Furacão Catarina- Primeiro furacão brasileiro
Em 26 de março de 2004, sexta-feira, meteorologistas
do Climerh (Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa
Catarina) estão monitorando o ciclone extratropical que, girando no sentido
horário, tem forte atividade de chuva e vento na área.. Sexta-feira à noite,
ciclone estava a pouco mais de 400 quilômetros da costa catarinense, com
tendência de deslocamento lento para a costa.
DADOS CRONOLÓGICOS DO MONITORAMENTO DO CICLONE
EFETUADO PELA ESTAÇÃO DE CLIMATOLOGIA URBANA DE SÃO LEOPOLDO, RS.
SEXTA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2004,
17 H 56 MIN
Um sistema de baixa
pressão com características de ciclone tropical, o que torna difícil a sua
classificação enquanto fenômeno, está atuando na costa do sul do Brasil.
Trata-se de um sistema com características incomuns e que merece monitoramento
constante nas próximas 48 horas.
Os modelos indicam e as
imagens de satélite confirmam que o centro de instabilidade move-se para oeste,
quando o normal seria o sistema afastar-se do continente numa trajetória leste.
Além disso, o ciclone possui o seu núcleo extremamente bem definido, o que
também é incomum nesta área do planeta.
Não bastasse, o sistema
originou-se de uma baixa pressão sobre águas quentes em latitudes médias
próximas aos trópicos, o que também não é um padrão que se observe comumente na
costa atlântica da América do Sul.
SÁBADO, 27 DE MARÇO DE 2004 , 10 H
O ciclone tropical 1-T Alfa, foi classificado pelo
Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos como um furacão categoria 1 na
escala Safir Simpson (ventos entre 120 e 150 km/h), está localizado neste
momento a aproximadamente 300 km a leste de Torres.
Foto: Waves/Terra - Porto Alegre, 28/03/2004 - Imagem
de satélite mostra a aproximação do ciclone Catarina ao litoral Sul brasileiro.
É a primeira vez que um fenômeno deste tipo é registrado na América do Sul.
O sistema apresenta um lento deslocamento para
oeste/sudoeste e já provoca aumento de nebulosidade e chuva predominantemente
fraca no leste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.Nas próximas horas se
espera que a nebulosidade mais densa associada ao ciclone alcance o continente,
trazendo chuva ocasionalmente forte a torrencial e trovoadas para o leste da
Serra Gaúcha, litoral norte e região metropolitana.
A tendência é idêntica para o litoral de Santa
Catarina. Adverte-se que em pontos localizados há o risco das precipitações
serem excessivas, o que pode trazer alagamentos. O vento na área continental é
ainda fraco no momento, mas deve se intensificar no decorrer das próximas 24
horas.
É na zona costeira do Rio Grande do Sul e de Santa
Catarina, especialmente nas regiões próximas da divisa dos dois estados, que o
vento deve soprar mais forte. Para a faixa litorânea gaúcha e catarinense
prevê-se vento com intensidade moderada a forte, com velocidade média de 40 a
70 km/h e rajadas mais fortes, principalmente a partir da tarde de hoje.
Embarcações em alto mar já constatam ondas elevadas e
que devem afetar também as praias, onde pode se produzir também o fenômeno da
elevação da maré.
SÁBADO, 27 DE MARÇO DE 2004, 15 H
23 MIN
O sistema segue
apresentando um lento deslocamento para oeste/sudoeste e provoca aumento de
nebulosidade e chuva no leste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Em
alguns pontos estão sendo registradas pancadas fortes e rápidas de chuva devido
ao desenvolvimento vertical de nuvens carregadas.
Dados analisados pela Rede de Estações de Climatologia
Urbana de São Leopoldo confirmam que se trata de um sistema de baixa pressão
com características de um ciclone tropical, apesar da sua natureza híbrida
(ciclone tropical com ciclone extratropical).
O ciclone na costa brasileira é apenas o terceiro já
observado no Atlântico Sul, porém confirmando-se a definição de um furacão
pelo National Hurricane Center dos Estados Unidos e estaríamos diante do
primeiro furacão já registrado pela ciência no Atlântico Sul.
Estimativas do NHC/NOAA da intensidade da tempestade
usando imagens de satélite enquadram o 1-T Alfa como um furacão fraco de
categoria 1 na Escala Safir Simpson (ventos em seu núcleo de 120 a 150 km/h).
Entretanto, estimativas dos ventos máximos contínuos do satélite Quikscat
colocam os ventos em apenas 56 km/h.
Deve ser ressaltado, contudo, que tal instrumento não
consegue medir precisamente o vento na presença de chuva forte, logo a
intensidade do vento deve na realidade ser mais forte junto ao centro da área
de instabilidade. Informações do NOAA norte-americano processadas nas
últimas 24 horas confirmam a evolução do sistema para oeste/sudoeste, em
direção ao continente, além de sinalizarem a intensificação e o aumento das
dimensões do ciclone.
Com o deslocamento mais para sudoeste do sistema,
desde o começo da tarde as bandas ciclônicas ao redor do "olho" do
ciclone começaram a atingir o continente, particularmente o extremo nordeste do
Rio Grande do Sul e o sudeste de Santa Catarina.
As imagens de satélite e as projeções realizadas por
computadores recebidas pela Rede de Estações de Climatologia Urbana de São
Leopoldo indicam a possibilidade da área de instabilidade atingir o continente
entre hoje à noite e o começo da tarde de domingo em algum ponto entre Quintão
(Rio Grande do Sul) e Araranguá (Santa Catarina). A esta hora, a trajetória
do sistema parece destiná-lo mesmo à área de divisa do Rio Grande do Sul com
Santa Catarina, onde a instabilidade pode ser mais forte.
SÁBADO, 27 DE MARÇO DE 2004, 18 H
30 MIN
O ciclone tropical 1-T Alfa está localizado agora a cerca
de 180 / 200 km a leste de Torres.
O sistema segue apresentando um lento deslocamento
para oeste e provoca aumento de nebulosidade e chuva no leste de Santa Catarina
e do Rio Grande do Sul. As áreas de instabilidade concentram-se mais a esta
hora sobre o estado catarinense, onde o sistema de detecção de descargas
elétricas RINDAT acusa a queda de raios na região. Agora a pouco, o Centro
de Meteorologia de Santa Catarina (Climerh) informava sobre vento de até 90
km/h no Cabo de Santa Marta, acompanhado de chuva forte e ondas no mar que
atingiam até cinco metros.
Com o deslocamento mais para sudoeste do sistema,
desde o começo da tarde as bandas ciclônicas ao redor do "olho" do
ciclone começaram a atingir o continente, particularmente o extremo nordeste do
Rio Grande do Sul e o sudeste de Santa Catarina.
É na zona costeira do Rio
Grande do Sul e de Santa Catarina, especialmente nas regiões próximas da divisa
dos dois estados, que o vento deve soprar mais forte. Para a faixa litorânea
gaúcha e catarinense prevê-se vento com intensidade moderada a forte, com
velocidade média de 40 a 90 km/h e rajadas mais fortes, principalmente na noite
de hoje e próxima madrugada.
Foto
– Satélite Terra - Furacão Catarina – posição em 26 de março de 2004
2005
SÁBADO, 27 DE MARÇO DE 2004, 21 H
25 MIN
O ciclone tropical 1-T Alfa, está localizado agora a
apenas 50 km a nordeste de Torres. O sistema mudou de direção e, conforme a
análise das últimas imagens de satélite, desloca-se agora para noroeste.
Ademais, as imagens revelam que o ciclone
intensificou-se sobre águas mais quentes da corrente do Brasil e passou a
avançar com maior rapidez. A esta
hora é possível afirmar que é muito provável que o sistema toque terra
(landfall) em algum ponto do litoral sul catarinense nas próximas 2 a 3 horas.
Informações repassadas pelo Climerh à Rede de Estações de Climatologia Urbana
de São Leopoldo dão conta de fortes ventos em alto mar associados ao ciclone
que, como dito, já está muito próximo da costa.
Além disso, o acompanhamento por satélite revela a
intensificação das áreas de mau tempo ao redor do núcleo, principalmente ao
norte e nordeste do olho do sistema que se extremamente bem definido e amplo.
Com o deslocamento mais para sudoeste do sistema,
desde o começo da tarde as bandas ciclônicas ao redor do "olho" do
ciclone começaram a atingir o continente, particularmente o extremo nordeste do
Rio Grande do Sul e o sudeste de Santa Catarina.
DOMINGO-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 2004,
23 H 58 MIN
O presente boletim inclui informações importantes e de
último momento sobre a intensidade e trajetória do ciclone que acaba de tocar‑terra
na costa do sul do Brasil.
O ciclone tropical 1-T Alfa, classificado pelo Centro
Nacional de Furacões dos Estados Unidos como um furacão categoria 1 na escala
Safir Simpson (ventos entre 120 e 150 km/h), acaba de tocar terra (landfall)
no extremo sul do litoral de Santa Catarina a poucos quilômetros da divisa
estadual com o Rio Grande do Sul.
Pouco depois das 23:50, horário de Brasília, o olho do
ciclone com fortes características de furacão já se posicionava sobre o
continente e movia-se para oeste/noroeste. Internacionalmente, considera‑se que
um ciclone toca terra (landfall) quando o seu olho se posiciona sobre terra
firme, o que ocorreu há poucos minutos no sul de Santa Catarina.
Neste exato momento,
existe um grande número de relatos sobre chuva intensa e fortes rajadas de
vento afetando o litoral sul catarinense, particularmente na região entre
Araranguá e Criciúma. Os ventos alcançariam até cem quilômetros por hora ou
mais em alguns momentos, o que já teria provocado inclusive queda de árvores.
Nesta área, o mar se encontra extremamente revolto com ondas de até cinco
metros de altura.
Surgem também os primeiros informes de que o mar em
algumas praias está avançando devido à maré elevada (storm, surge). Seguem intensas as áreas de
instabilidade ao redor do olho do ciclone, mostrando as imagens de satélite que
bandas ciclônicas de nebulosidade muito ativas, originadas do movimento
rotacional do sistema, avançam para o litoral norte do Rio Grande do Sul.
Em face desta circulação de nuvens muito carregadas
próximas do olho do ciclone, cumpre advertir que é ainda elevado o risco de
tempo severo na região nordeste do Rio Grande do Sul, já que o centro do
ciclone está localizado a menos de cinqüenta quilômetros a nordeste de Torres.
A Rede de Estações de Climatologia Urbana de São
Leopoldo prevê chuva forte a torrencial e trovoadas para o sul catarinense,
leste da Serra Gaúcha e litoral norte nas próximas 6 a 12 horas. A
instabilidade deve ser ainda maior no litoral sul catarinense que começa a ser
atingido diretamente pelo olho do ciclone.
Adverte-se que em pontos
localizados há o risco das precipitações serem excessivas, o que pode trazer
alagamentos. Adverte-se igualmente para o risco de súbitas inundações (flash
flooding) especialmente junto à Serra Geral no litoral norte gaúcho e o sudeste
catarinense por força do levantamento do relevo.
As condições do tempo ao longo da BR 101 entre Osório
e Florianópolis devem ser atentamente monitoradas nas próximas horas devido ao
posicionamento geográfico (proximidade da Serra Geral e do litoral).
O vento no litoral sul de Santa Catarina deve soprar
muito forte com rajadas intensas até mesmo acima dos 120 km/h na primeira
metade da madrugada em face da presença do núcleo do ciclone sobre a costa. O
vento deve ser igualmente forte no litoral norte do Rio Grande do Sul e leste
da Serra Gaúcha na região dos Aparados.
Nas próximas horas, para a faixa litorânea gaúcha e
catarinense prevê-se vento com intensidade moderada a forte, com velocidade
média de 50 a 90 km/h e rajadas mais fortes, principalmente até a metade desta
madrugada.
DOMINGO, 28 DE MARCO DE 2004, 2 H 45MIN (MADRUGADA)
O presente boletim inclui informações importantes e de
último momento sobre estragos, a intensidade e trajetória do ciclone que acaba
de tocar terra na costa do sul do Brasil.
Neste momento, o olho do ciclone com fortes
características de furacão segue deslocando-se muito lentamente no sentido
oeste/noroeste. São inúmeros os relatos recebidos das autoridades e moradores
da região afetada sobre condições de tempo severo no litoral norte do Rio
Grande do Sul e litoral sul catarinense.
Equipe da Coordenadoria de Defesa Civil Estadual do
Rio Grande do Sul informa que em Torres o vento intenso das últimas três horas
provocou inúmeros destelhamentos na cidade, além de falta de energia em alguns
pontos do balneário. Em contato com o Centro de Meteorologia Catarinense (Climerh),
com sede em Florianópolis, foi possível apurar que os danos são igualmente
generalizados no litoral sul catarinense. Há relatos de queda de árvores,
destelhamentos e prejuízos para a rede elétrica. Falta energia em diversas
áreas de Sombrio e Araranguá.
Tanto o litoral sul catarinense com o extremo nordeste
gaúcho estão enfrentando há pelo menos três horas chuva por vezes intensa e
rajadas de vento com velocidade constante de 60 a 80 km/h com rajadas iguais ou
superiores a 100 km/h em alguns momentos.
Conforme o Climerh, pontos localizados do sul
catarinense registraram até 40 milímetros de chuva em apenas uma hora. Tanto na
costa norte gaúcha como no sul de Santa Catarina o mar se encontra extremamente
revolto com ondas de até cinco metros de altura. Em algumas praias está
avançando devido à maré elevada (storm, surge) e já foi decretado estado de
ressaca.
As condições do tempo ao longo da BR 101 entre Osório
e Florianópolis devem ser atentamente monitoradas nas próximas horas devido ao
posicionamento geográfico da rodovia (proximidade da Serra Geral e do litoral).
DOMINGO, 28 DE MARÇO DE 2004, 10 H
Salvo mudanças significativas no quadro meteorológico,
o presente boletim encerra a série sobre o monitoramento do violento ciclone
tropical que atingiu o sul do Brasil nas últimas horas.
O ciclone tropical 1-T Alfa, atingiu com violência sem
precedentes o extremo sul do litoral de Santa Catarina e o litoral norte do Rio
Grande do Sul na noite de sábado e madrugada deste domingo.
O olho da tempestade ingressou no continente junto ao
litoral sul catarinense e região de Torres por volta da meia noite, trazendo
condições meteorológicas extremamente perigosas. As duas regiões foram afetadas
por ventos com força de furacão categoria 1 e estimados entre 50 e 150 km/h.
Foram registradas chuvas torrenciais e excessivas com
volumes superiores a 50 milímetros em curtos períodos. O balanço inicial do
evento pelas autoridades e a imprensa indica a ocorrência de danos
generalizados, alguns significativos, típicos da passagem de um furacão, no sul
catarinense e nordeste do Rio Grande do Sul.
Dados analisados pela Rede de Estações de Climatologia
Urbana de São Leopoldo confirmam que o fenômeno se trata de um sistema de baixa
pressão com características de um ciclone tropical, apesar da sua natureza
inicial híbrida (ciclone tropical com ciclone extratropical).
A caracterização definitiva deste fenômeno sem
precedentes ainda carecerá de estudos complementares, porém a Rede de Estações
de Climatologia Urbana de São Leopoldo está inclinada a acompanhar a
classificação oferecida por agências internacionais de forma a caracterizar o
sistema de fato como um furacão, especialmente diante do nível e a magnitude
dos danos observados, o padrão sinótico do ciclone tropical e as
características singulares apresentadas pelo sistema e que são por demais
diferentes das apresentadas pelos ciclones extratropicais (comuns no sul do
Brasil), como vem sendo chamado o sistema por parte da Meteorologia nacional.
Este ciclone tropical na costa brasileira foi apenas o
terceiro já observado no Atlântico Sul, porém confirmando-se a definição de um
furacão e estar-se-á diante do primeiro furacão já registrado pela ciência no
Atlântico Sul.
Assim como ocorre com os furacões, o ciclone perdeu
intensidade e desorganizou-se nas últimas horas ao avançar sobre terra firme no
sul de Santa Catarina. A esta hora não é mais possível observar-se o olho da
tempestade que ainda provoca chuva forte em pontos localizados e rajadas de
vento moderadas a forte.
Adverte-se que ainda existe o risco de inundações,
especialmente junto à Serra Geral no litoral norte gaúcho e o sudeste
catarinense, considerando que já choveu forte nestas áreas e que as
precipitações ainda devem ser ocasionalmente intensas nas próximas horas. Há a
agravante de que choveu muito também nos Aparados da Serra e Planalto Sul
Catarinense, o que indica que grande quantidade de água ainda deve descer dos
morros em direção ao litoral.
Outro foco de preocupação segue sendo a BR 101 entre
Osório e Florianópolis, já interrompida pela queda de cem árvores no trecho
catarinense. O volume excessivo de chuva pode determinar alagamentos sobre a
pista e o transbordamento de rios e córregos junto à rodovia, logo recomenda‑se
constante monitoramento da rodovia.
O deslocamento muito lento do ciclone agravou a ocorrência de danos no nordeste gaúcho e sul de Santa Catarina. De acordo com a análise dos meteorologistas da Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo, a evolução mais vagarosa do sistema junto à costa fez com que ao mesmo tempo os ventos intensos e contínuos perdurassem por um número maior de horas e que as chuvas torrenciais se concentrassem e fossem mais duradouras sobre as áreas adjacentes ao ingresso do olho do ciclone no continente (faixa de Arroio do Sul a Araranguá).
Conforme a Rede de Climatologia de São Leopoldo, o
ciclone na costa brasileira foi o terceiro já observado no Atlântico Sul.
Porém, se confirmada a definição de um furacão, seria o primeiro já registrado
pela ciência no Atlântico Sul.
BALANÇO DOS DANOS CAUSADOS
PELO FURACÃO CATARINA
SANTA
CATARINA
O furacão raro que atingiu
o sul de Santa Catarina e causou rajadas de vento de até 150 km/h, segundo
informações da Defesa Civil dos Estados.
Com
o forte vento e chuva, provocaram os seguintes
danos;
■ casas
foram destelhadas,
■ houve
alagamento e interdição de estrada,
■ árvores
e postes foram derrubados e
■ o
fornecimento de energia foi interrompido em algumas regiões.
As
ondas do mar atingiram cinco metros de altura.
LEVANTAMENTO DOS PREJUÍZOS PRELIMINARES
Os órgãos públicos realizam um levantamento dos estragos e
do número de desabrigados, atingidos pelo fenômeno.
DANOS MATERIAIS URBANOS
DANOS MATERIAIS URBANOS
■Dos 40 municípios atingidos em uma faixa de 200 quilômetros
do litoral sul de Santa Catarina, 20 foram severamente atingidas pelo furacão.
■ Em Santa Catarina, diversas casas foram destelhadas em Araranguá, Arroio Silva, Balneário Rincão, Criciúma, Içara, Sombrio, Maracajá e Passo de Torres.
■ Os prejuízos sobre a economia local dos municípios atingidos vão desde a restauração de todas as vidraças de um hospital em Araranguá e outra em Criciúma, todas quebradas pelos fortes ventos, até a recuperação de indústrias de cerâmica da região, que respondem por 25% a 35% da produção em valor e volume, no País.
■ Em Santa Catarina, cerca de 20 mil casas foram atingidas, sendo que 500 ficaram totalmente destruídas, prejudicando 70 mil pessoas em 21 municípios, informou o governo do Estado. Ficaram destruídas casas nas cidades de Maracajá, Balneário Gaivota e Arroio do Silva. Em Sombrio e Rincão, os postes de luz foram arrancados pela força dos ventos.
MADRUGADA DE TERROR, MANHÃ DE PREJUÍZOS
■ Em Santa Catarina, diversas casas foram destelhadas em Araranguá, Arroio Silva, Balneário Rincão, Criciúma, Içara, Sombrio, Maracajá e Passo de Torres.
■ Os prejuízos sobre a economia local dos municípios atingidos vão desde a restauração de todas as vidraças de um hospital em Araranguá e outra em Criciúma, todas quebradas pelos fortes ventos, até a recuperação de indústrias de cerâmica da região, que respondem por 25% a 35% da produção em valor e volume, no País.
■ Em Santa Catarina, cerca de 20 mil casas foram atingidas, sendo que 500 ficaram totalmente destruídas, prejudicando 70 mil pessoas em 21 municípios, informou o governo do Estado. Ficaram destruídas casas nas cidades de Maracajá, Balneário Gaivota e Arroio do Silva. Em Sombrio e Rincão, os postes de luz foram arrancados pela força dos ventos.
AGRICULTURA
A
agricultura muito forte nos municípios atingidos, na faixa de 200 quilômetros
do litoral catarinense, também foi atingida pelo furacão.
Os
rios não foram atingidos, garantindo abastecimento de água potável (não
salinizada) à população.
EMERGÊNCIA
A
cidade de Criciúma, município catarinense de 180 mil habitantes, a 200 quilômetros
de Florianópolis e a 300 km de Porto Alegre (RS), foi um dos mais atingidos
pelo furacão. Mais de 500 pessoas foram atendidas em dois hospitais e três
pronto-socorros da cidade. Dos pacientes, cinco estão internados em estado
grave.
Grande
parte dos atendimentos fica por conta de ocorrências ligadas ao furacão, tais
como;
■
ocorreram ataques cardíacos antecipados pela angústia causada pela situação,
■
acidentes de automóveis e motos, pelo nervosismo sobre o que poderia ocorrer,
■ e
antecipação de partos.
FALTA
ENERGIA EM MUNICÍPIOS DE SANTA CATARINA
Diversas
cidades catarinenses, entre as quais Araranguá, Criciúma, Arroio do Silva,
Tubarão, Laguna, Maracajá e Nova Veneza tiveram sérios problemas de
abastecimento de energia elétrica em conseqüência do fenômeno climático,
caracterizado como ciclone extratropical, por alguns técnicos, ou furacão, por
outros -, que atingiu o Estado, segundo avaliação feita no final da manhã de
domingo, pela Central de Atendimento das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).
REDE
ELÉTRICA MAIS AFETADA;
■A
regional da Celesc em Criciúma foi a mais demandada pela população, registrando
325 ocorrências de interrupção de energia elétrica, provocadas por quedas de
árvores e destelhamentos que partiram cabos da rede elétrica, além de causarem
avarias em caixas de distribuição.
■A
estimativa é que 40 municípios foram atingidos pelo ciclone no Estado. A força
do fenômeno foi tal que em São João do Sul e Balneário Gaivota todos os postes
foram arrancados.
■Araranguá,
Arroio do Silva, Balneário Rincão, Maracajá e Sombrio estão sem energia.
A
empresa Centrais Elétricas de Santa Catarina disse que a situação só deve se
normalizar em 72 horas. Os sistemas de telefonia também foram atingidos.
PREJUÍZOS
Em
Santa Catarina, foram registrados muitos estragos, especialmente ao longo da
BR-101. De acordo com o balanço da Defesa Civil, 21 municípios do estado foram
afetados pelos ventos fortes, 20 mil residências estão danificadas e 500 foram
totalmente destruídas.
Apesar
das ocorrências, ainda não se tem o número exato de desabrigados, porque muitas
pessoas deixaram o litoral depois do alerta da Defesa Civil. Pelo menos 15
cidades continuavam sem luz, 7 sem serviço telefônico, e 9 sem água encanada
até o final da tarde deste domingo.
VÍTIMAS
Uma
árvore caiu sobre um veículo que trafegava na estrada e causou a morte de um
homem. Outras duas pessoas que estavam no carro ficaram feridas.
Dos
34 feridos, vários têm lesões leves, mas existe uma pessoa em estado grave.
DESAPARECIDOS
Duas
embarcações pesqueiras naufragaram e uma ficou a deriva durante a passagem do
furacão Catarina. A Marinha iniciou as
buscas depois de ter interceptado um pedido de socorro, enviado pelos barcos à
Rádio Farol Santa Marta. O Valio 2 estava com seis tripulantes e o Antônio
Venâncio com sete.
INTERRUPÇÃO
DE ESTRADA
O
trecho da BR-101, que foi interditado na madrugada de domingo, devido à queda
de árvores provocada pela passagem do ciclone Catarina na região, está liberado
pela Polícia Rodoviária Federal.
Na
região do Km 417, próximo ao município de Araranguá, até a divisa do estado de
Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, centenas de árvores tombaram com a
força do vento que chegou a atingir 150 km/h impedindo o tráfego no local. O
local foi liberado depois das 16h e chegou a provocar congestionamento de 30
km.
MADRUGADA DE TERROR, MANHÃ DE PREJUÍZOS
Sem energia, problemas na rede de telefonia e dificuldades
de acesso deixaram os municípios do extremo sul-catarinense praticamente
ilhados. Em um trajeto de 30 quilômetros que normalmente é realizado em média
em 25 minutos, foram necessárias duas horas para chegar ao destino.
A visão da BR-101 durante o percurso era desoladora e dava
idéia dos estragos causados. Veículos, casas, empresas e lojas destruídas eram
o panorama próximo aos municípios do extremo-sul.
“Todos os bairros
foram atingidos. O espelho da tragédia é a praça central”, afirmava o prefeito
de Araranguá. No entanto, segundo o administrador municipal, não havia
registros de desabrigados. “Muitas casas foram destelhadas e encaminhamos lonas
para estes locais”, destacou.
O Coronel Aliatar, da Defesa Civil, afirmou que muitas
vítimas não saíram de seus imóveis com medo de saques. Sem telefones, um QG foi
montado pelas autoridades na sede da Secretaria Regional, que não estava com
problemas nas linhas de comunicação. “Não dá tempo de colocar o telefone no
gancho, que em seguida já toca novamente. São pessoas com casas destelhadas,
outros com árvores sobre os imóveis”, relatou um bombeiro.
Em Arroio do Silva, igualmente ao município vizinho de
Araranguá, moradores e comerciantes trabalhavam no retelhamento e limpeza das
casas. Na beira mar, as ondas chegaram a 4 metros no momento mais crítico do
fenômeno que atingiu o Sul. (relato de uma equipe de jornalistas do Jornal da
Manhã de Criciúma que percorreu a região)
CAOS NO TRECHO-SUL DA BR-101
CAOS NO TRECHO-SUL DA BR-101
Contrariando as previsões céticas dos informativos
nacionais, o furacão Catarina causou grande destruição. Ao longo da BR-101
provocou transtornos que não foram maiores graças ao aviso prévio dos
climatologistas do Estado de Santa Catarina e providências tomadas pelas
autoridades competentes.
No entanto, aqueles que insistiram ou que foram
obrigados a enfrentar a rodovia da morte permaneceram horas nos
congestionamentos, tiveram que ter paciência com o fluxo lento e cuidados com
as mais de 150 árvores e centenas de galhos que caíram às margens do Km 300 e
458, compreendidos entre os municípios de Imbituba e Sombrio.
“Após ficar quase oito horas interditada em vários
pontos e causar mais de 30 quilômetros de engarrafamento, às 15h30min (domingo)
o trânsito foi liberado nos dois sentidos em Araranguá”, afirma o policial
rodoviário da Central de Operações da Polícia Rodoviária Federal em
Florianópolis, Júlio César Matte.
Segundo o patrulheiro, as intervenções se deram em
função da grande quantidade de árvores e galhos arrancados com a força dos
ventos, que conforme ele atingiram 150 km/h, e caíram sobre a pista.”
Os pontos mas críticos foram registrados entre os
municípios de Sombrio e Criciúma. Para amenizar os transtornos causados pelas
derrubadas, o Exército, patrulheiros rodoviários estaduais e federias, além de
policiais militares, munidos de machados e motosserras, cortaram os destroços
que caíram nas margens, além de limparem as pistas.
DADOS PRELIMINARES DA DEFESA CIVIL
DE SANTA CATARINA
Cidades
atingidas
|
23
|
Residências
danificadas
|
20
mil
|
Residências
destruídas
|
500
|
Morto
|
01
|
Ferido
grave
|
01
|
Ferido
leve
|
74
|
Desaparecidos
|
11
|
Estabelecimentos
comerciais danificados
|
286
|
Estabelecimentos
comerciais destruídos
|
30
|
Instalações
públicas danificadas
|
64
|
Instalações
públicas destruídas
|
02
|
Municípios
sem água
|
09
|
Municípios
sem energia
|
14
|
Municípios
sem comunicação
|
07
|
Municípios
com transporte prejudicado
|
03
|
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
No Rio Grande do Sul, mais de 430 casas foram
destelhadas em seis cidades.
■Torres foi a mais atingida (300 casas e 150
desabrigados).
■Rondinha, os telhados de 30 casas ficaram
parcialmente destruídos.
■Paraíso, mais 90 casas destelhadas
■Dom Pedro de Alcântara, cinco casas destelhadas
■Curumim, 3 casas
destelhadas
■Arroio do Sal, 3 casas destelhadas
ABRIGO
Desabrigados estão sendo alojados em escolas, igrejas e
prédios públicos. O prefeito de Torres, decretou situação de emergência no
município.
SEM ENERGIA ELÉTRICA
Estão sem energia elétrica as localidades gaúchas de Torres,
Mampituba, Dom Pedro de Alcântara e Morrinhos do Sul. Com energia parcial
encontram-se os municípios de Três Forquilhas e Itati.
O fornecimento de energia foi interrompido em algumas
regiões.
VÍTIMAS
Cinco pessoas ficaram levemente feridas.
Em Torres (RS), um homem de 61 anos foi encontrado morto por
volta das 2h da madrugada, a 50 metros de sua casa. Segundo a Defesa Civil do
RS, não há ainda informação precisa sobre a causa da morte. Suspeita-se de
ataque cardíaco ou morte súbita durante a passagem do ciclone.
Em Torres cinco pessoas tiveram ferimentos leves e foram
atendidas no Hospital N.Sa. Navegantes, e logo liberadas.
TORRES DECRETA ESTADO DE EMERGÊNCIA
Já na sexta-feira 26 de março, a mídia anunciava a
chegada de uma forte tempestade, ainda sem definição exata de ciclone ou
furacão. O evento é desconhecido no Brasil e, portanto, população e autoridades foram pegas de
surpresa. Muitos não acreditavam ser verdade os ventos anunciados com velocidade
de até 150 km/h. Pois durante a madrugada o vento passou arrasando tudo que
encontrava pela frente.
Fios e postes, árvores com mais de 15 metros de
altura, casas, telhados inteiros... tudo no chão. Vidraças de prédios inteiros
vieram parar no meio da rua.
O prefeito de Torres, decretou situação de emergência
no município, em conseqüência dos prejuízos causados pelo ciclone que atingiu a
região durante a madrugada. O município fica no litoral norte do Rio Grande do
Sul e faz divisa com Santa Catarina.
Na tarde deste domingo, 400 famílias que tiveram suas
casas destruídas ou semidestruídas se cadastraram na Prefeitura para receber
ajuda. A Defesa Civil e a Prefeitura, com auxílio do Governo estadual, já
providenciaram comida, colchões e cobertores para os mais de 300 desabrigados
que estão alojadas em uma escola pública do município.
O balneário, que tem uma população fixa de 35 mil
pessoas e no verão chega a receber mais de 500 mil turistas, está sem luz e com
problemas na rede de telefonia.
PREJUÍZOS NA AGRICULTURA
AGRICULTURA - RIO GRANDE DO SUL
As lavouras de arroz e os
pomares de banana foram às culturas mais afetadas pelo ciclone extratropical .
O fenômeno chegou à região com ventos de até 150 km/h. Segundo levantamento da
Emater, datados de 02 de abril, as perdas totais na atividade agrícola
alcançaram o valor de R$ 16 milhões.
O levantamento da Emater/RS aponta que;
■ em Dom Pedro de Alcântara as perdas nos 650 hectares
com a fruta oscilaram entre 80% e 90%. Em Três Cachoeiras, dos 2,6 mil hectares
cultivados com banana, os danos alcançam cerca de 10%. Em Torres, 90% dos 167
hectares cultivados foram perdidos.
■ A interrupção das linhas telefônicas causada pela
ação dos ventos impediu que os técnicos contabilizassem os prejuízos com a
fruta em municípios como Morrinhos do Sul, onde a área plantada ocupa 2,5 mil
hectares. Informações indicam que também ocorreram perdas em Terra de Areia,
onde o plantio ocupa 240 hectares, e Três Forquilhas, com área de 450 hectares.
■Na lavoura de arroz os prejuízos também são
significativos. Em Torres, ainda não é possível contabilizar a perda, que pode
alcançar 40% da área plantada de 1,5 mil hectares.
■As cooperativas também constatam prejuízos, ainda não
quantificados. O destelhamento dos silos ajuda a ampliar o quadro de perdas de
grãos da produção da safra passada.
A Emater ainda está
verificando os danos causados na agricultura dos municípios de Maquiné, Itati,
Três Forquilhas e Osório. Com relação à banana, os técnicos lembram que, por
ser cultura perene, que rebenta e desfolha, a recuperação levará 14 meses, o
que significa a entrada no ciclo novo da colheita. Nos 11 municípios do Litoral
Norte onde a banana é cultivada, o perfil produtivo aponta a existência de
3.012 fruticultores. Os pomares ocupam 11.320 hectares, e a produção esperada para
esta safra era de 118.100 toneladas.
AGRICULTURA
NO SUL DE SANTA CATARINA
De acordo com os dados apresentados pela Epagri deixou
um prejuízo superior a R$ 100 milhões.
Os rastros são visíveis em toda região do Morro
Estevão;
■Onde os bananais aparecem derrubados ou quebrados. As
perdas chegam a 52% da produção, totalizando um prejuízo de R$ 4,8 milhões.
■Em seguida vem o feijão, com 33% e arroz com 14%.
■Mas foi a lavoura de milho a mais atingida, com
quebra de 56% da safra.
■Ao todo foram mais de R$ 18 milhões em perdas reais.
Na região do Vale do
Araranguá os números também assustam e ultrapassam os R$ 83 milhões de
prejuízo. Deste valor, R$ 68 milhões foram prejuízos diretos com as lavouras;
■A safra de milho está 90% perdida nos campos.
■A produção de mel foi afetada, já que o furacão
derrubou a floração de eucalipto, principal alimento das abelhas.
■O arroz acusou perdas de 18%, a mandioca, 37% e o
maracujá, 66%.
■O feijão e a banana alcançaram 70%, preocupando os
agricultores.
Os outros R$ 15 milhões são resultado de destruição em
aviários, estufas e depósitos.
perdas registradas na agricultura
|
R$
100 milhões - US$ 34,60 milhões
|
casas
parcialmente destruídas
|
R$
340 milhões - US$ 117,65 milhões
|
casas
totalmente destruídas
|
R$
150 milhões - US$ 51,90 milhões
|
indústrias
atingidas, 300 indústrias
|
R$
150 milhões - US$ 51,90 milhões
|
maquinários
industriais e utensílios domésticos danificados
|
R$
170 milhões - US$ 58,82 milhões
|
ICMS
não recolhido
|
R$
90 milhões - US$ 31,13 milhões
|
SEGURO
As principais seguradoras do Brasil desembolsaram cerca de
R$ 10 milhões (US$ 3,46 milhões) às vítimas do ciclone Catarina.Foram mais de
1,67 mil pedidos de indenizações.
VÍTIMAS
Em terra: 01 morto em Santa Catarina; 01 morto no Rio Grande
do Sul
No mar: 03 pescadores resgatados, 02 mortos , 7
desaparecidos
Balanço Final de Danos em Santa Catarina
|
||||
Danos
Humanos
|
Danos materiais
|
|||
Danificados
|
Destruídos
|
|||
Desalojados
|
21.582
|
Residências
|
34.036
|
955
|
Desabrigados
|
2.285
|
Comércios
|
2.217
|
462
|
Deslocados
|
2.556
|
Públicos
|
151
|
03
|
Feridos
|
305
|
|||
Mortes
|
1
|
População da região 408.600 - Domicílios
da região : 155.179
DESALOJADO: Pessoa
que foi obrigada a abandonar temporária ou definitivamente sua habitação, em
função de evacuações preventivas, destruição ou avaria grave, decorrentes do
desastre, e que, não necessariamente, necessita de abrigo público.Os
desalojados estão ou em casa de parentes ou já voltaram para suas casas, que
estão danificadas.
DESABRIGADO: É quem está em abrigo sob gestão pública. .
DESLOCADO:Pessoa
que, por motivo de desastre é obrigado a migrar da região que habita para outra
que lhe seja mais propícia.
RIO GRANDE DO SUL
DANOS MATERIAIS
Em
Torres, segundo levantamento final realizado pela Subchefia de Defesa Civil da
Casa Militar, cerca de
■4.500
residências urbanas foram danificadas pela passagem do ciclone Catarina,
■16
escolas públicas,
■150
estabelecimentos comerciais e 20 estabelecimentos industriais.
Segundo
informações prestadas pela Subchefia de Defesa Civil da Casa Militar do Governo
do Estado, a passagem do ciclone Catarina afetou 31.500 pessoas em Torres,
2.478 pessoas em Dom Pedro de Alcântara e 1.988 pessoas em Mampituba.
Prejuízos
: R$ 3,8 milhões .(US$ 1,31 milhões)
AGRICULTURA
Segundo
levantamento da Emater, datados de 02 de abril,
as perdas totais na atividade agrícola alcançaram o valor de: R$ 16 milhões (US$ 5,54 milhões)
SITUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS APÓS 60
DIAS DA PASSAGEM DO FURACÃO CATARINA
Passados 60 dias,
as marcas do furacão Catarina continuam presentes no Sul do Estado. Em
praticamente todos os municípios atingidos pelo furacão ainda há muito trabalho
para ser feito. Dezenas de casas continuam destelhadas e as famílias seguem
aguardando a chegada de auxilio para conseguirem fazer a vida retomar ao ritmo
normal.
PASSO DE TORRES
Na divisa entre
Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a ajuda que chegou ainda não foi suficiente
e várias casas seguem cobertas apenas com pedaços de lonas.
REGIÃO DE ARARANGUÁ
No Vale do Araranguá, região mais atingida pelo vento,
diversas casas continuam destelhadas e em muitas cidades as aulas ainda não
voltaram ao normal, já que as escolas também foram bastante afetadas pelo
fenômeno.
De acordo com o Secretário de Desenvolvimento Regional
do Vale do Araranguá, a expectativa é de que a secretaria receba ainda mais
recursos para atender as cidades atingidas pelo Catarina. O secretário deve
solicitar mais 100 mil telhas para a região.
MUNICÍPIO DE ERMO
O prefeito acredita que serão necessários dois meses
de trabalho intenso para deixar "a casa em ordem". "Os estragos
ainda são vistos por toda a cidade. Temos também prédios públicos e uma ponte
que vai nos custar R$ 150 mil para recuperar", explica o prefeito, que
aguarda a chegada de recursos dos governos federal e estadual.
Segundo o prefeito, muitas casas ainda estão cobertas
apenas com lonas e 20% dos alunos da rede municipal continuam sem aula.
"Não deu tempo para consertar tudo", admite. Outra preocupação é com
os agricultores que foram os mais atingidos e agora precisam de apoio para
preparar a nova safra. "Estamos buscando linhas de crédito, tentando
prorrogar os financiamentos, pois se não fizermos isso eles vão ter muita
dificuldades para se reerguer".
BALNEÁRIO GAIVOTA
Percorrendo a beira-mar do município de Balneário
Gaivota, a impressão que se tem é que o furacão atingiu a cidade ontem, tamanho
o rastro de destruição. Casas ainda completamente destelhadas demonstram a
dificuldade que a população está tendo na reconstrução.
SÃO JOÃO DO SUL
Em São João do Sul, a Prefeitura também não conseguiu
recuperar os prejuízos. A estimativa é de pelo menos mais 30 dias de trabalho
intenso, isso se os recursos chegarem.
Um levantamento prévio feito pela Secretaria de Obras
constatou a necessidade de 20 mil telhas para reconstruir todas as casas
atingidas. Cerca de 300 estufas de fumo foram destruídas. Os maiores prejuízos
foram nas lavouras, que ficaram danificadas. Prejuízo de 80% na lavoura de
milho e 100% nas de frutas.
METEOROLOGIA DIZ QUE
SUBESTIMOU CICLONE
O diretor do Inmet (Instituto de
Meteorologia), Antonio Divino Moura, disse que os técnicos do seu instituto
subestimaram a velocidade com que os ventos atingiriam parte do litoral de
Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. "Pode-se chamar de imprecisão, de
erro, a previsão de intensidade dos ventos", afirmou.
Ao chegar ao litoral brasileiro, em alguns
pontos, as rajadas atingiram velocidades de até 150 quilômetros por hora. O
Inmet trabalhava com a possibilidade de os ventos soprarem, no máximo, entre 80
e 100 quilômetros por hora.
Foram atingidos 40 municípios entre Laguna
(SC) e Torres (RS), em uma extensão de 200 quilômetros.
FALTA DE EQUIPAMENTOS DE MONITORAMENTO
Na avaliação de Moura, o órgão poderia ter
previsto com maior precisão a intensidade dos ventos, se contasse com bóias
meteorológicas na região do Atlântico em que se formou o ciclone Catarina.
Queixou-se da falta de recursos.
"Nos ajudaria na medida do
vento", disse o diretor, ao comentar que o Inmet planeja adquirir o
equipamento, mas ainda não conta com verba para a compra das bóias.
"Gostaríamos de ter algumas bóias nessa região."
Sem esse instrumento meteorológico, o
Inmet recorreu a estimativas baseadas nas fotos de satélites dos EUA. Segundo o
diretor, ao ir de encontro à serra gaúcha, os ventos se aceleraram.
Moura disse, no entanto, que o Inmet
alertou a Defesa Civil sobre o deslocamento de um ciclone para a costa sul do
país. "A trajetória foi prevista corretamente", disse ele. Segundo
ele, o alerta dado às autoridades dizia que o fenômeno "seria extremamente
intenso".
No sábado, segundo nota divulgada pelo
Inmet, "as imagens de satélite indicavam que as nuvens do ciclone estavam
perdendo força e que os ventos no mar indicavam velocidades moderadas de
aproximadamente 60 quilômetros por hora". Moura afirma que mesmo assim o
alerta foi mantido e que foi feito a ressalva de que os ventos poderiam se
acelerar ao atingir a região costeira.
CONTROVÉRSIA: FURACÃO X
CICLONE EXTRATROPICAL
No comunicado do Inmet, o fenômeno foi
classificado de ciclone. Segundo a nota, um furacão é formado em águas quentes
(temperatura maior que 27º C). O Catarina surgiu em águas frias. "O
processo de formação do furacão é diferente do ciclone observado", diz o
comunicado.
Os técnicos do Inmet, no entanto, afirmam
que, depois de sua formação, o ciclone perdeu o seu núcleo frio e adquiriu
características de um furacão. Concluem a parte explicativa da nota, afirmando
que trata-se um "sistema de característica híbridas, que deverá ser
analisado com maior profundidade".
FURACÃO DENUNCIA FRAGILIDADE DAS
PREVISÕES
A passagem do furacão que arrasou o litoral Sul de
Santa Catarina será um divisor de águas para a meteorologia brasileira.
Especialistas apontam que o fenômeno irá chamar a atenção das autoridades brasileiras
para investimentos na área e incentivo à pesquisa deste tipo de manifestação
climática. A principal reivindicação, que começará a ganhar força pós-furacão,
é a implantação de um radar meteorológico no Estado, equipamento que já existe
no Rio Grande do Sul e no Paraná. "É preciso vários equipamentos e uma
rede complexa de radares e estações em alto-mar para não sermos mais
surpreendidos", entende o meteorologista da Universidade da Região de
Blumenau (Furb), Helio dos Santos Silva.
DEPOIMENTOS DE PESSOAS QUE
PRESENCIARAM O FURACÃO
■ Pânico, medo e impotência na BR-101. Pânico, medo e
impotência são as palavras que mais se aproximam na tentativa de expressar os
momentos de quem estava no trecho entre Araranguá e Maracajá, da rodovia
BR-101, entre às 00:45 h e 02:00 horas da madrugada de sábado pra domingo. São
nestes momentos que se percebe que nada pode ser feito contra a força da
natureza em desequilíbrio.
Ao voltar da festa de formatura do meu cunhado em
Criciúma, apesar dos avisos amplamente divulgados, fui surpreendido com a tempestade
ao entrar na rodovia federal, quando já havia uma enorme quantidade de folhas e
galhos de árvores na pista. Ao passar em frente ao parque do Maracajá, já se
percebia árvores caídas na pista, mas na ânsia de chegar em casa, continuei em
frente até passar pela curva do ‘’S’’, quando repentinamente uma enorme árvore
caiu na pista, não dando tempo de desviá-la, conseqüentemente, entrei ou bati
na mesma. Rapidamente engatei ré, não sei como consegui tirar o carro, apesar
de sair sem os limpadores do pára-brisa e da sinaleira dianteira e o espelho do
motorista pendurado, tudo isto ao altíssimo som do vento, da intensa chuva, num
cenário de escuridão total (confesso que ao vivo, é muito pior que nos filmes).
Mesmo assim continuei em direção a Araranguá, quando
me deparei com uma carreta atravessada na pista, que estava tentando desviar de
uma enorme árvore. Em determinado momento o motorista saiu da carreta e alguns
minutos depois, retornou gritando que era para eu voltar, porque não havia mais
condições de continuar, que tentaria manobrar para voltar. Ao voltar, como não
havia mais limpador do pára-brisa, tive que dirigir com a cabeça para fora do
carro, pegando muito vento e chuva, além de desviar dos empecilhos na pista.
Procurei não estacionar nos postos de combustíveis por causa do perigo que
proporcionam nestas situações, mas após algum tempo acabou a bateria do
celular, então procurei um posto pra telefonar pra família e estacionei no
posto de gasolina Mazzuco, porque era o único com geração própria de energia.
Por volta das 02:45 horas, apareceu o Pelotão da
Polícia Ambiental procurando óleo para a abastecer a moto serra, com a intenção
de tentar a desobstrução da pista. Quando tudo estava aparentemente sob
controle, o vento mudou de direção, de sul passou para nordeste e, foi quando o
telhado do posto começou a desabar, mais uma vez tive que procurar outro local
seguro. Só consegui chegar em casa, às 11:00 horas da manhã de domingo,
felizmente, só com os estragos no carro, mas os estragos que me preocupam são
os sofridos pelas famílias desabrigadas.
Registro a bravura dos Policiais da Ambiental que
corajosamente enfrentaram a tempestade. Que entre as 00:45 h e 09:00 horas os
caminhoneiros reclamavam da ausência da Polícia Rodoviária. O engarrafamento
ultrapassou os 30 km de extensão. Acho que a Defesa Civil precisa repensar suas
estratégias de prevenção e apoio às comunidades afetadas por sinistros como
este, que infelizmente, passarão a ocorrer com mais intensidade.. Tadeu Santos
- Araranguá/SC, 28/03/04
■ Moro em Torres (RS), e passei por esta experiência e
digo a vocês que a sensação de impotência perante a grandeza do evento
combinado com a escuridão é realmente uma coisa inesquecível, quando o dia
amanheceu me dei conta por o que tínhamos passado, tamanha era destruição em
minha volta, sai a rua a procura de um telefone público pois celulares não
estavam funcionando e caiu parte da sacadas do 8o andar do prédio em cima dos fios, para
contatar os meus parentes e saber como estavam, vi cenas que jamais esquecerei,
pessoas correndo sem direção e pasmem um pedaço de uma piscina que voou do 14º
de um prédio. no prédio que fica em frente ao meu o vento arrancou a porta da
garagem e esta era de alumínio rebitado.
Eucalipto de 20 metros de altura foram quebrados como
se fora palitos de dente, e um dos fatos que me chamaram muita atenção foi que
as arvores da av. beira mar que não foram arrancadas estavam como se tivessem
passado por um jato de areia ou seja descascadas. Foram momentos terríveis, mas
devemos aprender com o acontecido e tentar saber o porquê. Cesar dos Santos (
22/04/2004 )
■ Vivenciei as horas de tensão sob a ação
do "fenômeno" (ainda se discute se foi furacão ou ciclone). Aqui no
extremo sul do litoral de Santa Catarina, em Passo de Torres, as rajadas de
vento e chuva mais fortes iniciaram por volta de 0h:40min (madrugada de domingo
28/03/2004) e só começaram a atenuar sua ação pelas 3h:30min. Horas que
pareceram dias. Tive lá meus prejuízos materiais, bem menores do que a maioria
das famílias daqui que ainda estão alojadas em abrigos improvisados pela
prefeitura e comunidade local.
Acompanhei a discussão pela TV, e um
detalhe me chamou a atenção. Meteorologistas diziam que se o núcleo fosse
quente ou frio então saberiam qualificar o fenômeno. Naquela madrugada, durante
a sua passagem, o que se sentíamos era calor. Mesmo quando saía do quarto para
buscar outra vela, sentindo no breu a chuva e o vento que entravam nas outras
peças da casa, não sentia frio. Sei que existem equipamentos que medem e
identificam estas características. Mas queria deixar a nossa impressão. Admar A.
Godoy ( 06/04/2004 )
■ Mais de 48 horas sem dormir atendendo a telefones de
familiares e chamados das embarcações pesqueiras pelo rádio. Assim foi o final
de semana das mulheres da Rádio Costeira de Navegantes, durante a passagem do
ciclone Catarina. Bernadete Felício e Rosangela Rabito se revezam no rádio para
passar informações sobre a previsão do tempo e a situação das embarcações. Na
sexta-feira à noite, o mestre do barco Marlene Gregório 1 fez um relato
emocionante pelo rádio. "Ele contou que no final da tarde viu uma massa de
nuvem negra se formando em círculo e ela começou a girar cada vez mais forte.
Quando ele viu, o barco estava cheio de água e rodava sobre o mar. De repente o
vento começou a acalmar e ele sentiu o barco bater na água", contou
Bernardete. O Marlene Gregório 1 estava a cerca de 370,2 quilômetros da costa.
"O furacão passou por ele em alto mar e seguiu em direção à costa. Foi um
relato emocionante. Chorei ouvindo ele se despedir pelo rádio dos companheiros,
pois chegou a pensar que o barco iria afundar", revelou. (depoimentos
retirados do site Apolo)
Mapa dos Municípios atingidos pelo furacão “Catarina”
Fontes: Pesquisa realizada no período de 26 de Março de 2004 a 18 de abril de 2004, nos seguintes jornais;
Fontes: Pesquisa realizada no período de 26 de Março de 2004 a 18 de abril de 2004, nos seguintes jornais;
A Noticia – Joinville
- Santa Catarina – Brasil; Gazeta Mercantil – São Paulo; Jornal da Praia –
Sombrio/SC; Terra Noticias – São Paulo; Defesa Civil – SC ; Folha de São Paulo
- São Paulo; Jornal da Manhã – Criciúma; O Estado de São Paulo – Ciência e Meio
Ambiente; Jornal da Cidade –Torres/RS; Folha Online - São Paulo; Tribuna do Dia
– Criciúma/SC; Notisul – SC; Jornal do Commercio – RS; Gazeta do Povo – Paraná;
CNN News – USA; BrazilPost – USA; Fire Engineering e-Newsletter – USA, @ZR.
Comentário:
O furacão Catarina foi considerado pelos
meteorologistas , como furacão de categoria I, de acordo com a escala
Saffir-Simpson. A escala descreve os seguintes danos;
CATEGORIA 1
Causa poucos danos, com ventos de 118 a 152 km/h e
pressão barométrica mínima igual ou superior a 980 milibares. Não causa danos a
estruturas de construções. Pode arrastar trailers, arbustos e árvores. Também
pode causar pequenas inundações em vias costeiras e pequenos danos em marinas.
Pela descrição o furacão de categoria I, afeta apenas
o ambiente (árvores, inundação, etc).
Mas pelas informações dos jornais, fotos e pessoas que
presenciaram o fenômeno, foram arrancadas estruturas de telhados, milhares de
casas destruídas , etc.
Neste caso, pela escala, os ventos de rajada poderiam ter ultrapassado
a 152 km/h, pelos danos apresentados,
tais como; centenas de arvores foram arrancadas na BR-101, centenas de postes
da Celesc, foram derrubados, destruição
total de edificações e danos parciais (destruição de telhados, portas, janelas,
etc). De acordo com esta descrição, o
furacão poderia ter assumido a categoria II,
com ventos de rajada.
CATEGORIA 2
Causa danos moderados, com ventos de 153 a 178 km/h.
Pressão barométrica mínima de 965 a 979 milibares.
Provoca danos consideráveis em árvores, arbustos,
trailers, letreiros e anúncios. Pode destruir parcialmente telhados, portas e
janelas e causa poucos danos em construções. Ruas e estradas próximas à costa
podem ser inundadas. As marinas ficam inundadas.e é obrigatória a retirada dos
moradores das áreas costeiras.
A estimativa dos prejuízos avaliados (R$ 1 Bilhão)
equivale a 1,47% do PIB de Santa Catarina.
Os prejuízos da agricultura estimados em (R$ 100
milhões) equivale a 2% do PIB do valor bruto da produção da agricultura de
Santa Catarina.
Poderíamos estimar que os prejuízos do furacão
Catarina estariam numa faixa de US$ 346
milhões (prejuízo estimado pela Defesa Civil de SC, na época) a US$ 420
milhões, incluindo danos materiais, agricultura e perda econômica (desemprego,
lucros cessantes da população afetada, etc).
No Estados Unidos existem bancos de dados, cuja
responsabilidade é de uma agencia federal. Também, existem diversas entidades
particulares que analisam e processam as informações de acordo com esses bancos
de dados. As informações são detalhadas por estados, freqüência dos acidentes,
horários, etc, ocasionados por fatores climáticos, que são agrupados em um banco de dados denominados
“Storm” (raio, tornado, inundação ,
furacão).
No Brasil não temos esse tipo de banco de dados e como conseqüências não analisamos os custos sociais e econômicos causados por fenômenos da natureza, os quais
podem atingir custos extremamente elevados (interrupção de energia elétrica por
queda de raio, incêndio, explosão, queda de torres de transmissão provocada por
vendaval, inundação, tornado, furacão, etc) .
Isto deveria alertar as autoridades, pelo volume de
recursos que às vezes é desperdiçado por falta de informações (prevenção) dos
acidentes e investimentos em coleta de dados.
Por exemplo, no caso do furacão Catarina, quais seriam
os fatores de riscos envolvidos ?
■Perda
de receita financeira do município, da população afetada, comércio,
indústria e agricultura
■Paralisação
ou interrupção da infraestrutura da cidade (luz, água, comunicação, ruas,
estradas, etc)
■Paralisação
de fábricas, que poderá atingir valores elevados, cujo produto agrega outros
insumos. (há perda na cadeia produtiva).
■Agricultura, perdas nas lavouras , infra-estrutura e
construções rurais. A perda de produção na agricultura é grave, pois o
agricultor depende da produção para
saldar dívidas
■Comércio,
consumidores, etc.
■Recuperação
ou reconstrução de prédios da rede pública, principalmente escolas, hospitais e
centros de saúde
■Recuperação
ou reconstrução de edificações particulares (moradores) , comerciais e
industriais
É
necessário que o País tenha uma agência federal de desastres naturais, que
congrega os institutos ou centro de pesquisas ligadas às universidades, que
fazem pesquisas nas áreas de
climatologia e fenômenos naturais, com intuito de gerenciar as informações
sobre catástrofes naturais e assim oferecendo a sociedade às informações das
áreas propensas a riscos ou acidentes naturais.
Marcadores: clima, danos da natureza, furacão, vento
1 Comments:
Eu morava em Sombrio -SC foi uma noite de Pânico, inesquecível
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