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sexta-feira, dezembro 21, 2018

Cachalote achado morto na Indonésia engoliu 6 kg de plástico

Um cachalote encontrado morto num parque nacional na Indonésia tinha quase 6 kg de resíduos plásticos no estômago, incluindo 115 copos e dois pares de chinelos, comunicaram autoridades do parque na terça-feira (20/11).

O cetáceo de 9,5 metros de comprimento foi encontrado em águas rasas perto da ilha de Kapota, que faz parte do Parque Nacional de Wakatobi, a sudeste de Sulawesi, afirmou a direção do parque.

A causa da morte é desconhecida, mas funcionários do parque encontraram quatro garrafas e 115 copos de plástico, 25 sacos plásticos, dois chinelos e um saco com mais de mil pedaços de linhas no estômago do animal.

O parque é famoso entre os mergulhadores por sua grande área de recifes e pela vida marinha diversificada, que inclui arraias e baleias.

O cachalote é o maior animal com dentes no planeta. O cetáceo, que pode medir até 20 metros de comprimento, não faz parte da família das baleias, embora similaridades físicas levam muitos a descrever o cachalote como o arquétipo por excelência da baleia – muito também por seu protagonismo na obra Moby Dick, de Hermann Melville.

Em junho, a descoberta na Tailândia de uma baleia-piloto morta com 80 pedaços de lixo plástico em seu estômago virou manchete mundo afora.
Cinco países asiáticos – China, Indonésia, Filipinas, Vietnã e Tailândia – são responsáveis por até 60% dos resíduos plásticos que vão parar nos oceanos, segundo um relatório de 2015 da organização de ativismo ambiental Ocean Conservancy e do Centro de Negócios e Meio Ambiente da consultoria McKinsey.

A Indonésia, segunda colocada atrás da China no estudo de 2015 de má gestão de resíduos plásticos de populações que vivem perto de áreas costeiras, prometeu investir 1 bilhão de dólares por ano para reduzir os detritos plásticos no mar em 70% até 2025. Atualmente, o país produz 3,2 milhões de toneladas de resíduos plásticos por ano, dos quais 1,29 milhão de tonelada acaba nos oceanos. Fonte: Deutsche Welle-20.11.2018

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sábado, julho 05, 2008

Canadá proíbe Bisfenol em mamadeiras e chupetas

O governo canadense, desde 18 de abril de 2008, declarou o Bisfenol A uma susbstância tóxica e proibirá a comercialização de mamadeiras, chupetas e outros artigos para bebês que contenham plásticos com Bisfenol A (em inglês de Bisphenol A – BPA).

Controvérsia entre especialistas
O bisfenol A vem sendo motivo de discussão em todo o mundo a partir de relatórios, muitas vezes contraditórios, de analistas e comitês de especialistas, convocados por ministérios e orgãos de controle toxicológico.

Plástico liberal hormônio com líquido quente ou com detergente
A substância está presente em alguns tipos de plásticos, e seria liberada a partir do contato dessas embalagens com líquidos aquecidos e detergentes utilizados em sua limpeza. O bisfenol A age no corpo humano como se fosse um hormônio semelhante ao estrogênio.

Exposição e riscos de câncer
A exposição a níveis elevados de forma constante pode trazer alterações na produção de espermatozóides, puberdade precoce e risco aumentado de câncer de mama e próstata.
O Centro de Controle de Doenças, de Atlanta, nos Estados Unidos, encontrou a substância em 93% das amostras de urinas de adultos e crianças testadas no período de 1988 a 1994.
O limite de segurança aceito para ingestão do Bisfenol A, pela Agência Ambiental Americana (EPA) é de 50 ppb/dia (partes por bilhão, por dia). Uma criança alimentada através de mamadeiras fabricadas com plásticos com o produto, pode ingerir algo em torno de 13 ppb/dia.

Limites perigosos para crianças
Alguns pediatras consideram esse limite perigoso, pois faltam estudos de seu impacto em humanos, somente existindo pesquisas em animais. De qualquer forma fabricantes e distribuidores de produtos plásticos se mobilizam e respondem à pressão do mercado.

O Bisfenol A está presente em muitos tipos de plásticos e o consumidor pode identificar as embalagens através de um número presente em todas as embalagens plásticas. Esse número geralmente está gravado no fundo da embalagem e identifica o tipo de plástico utlizado em sua composição e sua indicação, ou não, de reciclagem. Os plásticos de números 3 e 7 são os que trazem maior risco de liberarem Bisfenol A após o contato com líquidos aquecidos ou detergentes fortes.

Fonte: G1 – 15 de maio de 2008


EUA temem riscos de substância presente em plástico


Uma substância química usada para fabricar mamadeiras e outros objetos de plástico pode estar ligada a uma série de problemas hormonais e a um aumento no risco de câncer, segundo um estudo preliminar divulgado por uma agência de saúde do governo americano.

O estudo do National Toxicology Program (NTP), ou Programa Nacional de Toxicologia, afirma que testes com animais realizados em laboratórios revelaram que pode haver uma ligação entre o bisphenol A e tumores pré-cancerosos, puberdade feminina precoce e mudanças comportamentais.

Usando um sistema com cinco níveis de classificação, a pesquisa classificou o resultado como representando "alguma preocupação", e concluiu que é necessário investigar mais os efeitos da substância.

"O que nós temos é um alerta, um sinal. Nós não podemos descartar a possibilidade de que efeitos semelhantes ou relacionados podem ocorrer em humanos", disse Mike Shelby, diretor do Centro para a Avaliação de Riscos à Reprodução Humana, que faz parte do NTP e que supervisionou o estudo.
"Nós esperamos que esse estudo leve o FDA (Food and Drug Administration) a reconhecer o quanto essa substância é tóxica e a forçar os fabricantes a estabelecer novos padrões de segurança", disse Anila Jacob, da organização não-governamental Environmental Working Group, ao The New York Times.

Mas o American Chemistry Council, que representa os fabricantes de produtos de plástico, disse ao jornal que o estudo "afirma que não há preocupações sérias em relação aos efeitos do bisphenol A".

Mudança – relatório serve de referência
O relatório é um sinal de que pode haver uma mudança na posição do governo americano em relação ao bisphenol A, uma substância tão comum nos Estados Unidos que foi detectada na urina de 93% da população com mais de 6 anos de idade, segundo dados divulgados pelo estudo.
O NTP divulgou o relatório preliminar para receber comentários públicos e irá publicar a versão final do estudo durante o verão americano.
O órgão não tem o poder de regular o uso do bisphenol A, mas as conclusões são usadas por outras agências americanas, como a Food and Drug Administration, e a Environmental Protection Agency, que estabelecem o limite seguro de exposição a substâncias químicas.

Fonte: BBC Brasil - 16 de abril, 2008
Vídeo:
O vídeo é longo, explica os problemas do bisfenol e é interessante.



Comentário
Víde artigo publicado :

Mais de três bilhões de quilos por ano do monômero Bisfenol A são utilizados para fabricação de produtos com a resina plástica policarbonato, resinas para forrar latas de conserva, bebidas e outras, selantes odontológicos e produtos feitos com a resina plástica PVC.
O Bisfenol Policarbonato (BPA) é utilizado como matéria-prima na fabricação de resinas do tipo policarbonato, epóxi, poliésteres e fenólicas. Pode ser também utilizado em diversas aplicações como: fungicida na indústria têxtil, bactericida, auxiliar de tingimento, papel termoreativo, antioxidante e estabilizante de cor para fluídos hidráulicos, PVC, borracha, polietileno.
Também é amplamente usado em produtos tais como embalagem para alimentos, revestimento de recipiente de leite, tubulação plástica e até mesmo seladores dentais, interrompe importantes efeitos do estrogênio no cérebro em desenvolvimento.

Brasil
No Brasil, o único fabricante do bisfenol-A é a Rhodia, que gera cerca de 25 mil toneladas por ano da substância.

Bisfenol
O bisfenol-A é um produto químico utilizado no processo de polimerização do policarbonato (tipo de plástico bastante resistente utilizado em mamadeiras e faróis de carros, por exemplo). Se o material plástico se degradar, em condições extremas de exposição a altas temperaturas por exemplo, é possível que o plástico se decomponha em sua cadeia orgânica original, o que pode levar a uma liberação de bisfenol-A.

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posted by ACCA@11:36 PM

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