Equipamento de proteção contra queda é um risco silencioso?
A cada ano, milhares de trabalhadores sofrem acidentes
fatais e não-fatais resultantes de quedas no trabalho nos Estados Unidos. Segundo
o Conselho Nacional de Segurança Americano, quedas são uma das principais
causas de mortes no local de trabalho.
Além de ferimentos permanentes e perda de vidas devido a quedas,
perdem-se a cada ano bilhões de dólares por aumento significativo em pagamento
de seguros, indenizações a trabalhadores, custos de responsabilidade pelo produto
e outras despesas relacionadas
É POSSÍVEL NOTAR QUE:
Nos Estados Unidos a fabricação e as vendas de produtos de
proteção de queda cresceram de forma estável na década passada, embora o número
de ferimentos e mortes associadas a quedas em altura também tenha aumentado.
Figura 1 – Trama do cinto e protetor de absorvedor de energia
Figura 2 - Dano de abrasão adjacente ao absorvedor de
energia: manga protetora deslocada sobre o absorvedor de energia
Figura 3- Desgaste no final do laço de absorção de conexão
Figura 4- Fibras de superfície danificadas por abrasão
QUAL É O PROBLEMA?
Diversos fatores contribuíram para estas estatísticas
alarmantes:
■
os equipamentos de proteção de queda se deterioram com o uso, independentemente
da marca e/ou fabricante.
■
os equipamentos não são inspecionados com a devida frequência quanto o desgaste e danos.
■
não é dado treinamento adequado - frequentemente, é selecionado o equipamento
incorreto para determinada situação e o equipamento é colocado de modo
incorreto.
Os que especificam ou usam equipamentos de proteção de queda
sabem que estes fatores são válidos (ao menos em âmbito subliminar). Ainda
assim, é muito provável que uma alta porcentagem dos equipamentos usados no
local de trabalho na América do Norte não cumpra as normas de segurança quando
expostos a uma queda. O que significa que alguém pode se ferir gravemente ou
morrer.
Figura 5 - Dois produtos similares com história desconhecida
– o cinto superior está muito sujo
Figura 6 - Contaminação por tinta
Figura 7 – gatilho do
mosquetão danificado
Figura 8 – Falta de etiqueta: danos na manga protetora de absorção
de energia
COMO SABEMOS?
Uma visita a qualquer local de trabalho em todo o país irá
revelar que o equipamento de proteção de queda utilizado é potencial mente
perigoso devido ao desgaste, negligência, mau uso ou idade/exposição. São
fatores que os envolvidos com a proteção de queda têm deixado passar enquanto
divulgam as muitas normas e regulamentos pelos quais seus produtos são testados
e aprovados.
■
100% não passaram nos critérios de inspeção visual (resíduos de solda,
cortes/abrasões, costuras rompidas, cinturões desgastados/queimados, danos
químicos, descoloração, deformações (rachaduras/cantos ásperos ou vivos) e/ou
itens soltos, proteções torcidas ou rompidas, etc.)
■
6% tinham fitas (cadarço) que se romperam
■
6% tinham sido descartados, mas ainda estavam em serviço
■
42% tinham suas partes metálicas com defeitos visíveis
■
9% tinham conectores que se abriram durante os testes
■
9% tinham fitas (cadarço) amarrados com nós
Os responsáveis por questões de segurança têm de
reconhecer estes fatos e tomar uma
atitude proativa. Há trabalhadores sofrendo ferimentos graves em quedas com
equipamentos que inicialmente passaram
nas normas de segurança. Equipamentos perigosos, gastos e danificados continuam acessíveis,
mesmo sabendo que não irão funcionar
conforme projetado no caso de uma queda.
Saber quando um produto deve ser retirado de serviço é
essencial para a segurança, do trabalho. O equipamento deve ser inspecionado
regularmente e retirado de serviço se este apresentar desgaste.
Utilizar equipamento cuja vida útil expirou, especialmente linhas
de vida, é um potencial erro fatal.
Adotar uma “Política Inteligente”: Se estiver em dúvida,
descarte-o. O benefício de uma semana ou mês extra de serviço não vale o risco.
Uma das poucas coisas a serem incluídas na inspeção são
desgastes, cortes e partes metálicas deformadas. Também, a exposição ao calor e
a produtos químicos podem causar danos. Sinais de desgaste significam que o
equipamento de segurança não poderá ser utilizado por muito mais tempo.
AS MELHORES INTENÇÕES
Os diretores e supervisores de segurança têm de fazer um
esforço concentrado para manter os equipamentos inseguros, que representam
riscos potenciais à vida, longe daqueles que trabalham em altura. Os
trabalhadores, através de treinamento apropriado e inspeção diária, estarão
mais seguros e livres de ferimentos. Descartar um equipamento precocemente é
uma alternativa melhor do que explicar à família do trabalhador que houve um
acidente grave... adote uma política de segurança inteligente - se estiver em
dúvida, tire de uso! Fonte: Honeywellsafety, Health and
Safety Executive
Marcadores: acidente, cinto de segurança, segurança
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