Borboletas mutantes são encontradas na região de Fukushima
O
desastre nuclear de Fukushima após o terremoto de 11 de março de 2011 já deixa
marcas na fauna local do nordeste japonês. Cientistas encontraram borboletas
que sofreram mutações devido à radiação liberada pelos reatores danificados da
usina, segundo o site Scientific Reports, ligado à revista Nature.
Foto-
mostra tamanho da asa e deformações, a asa posterior direita que era muito
menor do que a asa posterior esquerda, asas dobradas, e as asas dobradas (imagem à direita).
Os exemplares encontrados apresentavam mutações;
■nas
patas, antenas, abdômen e olhos.
■as
asas, porém, parecem ter sido a parte mais afetada das borboletas – foram
encontradas alterações de tamanho, pigmentação, cor e outras anormalidades.
Das
cem borboletas coletadas, 12% tinham mutações. Quando esses animais procriavam,
as anormalidades subiram para 18% do total das crias. Mas quando os insetos
afetados acasalavam com os saudáveis, a taxa de espécimes mutantes subia para
34%, o que indica que os genes alterados podem ser passados mesmo quando um dos
genitores não sofreu mutações.
Isso
tudo apenas dois meses após o desastre nuclear, o segundo pior da história,
atrás apenas do caso de 1986 em Chernobyl, na Ucrânia. Uma nova coleta em
setembro de 2011 mostrou que 28% das borboletas haviam sofrido mutações. Entre
as crias destas, as mutantes eram 52%.
As
borboletas logo levantaram questionamentos sobre os efeitos sobre humanos, mas
Joji Otaki, um dos pesquisadores, tratou de tranquilizar os receosos. “A
sensibilidade à radiação varia de espécie para espécie, então temos que
pesquisar os efeitos em outros animais. Humanos são totalmente diferentes
de borboletas e são muito mais resistentes”, disse ele ao jornal Japan Times. Estadão
– 14 de agosto de 2012
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Marcadores: energia nuclear, Meio Ambiente
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