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terça-feira, março 24, 2009

Poluição do ar mata dois milhões de pessoas por ano

Quase a metade da população mundial vive em grandes cidades. O crescimento das metrópoles gera níveis de poluição que causam a morte prematura de mais de dois milhões de pessoas todo ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, o lema do Dia Meteorológico Mundial, celebrado nesta segunda-feira (23 de março), é "O tempo, o clima e o ar que respiramos". Segundo especialistas, a qualidade do ar que respiramos é decisiva para a saúde, mas também para questões tão importantes como o clima, os cultivos, os desastres naturais ou a mudança climática.
“O fenômeno das partículas em suspensão no ar é um problema importante nas grandes cidades. Na Ásia, numerosas cidades como Karachi (Paquistão), Nova Deli (Índia), Katmandu (Nepal), Daca (Bangladesh), Xangai (China), Pequim (China) e Bombaim (Índia) ultrapassam todos os limites”, afirma Liisa Jalkanen, da Organização Meteorológica Mundial (OMM).. Na América do Sul, os casos mais preocupantes são Lima, Santiago do Chile e Bogotá, enquanto no continente africano é a cidade do Cairo a mais preocupante.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que a concentração diária de PM10 não passe dos 50 microgramas por metro cúbico, já que este e outros poluentes causam infecções respiratórias, cardiopatias e câncer de pulmão.

Fonte: UOL Notícias -23 d emarço de 2009


Obs:
PM10, partículas minúsculas, geradas principalmente pela queima de combustíveis fósseis ou de outros tipos, que atingem as vias respiratórias, levando consigo substâncias cancerígenas. São partículas de diâmetro inferior a 10 micrômetros (µm), e constitui um elemento de poluição atmosférica.

Comentários
A poluição atmosférica, causada pela queima de combustíveis fósseis, mata 24 mil pessoas por ano na Califórnia, de acordo com os números mais recentes do Califórnia Air Resources Board, ARB. Isso é quase três vezes mais do que as 8.200 pessoas que, anteriormente, se acreditava fossem as vítimas anuais. .
As partículas em suspensão são constituídas por partículas microscópicas, que causam danos profundos nos pulmões. A Califórnia já tem o menor limite permitido em todo o mundo, mas pesquisadores dizem que não existem níveis seguros.

Estudos sobre os efeitos dos particulados atmosféricos
Recentemente foram realizados grandes estudos sobre os efeitos dos particulados atmosféricos na saúde humana, incluindo um realizado pela Universidade do Sul da Califórnia (USC - University of Southern California) , com 23 mil pessoas em Los Angeles e um realizado pela Sociedade Americana de Câncer (American Cancer Society) em 300 mil pessoas em todos os Estados Unidos. Eles descobriram que a exposição aos particulados, ainda que em níveis muito pequenos, aumenta exponencialmente os riscos;
■ ataques cardíacos, derrames cerebrais e outras doenças.
■ a exposição em níveis elevados reduziu a vida do californiano médio em 10 anos.

Poluição potencializa doença
Embora não seja possível atribuir a morte de qualquer pessoa diretamente às partículas de poluição, de vez que também aumentou o risco de morte por outras doenças, o Air Resources Board enfatizou que emerge um padrão claro de aumento de risco com um aumento da exposição. Em sentido contrário as diminuições na exposição reduziram drasticamente taxas de mortalidade. “Não há certidão de óbito afirmando que alguém morreu especificamente da poluição do ar, mas cidades com maiores índices de poluição atmosférica têm muito maiores taxas de morte por doenças cardiovasculares”, disse o chefe do ARB, Bart Croes.

São Paulo
Na cidade de São Paulo, o ar poluído mata de 12 a 14 pessoas por dia, segundo estimativa de Paulo Saldiva, professor de medicina da USP. “Embora abasteça 10% da frota do país, o diesel é responsável por 45% da emissão de partículas em São Paulo e quase metade das mortes causadas pela poluição”, calcula.
A poluição do ar causa tantas vítimas no mundo quanto a tuberculose, compara Paulo Saldiva e uma das autoridades no debate sobre os efeitos da emissão de poluentes na saúde.
“Diferentemente da tuberculose, o controle da poluição não depende da atuação dos órgãos de saúde pública, mas da saída para conflitos econômicos”, observa o professor. Fonte: Portal Ecodebate

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posted by ACCA@5:04 PM