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sexta-feira, outubro 16, 2015

Trabalhador é resgatado sob a ponte do canal de Houston

O Corpo de Bombeiros de Houston, Texas, USA, resgatou à tarde , 6 de outubro, um trabalhador que ficou pendurado sob a ponte do canal de Houston, que tem acesso ao Golfo do México.

O trabalhador de uma empresa contratada pelo Departamento de Transportes do Texas ficou pendurado preso ao cinto de segurança ligado a uma corda de segurança debaixo da ponte.

Equipes de resgate montaram um tripé com acessórios na pista da ponte e usaram o poço de acesso da ponte para tentar retirar o trabalhador. O trabalhador foi resgatado, colocado em uma maca e levado em ambulância ao Hospital Memorial Hermann.  .
O trabalhador estava na passarela sob a ponte que faz a manutenção preventiva quando escorregou. Fonte: Click2.Houston - Published On: Oct 07 2015

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Comentário:
O poço de acesso da ponte deu aos bombeiros o acesso que eles precisavam. Eles usaram um sistema de tripé e roldana para prender o trabalhador às suas linhas e puxá-lo para a superfície.
O resgate e salvamento foram facilitados, pois o acidente ocorreu na cidade de Houston, com bombeiros e equipamentos a disposição. Demorou uma hora para o resgate.
Pensamos agora, numa situação em que o local não tem esses recursos,  o serviço está sendo executado o meio do mato, lançamento de linhas de transmissão, montagem de torres, cidades sem corpos de bombeiros. A empresa está preparada para o resgate complexo, que exige pessoal altamente treinado? Sempre devemos preparar para o pior cenário possível.

A forma como muitos profissionais abordam o tema também demonstra um certo grau de desconhecimento e de ingenuidade. Por exemplo, há quem acredite que basta possuir um tripé de resgate para ter a solução dos salvamentos em espaços confinados. Outros creem que, com o desenvolvimento tecnológico de equipamentos, as ações de resgate podem ser plenamente atendidas pela própria equipe de trabalho, dispensando a intervenção de recursos externos e mais complexos.

Outra abordagem simplória sobre o tema, é o de rejeitar sistemas complexos de resgate com a alegação de que as soluções devem ser obrigatoriamente simples. De fato, as operações de resgate devem usar prioritariamente as alternativas mais simples possíveis, por oferecer agilidade, facilidade de operação, facilidade de inspeção e consequente segurança, no entanto, podemos nos perguntar porque são oferecidas pelas escolas de resgate de diferentes partes do mundo a indicação de sistemas de tão grande complexidade? A resposta está na diversidade de possíveis cenários de acidentes, sejam eles previstos ou imprevistos.

Dentro desta diversidade podem ocorrer situações que apresentam muitas e diferentes dificuldades, exigindo soluções adequadas a complexidade dos problemas, podendo impor o uso de muitos recursos humanos e materiais. Portanto, os investimentos em treinamento e em recursos materiais para a primeira resposta, ou seja, as ações empregadas pela própria equipe de trabalho, são essenciais, mas podem ser insuficientes diante das dificuldades e da complexidade de um determinado cenário de acidente.  
Uma situação de acidente que pode fazer com que um resgate simples torne-se complexo é a necessidade, que pode ser preventiva, de imobilizar o corpo da vítima para transportá-la em manobras verticais. Além dos equipamentos básicos de imobilização como o colete ou a prancha rígida, haverá a necessidade de utilizar uma maca técnica, apropriada para manobras verticais e que exigirá mais de um sistema simultâneo para locomoção e segurança. Tal operação exige um número mínimo de resgatistas e, em alguns casos, pode exigir um grupo numerosos  de profissionais e muitos equipamentos

As empresas instaladas dentro dos grandes centros urbanos podem e devem contar com os serviços públicos de salvamento, pois são esses serviços que oferecem, para muitas situações, os profissionais experientes e capacitados, de diferentes especialidades e munidos dos recursos necessários. Mas deve-se considerar que nunca haverá garantias sobre o tempo de resposta.

Já as empresas instaladas longe dos grandes centros urbanos podem não dispor de um serviço público de salvamento próximo o bastante para garantir uma resposta rápida, e consequentemente, precisam buscar autonomia para as respostas as emergências. Fonte: Fonte: As técnicas de auto-resgate ou resgate simples bastam para resolver os problemas em altura e espaços confinados? Luiz Eduardo Spinelli

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posted by ACCA@7:00 AM