Martelo de 2,5 kg cai de 20 metros de torre de telefonia e fere operário
Um martelo, que pesa em torno de 2,5 quilos, caiu de uma
torre de telefonia na cabeça do operário ASR, 29 anos, por volta das 14h30 de
hoje na Travessa Embú, no Jardim Montevidéu, na saída para Cuiabá, em Campo
Grande. No momento do acidente de trabalho, ele estava sem o capacete de
segurança.
O acidente mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu
(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O homem estava consciente, mas
sentia muitas dores no pescoço e na cabeça. Ele foi encaminhado ao pronto
socorro da Santa Casa.
De acordo com o relato no local, dois operários trabalhavam
no alto da torre de telefonia, enquanto a vítima estava no solo. O martelo se
desprendeu das mãos ou do cinto de um dos trabalhadores e caiu, acertando a
parte lateral direita da cabeça do trabalhador. A queda ocorreu de
aproximadamente 20 metros de altura. Ele permaneceu o tempo todo consciente,
segundo os colegas de trabalho. Fonte: @ZR; Campo Grande News - 03/08/2015
Comentário:
Utilizando a Física para avaliar o impacto de um objeto em
queda livre teremos;
Peso do objeto: martelo, 2,5 kg
Altura: 20 m
Força calculada: 1.000 N equivale um força de 40 vezes do martelo.
A velocidade de impacto é de 72 km /h.
Faltou na execução do serviço a análise da delimitação ou isolamento de
risco contra quedas de objetos com finalidade de proteger os trabalhadores
durante realização de suas atividades.
A delimitação serve para neutralizar a ação dos agentes
ambientais, evitando acidentes, protegendo contra danos à saúde e a integridade
física dos trabalhadores, uma vez que o ambiente de trabalho não deve oferecer
riscos à saúde ou à a segurança do trabalhador.
As ferramentas com cordão de segurança ou cordão anti-queda evitam a queda de ferramentas que poderiam provocar
acidentes pessoais ou interromper o
andamento do serviço.
A queda de uma ferramenta poderá ferir trabalhadores ou
danificar equipamentos. Existe uma serie suportes de segurança para aumentar a segurança
de ferramentas tais como; cordões de segurança elásticos e retráteis, bolsas a
tiracolo, mochilas, bolsas e cintos.
O cordão de segurança ou cordão anti-queda são utilizados
para fixar qualquer ferramenta durante trabalhos em altura. Os cordões elásticos
de segurança possuem uma fixação universal para ferramentas que não possuem
nenhum ponto de fixação integrado. Quase todas as ferramentas podem ser
facilmente fixadas, passando-se os cordões de segurança para ferramentas
através do olhal e apertando firmemente com o fecho de tambor.
Alguns testes realizados de acordo com a NBR 8221:2003
■ Resistência ao impacto em amostras condicionadas à quente
e à frio - a média da força transmitida (impacto de um projétil de aço de 3,6
kg) deve ser menor que 3780 N. O maior valor admissível por exemplar é 4450 N;
■Resistência à penetração - um prumo cai em queda livre de
uma altura de 1 m; o prumo não deve tocar a cabeça-padrão;
Muitos trabalhadores têm desculpas para não utilizar o
capacete;
■Ele é muito pesado;
■Ele dá dor de cabeça;
■Ele machuca o pescoço;
■Ele é muito frio para ser usado;
■Ele é muito quente para se usado;
■Ele não deixa ouvir direito;
■Ele não deixa
enxergar direito.
O trabalhador nunca saberá que tipo de surpresa poderá
aguardar vindo em direção a cabeça. Proteja-se usando o capacete e cuide de sua
conservação, não jogando ao chão, mantendo-o limpo e em perfeitas condições de
uso. Esse acidente comprova como é importante o trabalhador usar o capacete.
CAPACETE DE SEGURANÇA: ASPECTO GERAL
Todos os anos, trabalhadores são gravemente feridos devido à
impactos na cabeça.
Equipamentos de proteção individual são indicados para
proteger o trabalhador de um risco existente e não para controlar ou remover a
fonte de risco. O uso de capacetes de segurança reduz as chances de ocorrerem
ferimentos graves.
Uma das principais causas de danos à saúde entre
trabalhadores da construção civil é a queda de objetos. Porém, nem todos os
acidentes levam à morte. O mais freqüente são os danos no cérebro, ferimentos
no pescoço e outros efeitos.
Outro risco para a cabeça é o choques elétrico. Tanto em
construções, ou outra indústria qualquer, existe a possibilidade de contato com
fiação elétrica, e então a possibilidade de choques elétricos. Muitos capacetes
de segurança são feitos para oferecer certo grau isolação elétrica.
A proteção adequada é muito importante e deve ser compatível
com o trabalho a ser feito.
O primeiro passo, para a seleção da proteção adequada é
certificar-se que todas as opções
atendem à NBR 8221:2003, norma brasileira que descreve os requerimentos mínimos
para um capacete de segurança. Capacetes que possuem o Certificado de Aprovação
foram testados segundo a norma e atenderam aos requisitos mínimos.
COMPOSIÇÃO DO CAPACETE
Um capacete é composto de duas partes principais. A primeira
é o casco, feito geralmente de polietileno de alta densidade, podendo ser de
outros materiais como ABS. O segundo componente é a suspensão que é a armação
interna do capacete, constituída de carneira e coroa. O objetivo do conjunto é
reduzir os efeitos causados pelo impacto de um objeto na cabeça do trabalhador.
REQUISITOS DO CAPACETE
Baseado na norma NBR 8221:2003, um capacete de segurança
deve atender aos requisitos abaixo:
1. Deve limitar a pressão de impacto aplicada no crânio,
difundindo-a através da maior superfície possível. Isto é conseguido através de
uma suspensão que se encaixe bem em vários tamanhos de crânio, juntamente com
um casco forte o suficiente para evitar que o crânio entre em contato direto
com o objeto em queda. Sendo assim, o casco deve ser resistente à deformação e
perfuração.
2. Deve dissipar a energia que seria transmitida para a
cabeça e pescoço. Isto é conseguido através da suspensão, que deve ser
seguramente encaixada no casco, assim o impacto é absorvido sem que a suspensão
desencaixe. Consegue-se isto através de encaixes robustos, tiras devidamente
encaixadas na carneira, bom ajuste de diâmetro na cabeça do usuário, etc. A
suspensão deve ainda ser flexível suficiente para deformar-se com o impacto,
sem tocar no casco, isto é possível devido ao vão livre vertical, que é a medida
entre o ponto mais alto da face interna da suspensão e o ponto mais alto da
face interna do casco, com o capacete colocado na posição normal de uso.
3. Dependendo do trabalho a ser feito, um capacete de
segurança deve também reduzir danos provenientes de choques elétricos.
CLASSIFICAÇÃO DOS CAPACETES
Segundo a mesma norma, os capacetes são classificados em
duas classes:
a) Classe A: capacete para uso geral, exceto em trabalhos
com energia elétrica;
b) Classe B: capacete para uso geral, inclusive para trabalhos
com energia elétrica.
E AS CLASSES PODEM SER DE TRÊS TIPOS:
1. Tipo I: capacete com aba total;
2. Tipo II: capacete com aba frontal;
3. Tipo III: capacete sem aba.
As exigências feitas para um capacete de classe B englobam
todas as feitas para a classe A, e a eles agrega exigências relativas ao
isolamento dielétrico. Neste sentido, pode-se considerar que a classe B engloba
a classe A.
Outros requerimentos devem ser observados para trabalhos
específicos. Isto inclui proteção contra respingos de metais fundidos, e
proteção contra impactos laterais.
Capacetes de segurança devem ser os mais confortáveis
possíveis, conforto pode ser conseguido através de algumas variáveis:
1. Coroa flexível;
2. Tira de absorção
de suor, facilmente removível e lavável;
3. Suspensão de
tecido,
4. Jugular, carneira
e coroa, feitas de material não
irritante.
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
Em ambientes onde o trabalhador está exposto a materiais
condutivos, somente o capacete classe B deve ser usado. Este tipo de capacete
não deve possuir perfurações para ventilação ou partes metálicas, assim como
nenhum dos seus acessórios (abafadores,
viseiras, etc.) podem possuir qualquer componente metálico.
CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO
Capacetes de segurança devem ser mantidos em boas condições
e trocados quando necessário. Para isto seguem algumas recomendações:
1.Não deve ser guardado em ambientes expostos ao sol, pois a
radiação ultravioleta presente na radiação solar, enfraquece o casco, e o que
pode reduzir a resistência no momento do impacto.
2.Inspecionar regularmente o casco. Procurar por sinais de
deterioração, danos provenientes de algum impacto, penetração, abrasão, etc.
3.A suspensão também deve ser inspecionada regularmente. Se
houver sinais de deformação ou rasgamento, deve ser substituída.
4.Partes danificadas devem ser substituídas. Nunca use
partes de fabricantes ou modelos diferentes. Os capacetes são testados da
maneira como eles são vendidos, uma construção diferente não garante que a
mesma continue atendendo a norma. Além do mais não está coberta pela lei, por
não possuir CA.
5.Para limpeza do casco, use somente água e sabão. Se houver
necessidade de desinfecção, uma solução a 5% de hipoclorito de sódio deve ser
usada.
Uma boa higienização pode prolongar a vida útil do capacete.
O EPI limpo permite fácil visualização de irregularidades no casco ou em
qualquer outra parte no momento da inspeção do capacete (rachaduras, amassados,
cortes, riscos e trincas). A experiência mostrou que se uma coisa mínima como
uma trinca finíssima passar despercebida ela vai aumentar e aprofundar-se.
6.O casco e a suspensão nunca devem ser alterados.
7.Não pinte ou limpe com solventes ou gasolina. Não apliquem
abrasivos. Estes produtos químicos podem enfraquecer o casco. Fonte: 3M do
Brasil
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