Danos da natureza – vendaval e inundação
RISCOS DE VENDAVAL
A maioria dos acidentes ocorre em construção de grandes vãos
livres, tais como; hangares, galpões industriais, armazéns, supermercados,
painéis de publicidade, ginásios de esportes, etc.
O acidente típico é o destelhamento parcial ou total da
cobertura. Em outros casos, paredes inadequadas construídas por painéis de
vedação (metálica ou plástico) com ancoragem inadequada na estrutura.
Durante o vendaval, se uma parte do edifício se rompe
(cobertura, destelhamento, arremessando às vezes a grande distância, telhas,
como se fosse um míssil, podendo atingir outras edificações), o vento penetra
para o interior do edifício, arrancando as outras paredes externas e telhados
sucessivamente, causando grandes danos (geralmente o vendaval é acompanhado por
chuvas de granizo ou chuvas fortes).
Por outro lado, a água da chuva penetra pela parte
destelhada, causando prejuízos nos
equipamentos, mercadorias (matéria
prima, produto acabado, etc), provocando interrupção na produção ou no
retorno da atividade normal de trabalho (limpeza, revisão dos equipamentos,
etc).
MEDIDAS CONTRA VENDAVAL
A empresa deve obter
junto aos órgãos
públicos (serviço de
meteorologia) a incidência de ventos na região ou através de empresa
especializada em climatologia, efetuar uma análise da caracterização do regime
de ventos fortes para a região.
■ A empresa deve ter
disponível ou obter imediatamente lonas plásticas para que possa se utilizada
na proteção do telhado (aberturas causados pelo vendaval) ou na proteção de
equipamentos e mercadorias (matéria prima, produtos acabados, etc)
■ Manutenção da estrutura do telhado, inspecionando se as
telhas estão com fixadores (ganchos ou parafuso) em perfeitas condições.
RISCOS DE INUNDAÇÃO
Podemos indagar por que as inundações acontecem e as
técnicas que podem ser usadas para diminuírem os prejuízos das edificações e
pessoas que vivem nos locais inundados.
■ O que provoca uma inundação? Por que elas ocorrem sempre
nos mesmos lugares? As inundações estão associadas com o desenvolvimento econômico?
Os moradores da região têm parte na culpa?
■ O que acontece com o
solo quando recebe água por um tempo prolongado?
■ Que atitudes artificiais poderiam prevenir ou poderiam
protelar as inundações?
■ De que forma poderia resolver o problema das inundações
num certo local? O que podemos
fazer?
■ Que locais geográficas são mais propícios a inundações?
■ Deveria existir um método de vigilância nos locais onde
costuma ocorrer inundações? Como ele funcionaria?
■ De que forma as pessoas podem se prevenir contra
inundações?
■ Que aspectos da infra-estrutura de um da região podem ser
afetados por uma grande inundação?
■ Em que época do ano acostuma ocorrer inundações na sua
cidade?
Essas indagações são importantes para que a empresa possa
delinear através de um plano de emergência, quais as medidas a serem tomadas
diante de um alagamento ou inundação.
ORIGEM DA INUNDAÇÃO
A área propensa à inundação é uma área geralmente na
proximidade de um rio, córrego, lago, baía ou mar, a qual pode ser inundada sob
condição adversa. Uma condição adversa pode originar de várias causas, capaz de
danificar estruturas ou edifícios.
A inundação ocorre quando o nível d´água eleva-se acima do
nível normal, tal como; inundação de um rio, inundação de áreas não normalmente
alagáveis (áreas secas sujeitas à inundação).
O rio é o principal cenário quando a vazão da água
ultrapassa o nível normal. Quando a água do mar ultrapassa o nível mais baixo
da costa litorânea, geralmente não coberta pela ação da maré, ocorre a
inundação da costa. A maioria das causa de inundação é a incidência de chuva,
quando os fatores propícios combinam-se e interagem para maximizar a superfície
de escoamento.
Podemos dividir os danos causados por água em:
■ transbordamento de rio, próximos a empresa.
■ refluxo de água através do sistema de esgoto e água
pluvial, devido ao transbordamento de córregos e rios.
■ transbordamento conjugado de maré alta e rio (índice
pluviométrico elevado)
No caso de região urbana podemos considerar dois
fatores:
■ Drenagem Urbana e
■ Inundações Ribeirinhas.
O escoamento pluvial pode produzir inundações e impactos nas
áreas urbanas devido a dois processos, que ocorrem isoladamente ou de forma integrada:
INUNDAÇÕES DE ÁREAS RIBEIRINHAS:
Os rios geralmente possuem dois leitos, o leito do rio onde
a água escoa na maioria do tempo e a várzea o leito maior, que foi ocupado por
população ou por obras viárias.
INUNDAÇÕES DEVIDO À URBANIZAÇÃO:
As enchentes aumentam a sua freqüência e magnitude devido à
ocupação do solo com superfícies impermeáveis e rede de condutos de
escoamentos. O desenvolvimento urbano pode também produzir obstruções ao
escoamento como aterros e pontes, drenagens inadequadas e obstruções ao
escoamento junto a condutos e assoreamento;
A quantidade de chuva por unidade de tempo (intensidade) e o
total do tempo da chuva (duração) são importantes para determinar a intensidade
da inundação.
Chuvas localizadas, intensos temporais podem criar condições
de inundação em pequenas bacias de drenagem. Locais próximos aos rios, riachos
ou litorais são geralmente susceptíveis para inundação, particularmente se a
elevação do solo é quase próxima ou a mesma da fonte de inundação ameaçadora
(exemplo, as várzeas dos rios que foram extintas nas grandes cidades pela
construção de avenidas ou edificações).
Um local com superfície relativamente plana, independente se
está acima da elevação de um volume de água, pode facilmente tornar-se alagado
por chuvas intensas. Quando, riacho ou rio
transborda após uma chuva intensa ou prolongada, a extensão dos danos da
inundação depende principalmente da topografia, da característica do curso
d´água e a extensão da inundação. Deslizamento de terra, canal obstruído ou
precipitação pesada pode causar somente inundação em local montanhoso e fundo
de vale.
Essas condições anormais combinada com elevada precipitação
de chuva que provoca aumento do nível
d'água próxima à foz do rio e do
córrego.
Os índices elevados de precipitação pluviométrica saturam o
solo e a água controla o percurso d`água
anormal existente (a água flui para o leito anteriormente existente, rios
temporários). O transbordamento de rios
e córrego resulta em alagamentos.
O histórico anterior de inundação de uma certa área indica
fortemente a susceptibilidade de inundação.
MEDIDAS CONTRA INUNDAÇÃO
A empresa deve obter
junto aos órgãos
públicos (serviço de
meteorologia) os meses onde
ocorrem as maiores precipitações pluviométricas, para que possa
tomar as medidas necessárias durante a época dessas ocorrências.
Se esta situação for previsível pelo serviço meteorológico
ou pela constatação que o sistema de
escoamento de água pluvial está demorando em escoar a água da chuva, a empresa
deve estar preparada para acionar o sistema de emergência contra inundação.
Algumas medidas que podem minimizar os danos :
1. Caso haja córrego, próximo à empresa, solicitar ao órgão
público, a limpeza e a dragagem do córrego ou a sua canalização.
2. Tomar cuidado com “ralos" ou caixa de gordura no
interior do prédio, que em caso de transbordamento, poderá haver refluxo de
água. É necessário colocar um dumper nas caixas.
3. Colocar barreiras contra inundação (porta elevatória com
guia e contrapeso), que em caso de
transbordamento, poderá ser
acionada, funcionando como barreira
(comporta), principalmente nas aberturas (portas).
À PROVA DE INUNDAÇÃO
Á prova de inundação inclui projeto ou modificação do edifício
ou característica do local para reduzir o potencial de danos de inundação. As
proteções passivas podem incluir construção de diques secos, barreiras de
contenção e comportas.
As barreiras de contenção e diques geralmente são utilizadas
para grandes áreas, entretanto, eles também podem ser práticos e econômicos
para um pequeno número de estruturas ou uma única estrutura.
As barreiras de contenção são geralmente construídas de
alvenaria ou de concreto. Os diques geralmente são aterros de terra com inclinação
baixa ou moderada.
A vantagem dos diques e paredes de contenção é que eles
podem proteger algum tipo de estrutura, se forem construídas adequadamente
(piscinão).
A vedação em porta ou em qualquer outro tipo de abertura com
material resistente a água (existe no mercado internacional, dispositivos
apropriados, denominados de flood barriers, para esse tipo de proteção).
As medidas de controle de contingência para alagamento
exigem algum tipo de instalação ou outra preparação antecipada. As proteções de
alagamento, portas com vedação ou outro dispositivo de proteção deve ser
colocado imediatamente ou antes do alagamento (adotar procedimento quando a
empresa encerrar o expediente a obrigatoriedade de todos os sistemas existentes
de proteção contra alagamento esteja ativado).
A principal desvantagem com esse tipo de proteção é confiar
na intervenção humana durante a situação de emergência extremamente grave.
Se uma nova instalação está sendo construída ou projetada em
uma área de provável alagamento, a empresa deveria levar em consideração esse
problema, construindo ou projetando o piso inferior para ser o piso acima do
nível da base do alagamento, isto é, elevação do piso acima do nível máximo de
alagamento existente. Aterros, pilares e estaqueamento podem ser usados para
elevar a estrutura.
As necessidades de proteção de emergência contra alagamento
devem ser capaz de colocar imediatamente avisos nas áreas de riscos. As
atividades devem ser cuidadosamente antecipadas e planejadas.
As medidas de emergência incluem a construção de diques com
sacos com areia ou com terra e execução de aterro (ensecadeira de terra). Os
diques de contenção são construídos de terra ou areia, utilizando sacos
plásticos ou de aniagem que seriam enchidos durante o alagamento (os sacos
seriam enchidos durante a iminência do alagamento ou transbordamento).
As proteções com aterro e barreiras de contenção (modular
flood barrier) são paredes provisórias executadas com placas de madeira, que pode ser deixada ao
longo de canais tal como “slot” de concreto (estrutura de concreto, onde será
fixada ou encaixadas as placas de madeira).
As condições de alagamento são impostas quase sempre pela ação imediata. Por esta razão é
essencial que todo material e plano para operação preventiva adequada deve ser
colocado em prática antecipadamente.
Os principais problemas provocados pela inundação são:
1.prejuízos de perdas materiais e humanas,
2.interrupção da atividade econômica das áreas
inundadas,
3.contaminação por doenças de veiculação hídrica como
leptospirose, cólera, entre outros,
4.contaminação da água pela inundação de depósitos de
material tóxico, estações de tratamentos entre outros.
PERDAS MATERIAIS
No caso de inundação, a água contaminada provoca danos
corrosivos em máquinas e em equipamentos elétricos que ficaram imersos.
A fim minimizar os danos da corrosão, é necessário que se
faça imediatamente à ação preventiva (manutenção e limpeza) dos equipamentos e
máquinas afetadas.
Os elementos mais comuns causadores da oxidação e
corrosão são o equipamento exposto à
água e ao oxigênio.
Os principais danos provocados pela inundação:
1.motores, os geradores, os controladores, os acionadores de
partida, os switchboards, etc.
2.motores diesel, as engrenagens de redução, máquinas girantes, sistema hidráulico, etc
3.matéria prima e
mercadoria (dependendo do tipo, perda total)
O processo de ação preventiva (limpeza e manutenção) deve ser imediato para reduzir as perdas
devido à exposição a sais ácidos ou da água contaminada aos metais e/ou equipamentos elétricos.
MEDIDAS DE SEGURANÇA
O desastre natural, diferente do incêndio é impossível de
evitá‑lo previamente. Portanto, quanto à medida é essencial minimizar os danos
e mesmo havendo danos, restaurar o mais rápido possível.
O comitê de segurança
(responsável pela elaboração de normas relacionadas a segurança e sua
execução), deve preparar as normas de medidas de segurança, com relação a
desastres naturais (vendaval e
inundação) e manual de procedimentos dos
funcionários.
Nos manuais devem ter regras como se preparar caso haja a
possibilidade de ocorrência de vendaval, tromba d'água, inundação, etc.
Por outro lado é essencial diminuir o tempo de paralisação
de operação e minimizar seu
prejuízo, deixando em
alerta os funcionários, encarregados da execução do plano de restauração de operação após
desastre e mantendo o material necessário para esta emergência (bomba de
sucção, lonas plásticas, materiais utilizados na secagem de equipamentos).
Curiosidades sobre chuva, meio ambiente e vazamento de água
■ Intensidade de chuva de 1mm/h – equivale a 1.000 litros
por metro quadrado
■ Dependendo o tipo de árvore e vegetação existente no local
- de 40% a 50% da precipitação de água é absorvida pela
vegetação.
Torneira em gotejamento
|
46 litros
|
Torneira com abertura de 1mm
|
2.068 litros
|
Torneira com abertura de
2mm
|
4.512 litros
|
Torneira com abertura de 6mm
|
16.400 litros
|
Torneira com abertura de 9mm
|
25.400 litros
|
Torneira com abertura de 12mm
|
33.984 litros
|
Fonte : Sabesp - SP
Fonte : @ZR, Tokyo Marine Insurance, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul - Impactos devido as inundações ribeirinhas, IRI Sentinel – Third
Quartier – 1997 - “Flood”
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