Segurança em soldagem, oxicorte e outros trabalhos com risco de incêndio
Os trabalhos com utilização de
fontes de calor são causas freqüentes de incêndios. Exemplos de tais trabalhos
são; corte, soldagem, brasagem, esmerilagem, etc.
O risco de incêndio está
associado não só ao manuseamento inadequado das chamas nuas dos maçaricos, mas
também à transmissão de calor por radiação e condução através, por exemplo, de
peças metálicas, bem como por projeção de partículas incandescentes capazes de
inflamar materiais de natureza combustível que se encontrem nas imediações do
local de trabalhos.
As fontes de ignição de um
incêndio mais comuns são:
1-Os arcos voltaicos na soldagem
elétrica com temperaturas até 4.000 ºC, as chamas de soldagem a gás, com
temperaturas até 3.200 ºC, e a manipulação dos maçaricos de soldagem com
temperaturas até 1.500 ºC. Inclusive, as correntes de ar e gases quentes a uma
distância de cerca de 80 cm dos arcos voltaicos e das chamas dos maçaricos
mantém temperaturas da ordem dos 100 ºC (ver Figura 2).
2-As partículas incandescentes da
soldagem e as partículas das operações de esmerilagem têm temperaturas até
1.500 ºC e mesmo após o desaparecimento da sua cor incandescente, podem
manter-se a temperaturas de 500 ºC durante alguns segundos.
3- O calor transmitido por
condução térmica, proveniente de peças metálicas submetidas a aquecimento (até
temperaturas da ordem dos 400 ºC no caso dos elementos metálicos) (ver tabela).
Tabela – Materiais cuja temperatura mínima
de ignição é inferior a 450 ºC
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Tipo de material
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Temperatura Mínima de Ignição
(ºC)
|
Madeira
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>=280
|
Placas de aglomerado
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>=250
|
Papel de jornal
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>=185
|
Poeira de cereais
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>=265
|
Têxteis
|
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Juta
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>=240
|
Algodão em rama
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>=320
|
Tecido de algodão
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>=400
|
Plásticos:
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Polietileno
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>=340
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Poliestireno
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>=360
|
Poliamida
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>=425
|
1. ONDE RESIDE O PERIGO DE INCÊNDIO?
As
operações de soldagem, oxicorte e outros trabalhos semelhantes com risco de
incêndio podem dar origem à ignição de materiais de natureza combustível,
através da projeção de partículas metálicas quentes num raio de pelo menos 10
metros do local de trabalho (Figura 1 e 4).
As partículas de metal
incandescente de grandes dimensões caem de forma quase vertical, podendo
provocar a ignição de materiais até 20 metros por debaixo do local de trabalho
(Figura 3).
EXISTE PERIGO ESPECIAL NAS SITUAÇÕES ENVOLVENDO:
Figura 3 – As partículas incandescentes de soldagem podem
incendiar materiais de natureza combustível em locais não visíveis.
1-Materiais termo-isolantes,
isolantes, materiais de decoração, embalagens de cartão, fibras sintéticas e plásticos
expandidos.
2-Recipientes abertos ou não
estanques, com líquidos ou gases combustíveis. Estes recipientes muitas vezes
aparentam encontrar‑se vazios mas podem conter vapores ou gases combustíveis
que podem originar uma explosão em presença de uma fonte de ignição.
3-Resíduos de óleos em
recipientes, ou no solo.
4-Trapos de limpeza com resíduos
oleosos, aparas de madeira, serragem.
5-Poeiras de natureza combustível
sedimentada e outros materiais finamente divididos.
2. PRECAUÇÕES A TOMAR ANTES DO INÍCIO DOS TRABALHOS
2.1. Obter uma autorização de
trabalhos
Antes de iniciar operações de
risco fora dos postos de trabalho previstos para o efeito, há que obter uma
“autorização de corte e soldagem ou trabalhos a quente”, ao responsável pela Segurança. Uma cópia
desse documento de autorização deve ser colocada junto do local de trabalho. A
autorização deve incluir as condições de supervisão e as medidas de precaução
para os trabalhos com risco de incêndio.
2.2. Localização de alarmes e
meios de combate a incêndio mais próximo
Todas as pessoas que executam
trabalhos a quente devem estar informadas previamente sobre a localização dos
meios de extinção de incêndio mais próximos (por exemplo extintores portáteis e
hidrantes) e do sistema de alarme que permita a chamada dos bombeiros em caso
de incêndio (telefone mais próximo, botoeira de alarme de incêndio, etc.).
2.3. Verificação dos equipamentos de trabalho
Figura 4 – Alcances das partículas incandescentes em
operações de oxicorte.
Os cilindros de gases de soldagem
devem proteger-se contra quedas (com correntes, aros, cintas, etc.) e não devem
ser colocados junto de fontes de calor tais com estufas, radiadores, aparelhos
de aquecimento, fogo aberto, radiação solar direto, etc.
Em trabalhos com acetileno e
outras misturas de gases o equipamento deve dispor de dispositivos anti-retrocesso
da chama. Estes dispositivos podem ser instalados na mangueira de gases
imediatamente antes do redutor de pressão ou na própria mangueira do bico de
chama. Também deve haver dispositivo de anti-retrocesso da chama na tubulação de oxigênio.
Quando alimentados diretamente de
instalações de abastecimento (centrais de gases), os aparelhos que utilizam
gases como o acetileno, gás natural ou gases liquefeitos, devem ter
dispositivos anti-retrocessos de chama instalados nas saídas das mangueiras das
tubulações dos sistemas de segurança (por exemplo, interceptores, dispositivos
que permitem a passagem de gás somente em um sentido, são utilizados para
impedir a passagem de oxigênio para a linha de acetileno ou para impedir o
retorno de gás de um equipamento para outro).
Os cilindros de gases,
reguladores de pressão, tubulações,
devem ser assinalados segundo um código de cores de acordo com o tipo de
gás utilizado (conforme norma vigente no país).
As mangueiras dos maçaricos não
devem ter qualquer defeito e qualquer pequeno dano deve ser imediatamente
reparado de forma adequada. Nunca recorrer a remendos com fita isoladora. As
tubulações dos queimadores devem ser ainda protegidos contra a passagem de
veículos, contra as dobras, calor, etc. Os pontos de ligação devem ser unidos
com flanges adequadas ao diâmetro da mangueira.
Na soldagem com arco voltaico
(solda elétrica) os geradores, conversores, retificadores e transformadores
devem cumprir as disposições das normas locais correspondentes..
2.4. Desativação dos detectores
automáticos de incêndio
Para evitar falsos alarmes nos
sistemas de detecção automática de incêndio, há que desativar os detectores nas
áreas onde serão efetuados os trabalhos a quente. O setor de segurança deve
tomar precauções adicionais, incluindo rondas de controle (vigilância) nas
áreas afetadas, que garantam uma detecção antecipada de um possível foco de
incêndio.
A colocação fora de serviço dos
detectores de incêndio das áreas em questão deve ser limitada ao período de
tempo previsto para a realização do trabalho. Uma vez terminado o serviço e também durante as respectivas interrupções
(por exemplo durante a noite), deve proceder à reativação do sistema de
detecção.
Quando existem sistemas de
sprinklers automáticos, devem proteger-se as cabeças dos sprinklers que possam
ser afetadas pelo calor produzido na área de trabalhos a quente. Se as cabeças
dos sprinklers se encontram a uma distância de menos de 2 metros do local de
trabalho então as mesmas devem ser sempre protegidas.
A colocação fora de serviço dos
sistemas automáticos de extinção e detecção de incêndio durante um período
longo (geralmente a partir de um dia de trabalho) deve ser comunicada à
companhia de seguros/corretoras no âmbito
das considerações sobre agravamento do risco que constam nas apólices.
2.5. Preparação e proteção do
local de trabalho
Antes de iniciar os trabalhos
deve observar-se o seguinte, num raio de 10 metros do local de trabalho:
1-Todos os materiais e objetos combustíveis
devem ser retirados. Também se deve eliminar o pó acumulado e os revestimentos
e isolamentos combustíveis.
2-Os elementos construtivos fixos
combustíveis devem ser protegidos (cobertos com materiais resistentes ao fogo).
O mesmo se aplica a equipamento e instalações, ligações de máquinas,
revestimentos de paredes e tetos, incluindo os revestimentos sintéticos.
3-As aberturas e perfurações em tetos,
paredes e pisos (por exemplo para passagem de cabos e condutas) devem ser
selados, bem como as juntas e ranhuras adjacentes a espaços laterais,
superiores e inferiores. Para tapar as aberturas devem utilizar-se materiais
não combustíveis: sacos de areia, gesso, cimento, massa cerâmica, tecidos
resistentes ao fogo ou tecidos ignífugos ou vaporizados com metais, fibras de
vidro, placas cerâmicas isentas de amianto, placas de fibra de silicato e
chapas metálicas.
4-Nas salas onde decorrem trabalhos há que
prever espaço livre suficiente para evitar que as partículas incandescentes
produzidas pelas operações com fogo atinjam pessoas.
2.6. Medidas de segurança para
trabalhos em reservatórios/recipientes
Quando há necessidade de efetuar
trabalhos a quente dentro de recipientes ou reservatórios que continham
substâncias combustíveis ou que estimulem a combustão (por exemplo peróxidos),
antes de iniciar os trabalhos há que esvaziar completamente os recipientes.
Independentemente do tipo de
recipiente e do respectivo conteúdo, há que verificar sempre que no seu
interior não existem atmosferas explosivas.
Será necessário efetuar medições
com um analisador de atmosferas explosivas. Requerem especial atenção os
depósitos de produtos sólidos, com uma camada de óxidos e outros resíduos
sólidos, uma vez que os resíduos podem conter líquidos que libertem vapores
perigosos. Quando não se dispõe de um aparelho de medida adequado, deve
encher-se os recipientes com água ou proceder-se a uma inertização completa dos
mesmos com dióxido de carbono ou nitrogênio antes do início dos trabalhos
(Figura 5). Caso se trate de soldagem em recipientes em alumínio deve utilizar-se
apenas o nitrogênio para inertização, de modo a evitar possíveis reações
químicas entre o alumínio e o dióxido de carbono.
3. PRECAUÇÕES DURANTE O TRABALHO
1-Não devem ser utilizados como suportes de
trabalho recipientes semelhantes, nem vazios nem cheios: os recipientes cheios
podem rebentar se sujeitos a uma sobrepressão produzida pelo calor proveniente
do trabalho e os recipientes aparentemente vazios podem conter vapores ou gases
com perigo de explosão.
2-O local de trabalho deve ser inspecionado
constantemente, incluindo zonas adjacentes (laterais, superiores e inferiores),
em busca de possíveis pontos de ignição e focos de incêndio sem chama. No caso
de existir perigo em potencial, por exemplo se não foi possível eliminar ou
cobrir todos os materiais de natureza combustível da área, só devem ser
efetuados os trabalhos a quente em presença de um brigadista. Os brigadistas
devem ser pessoas com formação na área do incêndio, de preferência membros da
equipa de intervenção da empresa. Estes devem assegurar a disponibilidade dos
meios de combate a incêndio adequados, extintores portáteis e hidrantes.
3-Os elementos de construção predominância
combustível que possam atingir temperaturas elevadas através de condução
térmica por outros materiais ou por influência direta dos trabalhos devem ser
arrefecidos continuamente com água.
4. PRECAUÇÕES APÓS A CONCLUSÃO DO TRABALHO
Verifica-se freqüentemente que
os danos provocados por um incêndio em redor do local da realização de
trabalhos a quente têm origem após a sua conclusão.
Por esse motivo é
absolutamente necessário proceder a uma inspeção cuidadosa do local de trabalho
depois de sua finalização, várias vezes depois de uma primeira inspeção, em
busca de possíveis pontos quentes, fumaça ou odores de queimado. Deste modo
podem detectar-se focos de incêndio na sua fase incipiente e combatê-los antes
que estes se desenvolvam.
Há incêndios incandescentes que
se caracterizam por uma combustão lenta sem chama durante várias horas. As
rondas de controle (vigilantes) devem
ser efetuadas até ao momento em que o aparecimento de um incêndio já não seja
provável, sobretudo em áreas sem pessoal ou com pouca visibilidade. Durante
este período de controle os meios de combate a incêndio devem manter‑se
disponíveis e prontos a ser utilizados.
Para trabalhos efetuados durante
períodos longos, por exemplo quatro semanas ou mais, é possível recorrer a um
controle por meio de detectores de fumaça portáteis com transmissão de alarme
via rádio a um painel central com vigilância permanente. Esta medida não pode,
no entanto, substituir os procedimentos de vigilância necessária,
principalmente durante períodos de não funcionamento da empresa (noite e fins
de semana).
5. QUANDO É QUE TRABALHOS A QUENTE SÃO ABSOLUTAMENTE PROIBIDOS?
Se após um exame cuidadoso pelo
responsável pela segurança e/ou equipe de intervenção da empresa ainda
subsistem dúvidas consideráveis quanto à possibilidade de executar trabalhos a
quente ou chama aberta ou outros que produzem faíscas ou partículas quentes, então
tais procedimentos devem ser substituídos por outros menos perigosos.
Os trabalhos de soldagem são
proibidos nos seguintes casos:
1-Em áreas com tetos combustíveis
e/ou isolamentos combustíveis, sobretudo quando executados diretamente por
debaixo dos mesmos.
2-Em espaços onde se manipulam ou
utilizam materiais facilmente inflamáveis.
3-Em todas as áreas com perigo de
explosão.
6. ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS
1-Nos processos de execução de trabalhos a quente, as medidas
de segurança adotadas para os postos de trabalho devem ser verificadas
regularmente (separação com cortinas protetoras, instalação de dispositivos de
extinção de incêndio prontos a funcionar, manutenção da proibição de armazenar
líquidos combustíveis e similares, etc.).
2-Geralmente subestima-se a
combustibilidade de tetos de madeira envernizados, estruturas de suporte e
materiais de isolamento combustíveis em aberturas e juntas de dilatação. A
combustão sem chama em espaços vazios ocultos, por exemplo por baixo de pisos
falsos, em tetos falsos, em condutos para instalação de cabos ou por detrás de
revestimentos de paredes, pode propagar-se durante um período de tempo longo e
provocar um incêndio aberto em locais afastados (Figura 3).
3-As lonas, cortinas para soldagem, tecidos
ignífugos, chapas metálicas, adaptam-se
facilmente à forma dos elementos a proteger e reduzem a condução de
calor.
4-Durante a utilização de gás acetileno, os
respectivos cilindros devem manter-se na posição vertical..
5-O melhor método de transporte de
cilindros de gás é os carros para
cilindros à prova de queda, que transportam também um extintor de incêndio.
6-Os espaços onde se efetuam trabalhos de
soldagem e oxicorte têm que ser bem ventilados. Em espaços pequenos sem
renovação de ar suficiente, em caso de trabalho prolongado, há que proceder à
extração dos vapores e gases resultantes da operação , sempre que não se
utilizam máscaras de respiração. Não se pode recorrer ao oxigênio para
ventilação.
7-Nos casos em que existe o risco de
propagação de um incêndio para propriedade de terceiros, as medidas de
segurança necessárias com vista à proteção dos riscos operacionais existentes
devem ser coordenadas e supervisionados diretamente pela segurança.
8-
Em trabalhos de soldagem e oxicorte produzem-se gases, fumos, vapores e poeiras
prejudiciais à saúde, em diferentes quantidades e composição, dependendo dos
procedimentos, aditivos, produtos auxiliares, revestimentos, etc.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
Quando existem atmosferas explosivas no interior
dos reservatórios, será necessário proceder à eliminação das mesmas antes dos
trabalhos: os reservatórios devem ser atestados com água ou inertizados com um
gás inerte (por exemplo dióxido de carbono ou nitrogênio).
7. SINISTROS
Como exemplos de sinistros
ocorridos na seqüência da realização de operações de soldagem;
1-incêndio num pavilhão da
Exposição Mundial de Sevilha, em Espanha, que provocou danos na ordem dos 32
milhões de dólares,
2-incêndio do Teatro del Liceo de
Barcelona, também em Espanha, com danos estimados em 25 milhões de dólares,
3- incêndio do teatro La Fenice
de Veneza (Itália), e o catastrófico
incêndio do Aeroporto de Dusseldorf na Alemanha em 1996.
No
incêndio do aeroporto de Dusseldorf,
houve 16 vitimas fatais e
prejuízos no valor de milhões de dólares Nesse sinistro a causa direta da
ignição do incêndio foi a execução não supervisionada de uma soldagem numa
chapa metálica, numa junta de dilatação do acesso principal da área de saída do
aeroporto. O calor produziu uma inflamação do betume (vedação), que gotejou no
interior de um conduto de ar situada por debaixo desse acesso, a qual por sua
vez se encontrava por cima de uma loja de flores.
Fatores que contribuíram para o
incêndio;
1-A compartimentação insuficiente
do conduto de ar, o número reduzido de registros corta‑fogo (dumpers)
existentes no seu interior,
2- A utilização de um isolante
térmico à base de um material em plástico expandido (poliuretano), e
3- Inadequado funcionamento do
sistema de detecção automática de fumaça; contribuíram para propagação
extremamente rápida do incêndio, acompanhada de uma liberação intensa de
fumaça, monóxido de carbono e outros gases tóxicos.
Este sinistro de grandes
proporções poderia ter sido evitado com a utilização de uma “Autorização de Corte
e Solda”, que teria reduzido significativamente o efeito do incêndio, pois com
supervisão e vigilância adequada poderia ter minimizado o tempo de alarme e
resposta ao incêndio.
Neste incêndio decorreram mais
de 35 minutos até que os primeiros bombeiros atuassem. Esta demora deveu-se
sobretudo ao espaço de tempo entre o alarme e a localização do incêndio.
Estes casos são uma demonstração
clara da potencialidade de destruição dos trabalhos a quente.
Estudos NFPA (National Fire Protection Association) indicam;
1-que entre 1988 e 1992 cerca de
5% dos incêndios ocorridos em edificações não residenciais foram devidos as
operações com utilização de chama aberta. Este número aumenta para 8% se
considerarmos os incêndios ocorridos em ambiente industrial.
2- estatísticas de incêndio dos
Estados Unidos indicam ainda que entre 1990 e 1995 ocorreram pelo menos 13
grandes sinistros provocados por descuido em operações de soldagem e trabalhos
com utilização de chama aberta, num total de danos materiais que excedeu 250 milhões
de dólares.
A análise das causas de incêndio
provocada por trabalhos a quente, indica os seguintes fatores predominantes
Preparo inadequado do local
|
50%
|
Solda em áreas sem proteção de
sistema de sprinklers ou em locais onde estavam com defeitos
|
20%
|
Centelhas penetrando em outras
áreas através de aberturas
|
20%
|
Equipamentos defeituosos
|
5%
|
Diversos
|
5%
|
Fonte: @ZR; Allianz Group

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