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quinta-feira, junho 28, 2012

Capacete salva trabalhador

Um balde pesando 20 kg caiu do terceiro andar e atingiu o trabalhador. O impacto foi tão grande que  o capacete de segurança amassou e o trabalhador desmaiou. Ele não teve fraturas, mas um corte muito grave e levou 20 pontos.

Comentário:
Muitos trabalhadores têm desculpas para não utilizar o capacete;
■Ele é muito pesado;
■Ele dá dor de cabeça;
■Ele machuca o pescoço;
■Ele é muito frio para ser usado;
■Ele é muito quente para se usado;
■Ele não deixa ouvir direito;
■Ele não deixa  enxergar direito.
O trabalhador nunca saberá que tipo de surpresa poderá aguardar vindo em direção a cabeça. Proteja-se usando o capacete e cuide de sua conservação, não jogando ao chão, mantendo-o limpo e em perfeitas condições de uso. Esse acidente comprova como é importante o trabalhador usar o capacete.

CAPACETE DE SEGURANÇA: ASPECTO GERAL
Todos os anos, trabalhadores são gravemente feridos devido à impactos na cabeça.
Equipamentos de proteção individual são indicados para proteger o trabalhador de um risco existente e não para controlar ou remover a fonte de risco. O uso de capacetes de segurança reduz as chances de ocorrerem ferimentos graves.
Uma das principais causas de danos à saúde entre trabalhadores da construção civil é a queda de objetos. Porém, nem todos os acidentes levam à morte. O mais freqüente são os danos no cérebro, ferimentos no pescoço e outros efeitos.
Outro risco para a cabeça é o choques elétrico. Tanto em construções, ou outra indústria qualquer, existe a possibilidade de contato com fiação elétrica, e então a possibilidade de choques elétricos. Muitos capacetes de segurança são feitos para oferecer certo grau isolação elétrica.
A proteção adequada é muito importante e deve ser compatível com o trabalho a ser feito.

O primeiro passo, para a seleção da proteção adequada é certificar-se que todas as  opções atendem à NBR 8221:2003, norma brasileira que descreve os requerimentos mínimos para um capacete de segurança. Capacetes que possuem o Certificado de Aprovação foram testados segundo a norma e atenderam aos requisitos mínimos.

COMPOSIÇÃO DO CAPACETE
Um capacete é composto de duas partes principais. A primeira é o casco, feito geralmente de polietileno de alta densidade, podendo ser de outros materiais como ABS. O segundo componente é a suspensão que é a armação interna do capacete, constituída de carneira e coroa. O objetivo do conjunto é reduzir os efeitos causados pelo impacto de um objeto na cabeça do trabalhador.

REQUISITOS DO CAPACETE
Baseado na norma NBR 8221:2003, um capacete de segurança deve atender aos requisitos abaixo:
1. Deve limitar a pressão de impacto aplicada no crânio, difundindo-a através da maior superfície possível. Isto é conseguido através de uma suspensão que se encaixe bem em vários tamanhos de crânio, juntamente com um casco forte o suficiente para evitar que o crânio entre em contato direto com o objeto em queda. Sendo assim, o casco deve ser resistente à deformação e perfuração.
2. Deve dissipar a energia que seria transmitida para a cabeça e pescoço. Isto é conseguido através da suspensão, que deve ser seguramente encaixada no casco, assim o impacto é absorvido sem que a suspensão desencaixe. Consegue-se isto através de encaixes robustos, tiras devidamente encaixadas na carneira, bom ajuste de diâmetro na cabeça do usuário, etc. A suspensão deve ainda ser flexível suficiente para deformar-se com o impacto, sem tocar no casco, isto é possível devido ao vão livre vertical, que é a medida entre o ponto mais alto da face interna da suspensão e o ponto mais alto da face interna do casco, com o capacete colocado na posição normal de uso.
3. Dependendo do trabalho a ser feito, um capacete de segurança deve também reduzir danos provenientes de choques elétricos.

CLASSIFICAÇÃO DOS CAPACETES
Segundo a mesma norma, os capacetes são classificados em duas classes:
a) Classe A: capacete para uso geral, exceto em trabalhos com energia elétrica;
b) Classe B: capacete para uso geral, inclusive para trabalhos com energia elétrica.

E AS CLASSES PODEM SER DE TRÊS TIPOS:
1. Tipo I: capacete com aba total;
2. Tipo II: capacete com aba frontal;
3. Tipo III: capacete sem aba.
As exigências feitas para um capacete de classe B englobam todas as feitas para a classe A, e a eles agrega exigências relativas ao isolamento dielétrico. Neste sentido, pode-se considerar que a classe B engloba a classe A.

Outros requerimentos devem ser observados para trabalhos específicos. Isto inclui proteção contra respingos de metais fundidos, e proteção contra impactos laterais.
Capacetes de segurança devem ser os mais confortáveis possíveis, conforto pode ser conseguido através de algumas variáveis:
  1. Coroa flexível;
  2. Tira de absorção de suor, facilmente removível e lavável;
  3. Suspensão de tecido,
  4. Jugular, carneira e coroa feitas de material não irritante.

CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
Em ambientes onde o trabalhador está exposto a materiais condutivos, somente o capacete classe B deve ser usado. Este tipo de capacete não deve possuir perfurações para ventilação ou partes metálicas, assim como nenhum dos seus acessórios  (abafadores, viseiras, etc.) podem possuir qualquer componente metálico.

CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO
Capacetes de segurança devem ser mantidos em boas condições e trocados quando necessário. Para isto seguem algumas recomendações:
1.Não deve ser guardado em ambientes expostos ao sol, pois a radiação ultravioleta presente na radiação solar, enfraquece o casco, e o que pode reduzir a resistência no momento do impacto.
2.Inspecionar regularmente o casco. Procurar por sinais de deterioração, danos provenientes de algum impacto, penetração, abrasão, etc.
3.A suspensão também deve ser inspecionada regularmente. Se houver sinais de deformação ou rasgamento, deve ser substituída.
4.Partes danificadas devem ser substituídas. Nunca use partes de fabricantes ou modelos diferentes. Os capacetes são testados da maneira como eles são vendidos, uma construção diferente não garante que a mesma continue atendendo a norma. Além do mais não está coberta pela lei, por não possuir CA.
5.Para limpeza do casco, use somente água e sabão. Se houver necessidade de desinfecção, uma solução a 5% de hipoclorito de sódio deve ser usada.
Uma boa higienização pode prolongar a vida útil do capacete. O EPI limpo permite fácil visualização de irregularidades no casco ou em qualquer outra parte no momento da inspeção do capacete (rachaduras, amassados, cortes, riscos e trincas). A experiência mostrou que se uma coisa mínima como uma trinca finíssima passar despercebida ela vai aumentar e aprofundar-se.
6.O casco e a suspensão nunca devem ser alterados.
7.Não pinte ou limpe com solventes ou gasolina. Não apliquem abrasivos. Estes produtos químicos podem enfraquecer o casco. Fonte: 3M do Brasil

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posted by ACCA@11:44 AM

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