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terça-feira, julho 05, 2016

Os riscos de teste de pressão

PORQUE ESTE ASSUNTO?
Durante as operações de testes de pressão e hidrostático, os incidentes ocorrem algumas vezes Esta informação sobre incidente fornece exemplo típico que pode ser usado como aviso, em destacar os riscos e perigos envolvidos que são vistos freqüentemente como operações rotineiras.

A temperatura de água é crítica durante ao teste hidrostático. A última edição de ASME (American Society of Mechanical Engineers) Seção VIII, divisão 1, que é a norma para construção de vaso de pressão,  recomenda que a temperatura do metal durante o teste hidrostático ou de pressão pneumático deve ser mantida pelo menos 18oC  (acima da temperatura mínima do metal do projeto, mas não necessita exceder  48oC,  para minimizar o risco de fratura).

O código da National Board of Boiler and Pressure Vessel Inspectors Code (Diretoria Nacional de Inspetores de Caldeiras e Vasos de Pressão), especifica  para reparos de caldeiras e vasos de pressão, que a temperatura do metal para o teste de pressão deverá obedecer ao código original da construção, mas com temperatura mínima de pelo menos 16oC, exceto com a informação da característica da tenacidade do metal indicando aceitabilidade de temperaturas mais baixas de teste são disponíveis. E novamente a temperatura máxima do metal permitida é de 48oC.

A norma de especificação da Total Fina Elf,  TFE (GS PVV 211) indica que a temperatura do metal e da  água durante o teste de pressão deverão ser mantidos pelo menos em 16°C ou  acima de 10°C da temperatura de teste de impacto do metal.

DETALHE DO INCIDENTE
Teste hidrostático de um vaso vertical de pressão novo. A temperatura de água é crítica durante o teste hidrostático.
A causa principal do incidente não é totalmente conhecida, mas a causa provável seria o teste hidrostático com “água muito fria”, foi um fator de contribuição. Felizmente não houve vítimas.

Fonte: @ZR, Total Fina – ELF –Safety Feedback Notice 16-2002, American Society Mechanical Engineers, section Singapore

Obs: A ASME e National Board of Boiler and Pressure Vessel Inspectors estabelecem as regras de seguranças que envolvem projeto, fabricação e inspeção de vasos e caldeiras de pressão e componentes para construção de usinas nucleares. O objetivo destas Normas Técnicas é fornecer informações quanto à deterioração produto em funcionamento. Avanços em projeto, materiais e resultados de experiências são sempre atualizados pelos adendos.

Comentário:
Como a água é incompressível, testes hidrostáticos de pressão são freqüentemente assumidos como seguros. Se o vaso romper, seus pedaços não voarão muito longe. É o que se pensa. Testes hidrostáticos de pressão são mais seguros do que testes pneumáticos, dado que muito menos energia é liberada no caso de ruptura do vaso. Entretanto, algumas falhas espetaculares têm ocorrido durante testes hidrostáticos de pressão.

Quando realizar testes de pressão, lembre-se de que o equipamento testado pode falhar e tome precauções de acordo com isso. Se tivéssemos certeza de que o equipamento não falharia, não precisaríamos testá-lo. Fonte: O que houve de errado? Trevor A.  Kletz

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sábado, setembro 06, 2008

O tanque voou!


O que aconteceu?

Em 2006, em uma refinaria, localizada no Rio Grande do Sul, Brasil, estava realizando teste de pressão pneumática em uma tubulação conectada a um tanque. Não havia raquetes ou flanges cegos entre a tubulação em teste e o tanque. O tanque estava isolado da tubulação pressurizada através de uma válvula de bloqueio fechada. A válvula de bloqueio permitiu a passagem do gás para o interior do tanque. O tanque (que não tinha um dispositivo de pressão de alivio instalado ou um dispositivo de pressão de alívio muito pequeno) foi sobrepressurizado e houve a ruptura do fundo do tanque. O tanque alçou vôo e atingiu e permaneceu no topo de uma estrutura de instalação próxima.

O que você pode fazer?
■ Durante testes de pressão, ou de qualquer outro tipo de manutenção ou de atividades não-rotineiras que envolvam pressão, certifique-se que todos os equipamentos sejam capazes de suportar o teste de pressão, e efetivamente isolados da fonte de pressão, ou que tenha o dispositivo de alivio de pressão dimensionado de acordo com as condições de teste.
■ Os equipamentos podem ser protegidos com maior confiabilidade da sobrepressurização, usando raquetes (flanges cegos) ou desconectando fisicamente a tubulação em vez de usar válvulas para isolar os equipamentos.
■ Faça uma revisão do processo de segurança antes de iniciar quaisquer operações não-rotineiras para identificar potenciais riscos e exigir medidas de segurança durante as operações.
■ Manter os trabalhadores distantes da área onde as operações de testes de pressão estão sendo realizadas.
■ Se possível, utilize linhas de testes de pressão com líquidos (pressão hidrostática) ao invés de pressão pneumática (gás), a energia que pode ser liberada de um líquido em sobrepressão é muito menor do que de gás.

Fonte: CCPS – Center for Chemical Process Safety - Process Safety Beacon - October 2007

Comentário
Os responsáveis pelos testes ou operações de tanques, não têm idéia, que tanques usualmente, não suportam a pressão de gás, quando os vents ou válvulas de alivio são insuficientes para aliviar o fluxo de gás admitido. Muitos dos acidentes ocorrem porque os operadores não consideram que os tanques sejam tão frágeis, podendo ser sobrepressurizados e colapsados mais facilmente. Muitos tanques são projetados para uma pressão interna de 20 cm de coluna d´água, para o vácuo suportam apenas uma depressão de 6 cm de coluna d´água. Fonte: What went wrong? Trevor A. Kletz

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