo ou vomitando, significa que o coração também pode estar
parado. Você deve imediatamente começar a fazer 30 compressões cardíacas,
mantendo duas ventilações e 30 compressões até a ambulância chegar, ela voltar
a respirar ou até a exaustão do seu braço. O médico da Sobrasa não recomenda a
chamada Manobra de Heimlich, muito popular há 20 anos, em que uma pessoa usa as
mãos para fazer pressão sobre o diafragma, comprimindo os pulmões. "Pode
provocar vômito e a vítima acabava aspirando a água do vômito, piorando o
quadro", afirma o especialista. Fonte: BBC Brasil-24 junho 2018
Artigos publicado
MENINO COMEÇA A SE AFOGAR E
NINGUÉM PERCEBE
Momento aterrorizante, um menino
de cinco anos começa a se afogar em uma piscina em Helsinque e ninguém nota
• Imagens mostram o menino finlandês de cinco
anos lutando na piscina
• Segundo informações ele foi
deixado sozinho enquanto a mãe foi à sauna
• Lutou debaixo d'água e
tenta desesperadamente chegar do outro lado para se retirar
• As pessoas ao redor do
garoto parecem ignorar sua situação difícil
Em 30 de janeiro de 2016, em
Helsinque, Finlândia, um menino de 5 anos se afogou em uma piscina pública da
cidade sem que ninguém percebesse.
1- O menino parece estar
tentando colocar a cabeça acima da água na parte rasa da piscina, mas não
consegue.
2- Um homem que está por
perto não parece perceber que o menino está em dificuldade
3- O vídeo mostra o menino tentando
nadar de cachorrinho até a beira da piscina debaixo d'água
4- Outras pessoas parecem não
notar seus esforços frenéticos para chegar ao lado da piscina
5- O menino consegue agarrar-se
na parede da piscina por um instante antes de se afastar novamente
6- Demorou um minuto antes
que alguém notasse o menino flutuando de bruços na água. Felizmente, ele foi
retirado e ressuscitado e não sofreu nenhum dano permanente.
Imagens horríveis mostram um
garoto de cinco anos aparentemente começando a se afogar em uma piscina lotada
em Helsinque, enquanto outras pessoas continuam ignorando sua situação.
Segundo informações o garoto
ficou sem vigilância enquanto sua mãe passava algum tempo na sauna.
Felizmente, a criança foi
ressuscitada depois que uma mulher finalmente notou seu corpo flutuando na
superfície e não sofreu nenhum dano permanente.
No início das filmagens,
cujas origens são desconhecidas, o garoto parece estar tentando colocar a
cabeça acima da água na piscina rasa, mas ele não é alto o suficiente.
Um homem com seu filho está
bem na frente dele, mas parece não perceber que está em dificuldade.
Depois de se mexer, ele
começa a tentar chegar ao lado da piscina para poder agarrar a parede fazendo o
remo de cachorro debaixo d'água.
A certa altura, ele dá uma
volta 360 antes que uma mulher nada direção a ele, e embora ela pareça olhar
diretamente para ele, ela não parece perceber que ele precisa de ajuda.
A criança tentou
desesperadamente controlar o lado, mas, assim como a administra, o fluxo da
água o afasta.
Ele começa a se desviar para
outro grupo de pessoas que parecem não vê-lo debaixo d'água, e é nesse ponto
que ele é incapaz de continuar lutando.
Seu corpo fica parado e
começa a deslizar em direção ao centro da piscina, ainda sem ser observado.
Por um minuto agonizante, ele
continua a balançar na água de bruços antes que uma mulher finalmente perceba e
o puxe para fora.
Ele ficou debaixo d'água por
quatro minutos e 36 segundos e foi salvo quando seu corpo sem vida flutuou ao lado de uma mulher
desconhecida. O menino foi salvo e não sofreu danos permanentes. MailOnline- published
8 June 2017
Marcadores: afogamento, responsabilidade civil
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