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sábado, junho 22, 2024

EXPLOSÃO EM CONDOMÍNIO DEIXA PESSOAS FERIDAS EM PORTO ALEGRE

 

Uma explosão atingiu uma torre de um condomínio no bairro Rubem Berta, na Zona Norte de Porto Alegre, na madrugada de quinta-feira (4/01/2024).  No momento da explosão, o local estava sendo evacuado por conta de um vazamento de gás. O estrondo foi ouvido por outros moradores da região.  

A EXPLOSÃO

O condomínio tem cerca de 440 apartamentos (22 torres) e está localizado na Rua Inocêncio de Oliveira Alves, próximo à esquina com a Rua João Fázio Amato, no bairro Rubem Berta. No momento da explosão, o local estava sendo evacuado por conta de um vazamento de gás.

ATENDIMENTO DA OCORRÊNCIA

Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, Polícia Civil e Defesa Civil atenderam a ocorrência durante madrugada. Pelo menos, quatro veículos dos bombeiros chegaram a ir ao local. 

DEFESA CIVIL

O condomínio é uma obra recente e, conforme a Defesa Civil, cerca de 50% dos apartamentos ainda estão desocupados. Além disso, parte dos moradores já estabelecidos no prédio não estavam em casa em razão do período de férias.

Segundo a Defesa Civil, a explosão aconteceu na torre 10. Moradores desta torre e da 11, que fica em frente, devem ser encaminhados para albergues. Quanto às outras torres, ainda não há previsão de liberação.

VÍTIMAS

Seis moradores foram atingidos por escombros, sendo que três também sofreram queimaduras de primeiro e segundo graus. Dois bombeiros que atendiam a ocorrência de vazamento de gás e realizavam a evacuação dos moradores acabaram feridos. Os oito foram levados para o Hospital de Pronto Socorro da Capital e para o Hospital Cristo Redentor, onde três vítimas seguiam internadas na Unidade de Terapia Intensiva.

RELATOS DE MORADORES

Os moradores que presenciaram a explosão que atingiu a torre do condomínio relataram momentos de tensão.

1-A técnica de enfermagem Katiane contou que estava dormindo com os filhos e acordou com o tremor provocado pela explosão.

"Tremeu tudo. A gente acordou pensando que era trovão. No que a gente olhou pela janela, tava todo mundo correndo. Todo mundo gritando pra sair. A gente só atinou pegar as crianças e as bolsas delas", conta Katiane.

'Tremeu tudo', diz moradora de condomínio que explodiu no RS

2-A analista de projetos Eduarda Xavier, também moradora do condomínio, definiu o momento como "sessão terror".

"Sessão terror. Era parede no chão, prédio pegando fogo, gente com estilhaço de vidro. Muita gente apavorada, chorando", relembra.

3-O pintor Jonatha dormia com a esposa e a filha de 3 anos numa das torres, e recorda que sentiu o cheiro de gás mesmo estando distante três prédios da unidade que horas depois acabou explodindo. “Foi um cenário de filme de guerra. Eu estava na cama, de repente o cheiro forte e em seguida o estrondo. Sacudiu tudo, ouvimos muitos gritos e quando chegamos na rua, tinha vidros, pedaços de paredes, portas e até roupas espalhadas por toda a parte”, relatou.


DANOS MATERIAIS

Os danos são visíveis em diversas unidades do condomínio. O deslocamento de ar arrancou a parede do apartamento que explodiu e o que sobrou apresenta as marcas do incêndio. Até mesmo fora do pátio do residencial era possível encontrar estilhaços de vidros e pertences dos condôminos.

A explosão foi no terceiro andar, rompeu a estrutura do quarto e do segundo andar também. Então, por questão de precaução e prevenção, nós estamos com todos os moradores para fora dos prédios, dos apartamentos, aguardando o laudo para verificação das estruturas do prédio — afirmou a comandante do Corpo de Bombeiros.

CAUSA PROVÁVEL

A suspeita do Corpo de Bombeiros é de que a origem da explosão tenha sido o vazamento de gás GLP em um fogão, que estava no apartamento no terceiro andar da torre 10.

No momento da explosão, o local estava sendo esvaziado por conta de um vazamento de gás. O estrondo foi ouvido por outros moradores da região.

PERÍCIA

Uma equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP) esteve no local para identificar as possíveis causas. Entre os primeiros relatos de condôminos, por volta das 22h30min o prédio afetado teve falta de gás e a empresa fornecedora foi chamada para substituir os cilindros que abasteciam a torre. Contudo, a explosão ocorreu em um dos apartamentos localizados no terceiro andar, o que pode indicar a origem do vazamento, A habitação em questão estava vazia no momento do acidente.

CONSTRUTORA RESPONSÁVEL

A Tenda, responsável pela construção do condomínio, inaugurado há oito meses, se manifestou por meio de nota. No texto, a construtora expressa profundo pesar pelo incidente e informa que contratou um perito para realizar uma inspeção no local. A empresa ressaltou ainda que o conjunto habitacional recebia as manutenções de acordo com as responsabilidades contratuais e que pretende aguardar o resultado de perícia para se posicionar. Confira a íntegra:

A Construtora informa que está em contato com o síndico do condomínio, bem como com autoridades locais para melhor entender o caso. Um perito terceiro fará a inspeção in loco. Ainda não é possível afirmar as causas da explosão. A construtora reforçou “seu compromisso com as melhores práticas e procedimentos do mercado de construção, e que toda inspeção e manutenção que é de nossa responsabilidade foi realizada, não detectando nenhum tipo de problema”.

DESALOJADOS

De acordo com o coordenador adjunto da Defesa Civil de Porto Alegre, os moradores que não têm para onde ir estão sendo atendidos pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e vão ser realocados em albergues do município. “Ainda durante a noite, muitas famílias foram para casas de parentes. E a partir da validação técnica, de engenharia, vamos poder discutir o retorno”, declarou.

INTERRUPÇÃO DE GÁS

A falta de gás foi cortado provisoriamente no condomínio para evitar novos vazamentos, causando transtornos para os moradores.

VÍTIMA FATAL

Quatro dias após a explosão,  um morador morreu no Hospital Cristo Redentor.

De acordo com o hospital, a vítima de falência múltipla de órgãos, em decorrência de complicações causadas por queimaduras em 90% do corpo.

INDENIZAÇÃO

Os residentes aguardam a definição do laudo, necessário para que a seguradora defina as possibilidades de indenizações.

"Um grande dificultador é a questão de prazos legais, do laudo do IGP, que infelizmente ainda não saiu. Mas sabemos que o IGP ainda está trabalhando dentro de seus prazos, é uma investigação que tem que ser muito bem detalhada, mas isso dificulta um pouco em outros andamentos", diz o síndico do condomínio. Fontes: RBS TV-04/01/2024;g1 RS-04/01/2024; Correio do Povo - 04/01/2024; RBS TV - 26/01/2024

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posted by ACCA@6:41 PM