Linha de cerol corta pescoço do motociclista
Um
motociclista passou por uma cirurgia de emergência no Pronto-Socorro de
Cruzeiro do Sul (Acre), no sábado, 20 de
julho de 2012, após sofrer um corte no pescoço, causado por uma linha de pipa
com cerol. Silva, que trabalha como atendente de uma casa agropecuária,
trafegava pela Estrada Variante, na saída da cidade em direção à BR-364, quando
sofreu o acidente.
SOCORRO
Na
garupa da motocicleta estava Néldia, colega de trabalho da vítima. “Quando
percebi que ele tinha sido atingido, coloquei as duas mãos à frente, mesmo com
o risco de sofrer cortes, e quebrei a linha, mas ele já estava sangrando muito.
De imediato nós recebemos a ajuda de algumas pessoas que passavam no local e
tentamos estancar o sangramento até a chegada da equipe do Samu. Acho que se eu
não tivesse quebrado a linha, algo pior poderia ter acontecido”, narra.
CIRURGIA
PARA RECONSTRUÇÃO DE TECIDOS
O rapaz
passou por uma cirurgia para a reconstrução de tecidos e sutura do corte que
levou mais de 10 pontos. “Considero um milagre de Deus o que aconteceu comigo.
O médico falou que se a linha tivesse aprofundado um pouquinho mais eu teria
morrido. Nasci de novo, agora é só agradecer e esperar a alta do hospital”,
disse o jovem ferido ao G1 por telefone, do Hospital do Juruá, onde permanece
internado.
POLÍCIA
A
Polícia Militar esteve no local da ocorrência, mas não conseguiu localizar o
responsável por soltar a pipa em via pública. O delegado Elton Futigami, da
Delegacia Geral de Cruzeiro do Sul, informou que teve conhecimento do caso por
meio do boletim da Polícia Militar. Segundo ele, para iniciar uma investigação
nesse tipo de caso, suposto crime de lesão corporal culposa, é necessária uma
representação por parte da vítima, ou de seus familiares que ainda são
aguardados na unidade policial.
O chefe
local da Primeira Ciretran, Valdecí de Almeida Dantas, explica que os fiscais
de trânsito e policiais militares fazem diariamente o recolhimento de pipas,
quando a brincadeira é realizada em via pública, mas relata que a situação
fugiu ao controle, nesse período de greve das escolas públicas.
ACIDENTES
“Nós
estamos pedindo também a ajuda dos fiscais de trânsito da Prefeitura. O curioso
é que essa prática que pode matar é realizada não só por crianças e
adolescentes, mas também por adultos. Todos os anos têm registros de pessoas
feridas. Em 2010 houve uma vítima fatal. Seria importante a gente contar com a
colaboração dos pais que são fundamentais na conscientização dos filhos”,
conclui. Fonte: G1 -22/07/2013
Homem morre depois
de ser ferido por linha com cerol
Um homem
de 34 anos morreu, na segunda-feira, 22 de julho de 2012, depois de ter o
pescoço cortado por uma linha de cerol, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Segundo a Polícia Militar, ele andava de motocicleta pela Avenida dos Andradas,
no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul, quando foi atingido.
Ele foi
socorrido por um homem que passava pelo local e levado ao Hospital de
Pronto-Socorro João XXIII, mas não resistiu ao ferimento.
A
polícia ainda não identificou quem usava a linha com cerol que atingiu o
motociclista. Fonte: G1 23/07/2013
Comentário
Estudos
apontam que, entre os motociclistas, de cada dez lesões, oito atingem a região
entre o pescoço e a face. Em sua maior parte, as mortes são causadas pela
grande perda de sangue decorrente de cortes profundos nas artérias que passam
por essa região.
Proteção
custa pouco
Existem dois
tipos de acessórios disponíveis no mercado:
■ a
antena anti-cerol, instalada no guidão, que retém e corta a linha antes que
atinja os ocupantes da moto. Desde agosto 2012, a Resolução 356 do Conselho Nacional de
Trânsito (Contran) tornou obrigatório o uso deste equipamento para quem
trabalha com motofrete ou mototáxi.
■ a
outra opção é o protetor de pescoço, uma espécie de gola alta e avulsa feita de
nylon ou de neoprene, cuja parte frontal possui, internamente, cordões de aço
ou tiras de kevlar, que impedem o contato da linha com a pele; algumas
variedades incluem a máscaras ou toucas para proteção do vento e da poeira.
De
acordo com Geraldo Tite Simões, jornalista especializado em motociclismo e
instrutor de pilotagem , as antenas são mais seguras porque evitam que a linha
venha de encontro ao corpo do motociclista, mas algumas motos, como as superesportivas,
não permitem sua instalação, por causa do desenho do guidão. Por outro lado, a
proteção cervical é ineficiente se a moto não possuir a antena e a linha
atingir a região abaixo do pescoço; daí a importância de se pilotar sempre
usando jaqueta e luvas. Outra desvantagem, é a sensação de calor que o
acessório causa, o que é bom no inverno, mas pode ser ruim no verão; o
desconforto pode ser amenizado com versões ventiladas do produto.
O
instrutor recomenda que, sempre que possível, os dois equipamentos sejam
utilizados conjuntamente. “Quando pego estradas potencialmente perigosas, uso a
antena e o protetor de pescoço ao mesmo tempo.”

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