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quarta-feira, março 26, 2025

BARATA INTEIRA NO PICOLÉ

Espaço onde funcionava parte da fabricação dos picolés 
 

A Secretaria de Defesa do Consumidor e o Procon interditaram a fábrica de sorvetes Doce Verão, em Belford Roxo (RJ), após a repercussão nas redes sociais de um vídeo que mostra uma barata inteira dentro de um picolé da marca.

O QUE ACONTECEU

Cena foi gravada na praia do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio, segundo banhista que fez o registro. "Coisas que só acontecem no Recreio. Olha isso, o picolé que a menina acabou de comprar aqui, olha o que tem dentro do picolé, uma barata inteira, grande", disse ele.

FISCALIZAÇÃO E INTERDIÇÃO

 Em nota, a autarquia divulgou que, no local, foi identificada "uma série de irregularidades", incluindo falta de licença sanitária, ausência de certificado do Corpo de Bombeiros e "más condições estruturais".

A fiscalização encontrou diversas irregularidades sanitárias e estruturais, incluindo mofo nas paredes e no teto, ralos inadequados, ausência de telas de proteção contra pragas e rachaduras. A fábrica também não possui licença sanitária e certificado do Corpo de Bombeiros. A Doce Verão só vai poder reabrir se fizer adequações e cumprir todas as exigências legais.

Secretário estadual de Defesa do Consumidor afirma que fábrica só poderá retomar atividades após cumprir todas as exigências legais. "As condições encontradas nesse estabelecimento são inaceitáveis. A interdição é uma medida necessária, e a empresa só poderá reabrir após corrigir todas as irregularidades",.

Doce Verão deverá apresentar "plano de adequação" que atenda a normas sanitárias e regulatórias para poder retomar atividades, acrescentou o Procon. Por fim, a autarquia e a Sedcon informam que "seguirão monitorando o caso para garantir o cumprimento das exigências". A fábrica funciona desde 2016 em Belford Roxo e distribui produtos em toda a região. Fontes: UOL, em São Paulo - 07/03/2025; g1 Rio e TV Globo - 07/03/2025    

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sábado, outubro 26, 2024

MCDONALD'S SUSPENDE VENDA DE HAMBÚRGUER NOS EUA APÓS SURTO DE BACTÉRIA PROVOCAR MORTE

Pessoas foram infectadas em 13 estados diferentes, segundo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

O surto de envenenamento pela bactéria E. coli é ligado a hambúrgueres do McDonald's nos Estados Unidos e se expandiu pelo país. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA afirmou que o número de pessoas infectadas pela bactéria subiu para 75 na  sexta‑feira (25).

Notícias sobre o surto foram reveladas no início da semana, quando o CDC anunciou a morte e os primeiros infectados. O McDonald's suspendeu a venda do hambúrguer Quarter Pounder (semelhante ao "Quarteirão", no Brasil), relacionado à infecção.

Investigadores da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA se concentraram em cebolas fatiadas usadas nos hambúrgueres, bem como em hambúrgueres de carne bovina.

Autoridades do McDonald's disseram que um produtor de alimentos da Califórnia, Taylor Farms, forneceu cebolas amarelas que foram recolhidas por possível contaminação por E. coli. O McDonald's retirou o hambúrguer dos cardápios em vários estados na terça‑feira (22/10), quando o surto foi anunciado.

O QUE É E. COLI?

E. coli é um tipo de bactéria encontrada no ambiente, incluindo em água, alimentos e nos intestinos de pessoas e animais. Existem muitos tipos de E. coli inofensivos, mas alguns podem deixar as pessoas gravemente doentes.

No caso do McDonald's, o surto foi causado por um tipo específico, a E. coli O157, que produz uma toxina que provoca diarreia perigosa e pode levar à insuficiência renal e outros problemas graves, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão americano.

COMO OCORRE A CONTAMINAÇÃO?

As pessoas podem adoecer por contaminação com E. coli ao consumirem alimentos contaminados ou por contato com animais ou pessoas infectadas.

No caso do Quarteirão, as autoridades de saúde inicialmente focaram em cebolas frescas e hambúrgueres de carne como possíveis fontes do surto no McDonald's.

Apesar disso, os hambúrgueres de carne são uma fonte improvável devido aos requisitos federais de testes e aos protocolos do McDonald's, que exigem que sejam cozidos a uma temperatura que elimine as bactérias. Já as cebolas são servidas cruas.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA INFECÇÃO POR E. COLI?

Após o contato com a bactéria, os sintomas aparecem rapidamente e incluem:

·        Febre

·        Vômito

·        Diarreia

·        Sangue nas fezes

·        Desidratação

·        Tontura

A infecção pode evoluir para complicações mais graves, como lesão renal, principalmente em crianças e idosos, que são mais vulneráveis.

HISTÓRICO DE E. COLI NOS ESTADOS UNIDOS

O tipo de bactéria envolvida neste surto causa cerca de 744 mil infecções por ano nos Estados Unidos. Segundo os órgãos de saúde, são cerca de 2 mil internações e 61 mortes anualmente.

ATUALIZAÇÃO: 25 de outubro de 2024

O FDA, o USDA FSIS, o CDC e parceiros estaduais continuam trabalhando de forma rápida e colaborativa para investigar e identificar a origem das doenças associadas à contaminação por E. coli nos hamburgueres Quarter Pounders do McDonald's.

Em 24 de outubro, 75 pessoas infectadas com a cepa de surto de E. coli O157:H7 foram relatadas em 13 estados. As doenças começaram em datas que variam de 27 de setembro de 2024 a 10 de outubro de 2024. 

Das 61 pessoas com informações disponíveis, 22 foram hospitalizadas e 2 pessoas desenvolveram síndrome hemolítico-urêmica, uma condição séria que pode causar insuficiência renal. 

Uma morte foi relatada de um adulto mais velho no Colorado. Das 42 pessoas entrevistadas, todas as 42 (100%) relataram comeram no McDonald's, e 39 pessoas relataram comeram  um hambúrguer de carne bovina.

O FDA está usando todas as ferramentas disponíveis para confirmar se as cebolas são a fonte deste surto. Isso inclui trabalhar com parceiros federais e estaduais e as empresas envolvidas para coletar e avaliar registros e informações de distribuição como parte de nossa investigação de rastreamento. O FDA e os parceiros estaduais também estão coletando amostras de cebola para análise.

Enquanto a investigação está em andamento, a empresa Taylor Farms, fornecedora de cebolas em tiras para os estabelecimentos afetados do McDonald's, iniciou um recall voluntário. Cebolas amarelas recolhidas foram vendidas a clientes do serviço de alimentação. Os clientes que receberam cebolas recolhidas foram notificados diretamente sobre o recall.

A FDA está trabalhando em estreita colaboração com as empresas envolvidas e continuará a fornecer atualizações assim que estiverem disponíveis, incluindo quaisquer recalls ou notificações adicionais que possam ser necessárias para os destinatários de cebolas recolhidas.

No momento, a FDA não tem conhecimento de nenhum caso ou produto afetado fora dos Estados Unidos. Mais informações serão fornecidas assim que estiverem disponíveis.

ONDE VIVEM OS DOENTES


Este mapa mostra onde vivem as 75 pessoas envolvidas neste surto de E. coli .

Contagem de casos

Total de doenças: 75

Internações: 22

Mortes: 1

Último caso da doença: 10 de outubro de 2024

Estados com casos:  ( ) número de pessoas doentes

Colorado (26), Iowa (1), Kansas (1), Novo México (5), Missouri (4), Michigan (2), Montana (13), Nebraska (11), Oregon (1), Utah, (5),  Wisconsin (1), Wyoming (4), Washington  (1).  Fontes: U.S. Food and Drug Administration - October 2024; g1- 24/10/2024 ; g1 - 25/10/2024;

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domingo, julho 14, 2024

TEM ÁLCOOL EM PÃES DE FORMA

Pesquisa da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), divulgada na quinta‑feira (11), mostra que há presença de álcool em produtos de diversas marcas populares de pães de forma.

E OS PÃES FOSSEM BEBIDAS

De acordo com o levantamento, se os pães fossem bebidas, os produtos de cinco marcas seriam considerados alcoólicos, ou seja, com teor de álcool superior a 0,5%: 

·  Visconti (teor alcoólico de 3,37%),

·  Bauducco (1,17%),

·  Wickbold 5 Zeros (0,89%),

·  Wickbold Sem Glúten (0,66%),

·  Wick Leve (0,52%), e Panco (0,51%).


PÃES TAMBÉM PODERIAM NÃO PASSAR NO TESTE DO BAFÔMETRO

Algumas marcas de pães também poderiam não passar no teste do bafômetro, dependendo da quantidade ingerida pelo consumidor. Considerando os índices do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a quantidade segura de álcool no organismo (circulando no sangue) seria abaixo de 3,3 gramas (g) de álcool. De acordo com a pesquisa;

·  duas fatias do pão de forma da marca Visconti teriam o equivalente a 1,69 g de álcool;

·  da Bauducco, a 0,59 g; e

·  da Wickbold 5 Zeros, a 0,45 g.


CUIDADOS COM GRÁVIDAS E LACTANTES

“Para grávidas e lactantes, a ingestão recorrente de álcool, mesmo que em baixas doses, pode afetar o aprendizado e ocasionar problemas de memória. A síndrome alcoólica fetal (SAF), ocasionada pela ingestão de álcool, é caracterizada por anormalidades no neuro desenvolvimento do sistema nervoso central, retardo de crescimento e problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade”, diz o texto da pesquisa.

CASO OS PÃES FOSSEM MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS 

O estudo mostra ainda que, caso os pães fossem medicamentos fitoterápicos, seria necessário haver advertências nas embalagens de oito marcas brasileiras. De acordo com as diretrizes pediátricas europeias, o valor limítrofe de advertência para a presença de álcool em medicamentos fitoterápicos é de 6 miligrama por quilo (mg/kg) de peso corporal para crianças. Considerando uma criança de 12,5 kg, a taxa limite seria de 75 mg.

Essa quantidade é superada, em uma única fatia de pão, nas marcas;

·  Visconti (843 mg de etanol),

·  Bauducco (293 mg),

·  Wickbold 5 Zeros (233 mg),

·  Wickbold Sem Glúten (165 mg),

·  Wickbold Leve (130 mg),

·  Panco (128 mg),

·  Seven Boys (125 mg),

·  Wickbold (88 mg).

Se fossem medicamentos fitoterápicos, seria necessário haver advertências nas embalagens.

CONTAMINAÇÃO DOS PÃES COM O ÁLCOOL

De acordo com o levantamento, a contaminação dos pães com o álcool pode ocorrer no momento de a indústria acrescentar conservantes nos produtos. “O álcool usado para diluição do conservante [colocado após o pão passar pelo forno] deve ser evaporado até o consumo em si do pão, mas se houver um abuso na quantidade do antimofo ou em sua diluição, isso pode não ocorrer e ocasionar em um pão com um teor de etanol muito elevado”, diz o texto da pesquisa.

NOTA DA EMPRESA PANDURATA ALIMENTOS

Em nota, a Pandurata Alimentos, responsável pela fabricação dos produtos Bauducco e Visconti, disse que que adota rigorosos padrões de segurança alimentar em todo seu processo produtivo e na cadeia de fornecimento. "A empresa possui a certificação BRCGS (British Retail Consortium Global Standard), reconhecida como referência global em boas práticas na indústria alimentícia, e segue toda a legislação e regulamentações vigentes."

RELATÓRIO TÉCNICO E MERCADOLÓGICO PROTESTE, 29/02/2024

Sabia que alguns pães têm mais teor alcoólico do que deveriam?

Toda fabricação de pães passa por fermentação, quando os açúcares da massa são fermentados e transformados em álcool etílico e gases. Grande parte desse álcool evapora no forno, mas um relatório recente* mostra que, quando chega ao consumidor, alguns pães contêm teores alcóolicos preocupantes.

Se não é fermentação, de onde vem esse álcool?

O pão é um alimento extremamente perecível. Para evitar o mofo e garantir que o pão chegue até nossas casas intacto, a indústria usa conservantes diluídos em álcool e borrifados no produto antes de embalar. No entanto, quando essas aplicações são exageradas, o pão fica com um teor de etanol muito elevado. Fonte: Agência Brasil - São Paulo Publicado em 11/07/2024  

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