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quinta-feira, fevereiro 19, 2015

Princípios básicos de combate a incêndio em tanques

O combate a incêndios em área de tanques exige um planejamento que aborde os seguintes aspectos
1. Definir o tipo de ataque

2.Segurança da vizinhança até a execução do ataque de extinção (resfriamento com água de objetos expostos ao fogo ou calor radiante)

3.Logística de combate a incêndio:
3.1-Definir um local seguro para instalar o comando de operação, “gabinete de guerra”. O comandante de operação é responsável pela logística de incêndio e planejamento. 
3.2-Segurança no abastecimento de água – fonte de abastecimento
3.3-Segurança nos equipamentos para extinção (bombas, mangueiras, viaturas, canhões   monitores e acessórios, etc)
3.4-Segurança no abastecimento de  extratos de espumas
3.5-Segurança na produção de espuma (preparar os equipamentos, mangueiras e executar testes de funcionamento)
3.6-Segurança das equipes de emergência (equipamento de proteção individual, revezamento, alimentação, área de descanso ou  de apoio e equipe médica)

4.-Cabe ao comandante responsável pela emergência (o comandante de emergência é responsável pela atuação das equipes de emergência e o comandante de operação  é responsável pela coordenação) demonstrar total domínio pelas táticas de incêndio.

5.-As dificuldades no combate a um incêndio crescem com o diâmetro do tanque, com baixo nível do produto em queima  e com o tempo de queima do tanque. Os fatores externos ou internos mais importantes são a natureza da vizinhança e a influencia dos ventos.

6. Os volumes de espuma necessários são proporcionais ao quadrado do aumento do diâmetro  e também quanto à mudança de ordem técnica (dificuldade de extinção do incêndio)
6.1-Quanto menor for o volume de líquido no tanque, tanto mais a espuma deverá cair até atingir a superfície do líquido
6.2-Quanto maior é a altura da queda, tanto maior é o contato da espuma com as altas temperaturas e como conseqüência são possíveis perdas de 80% a 90% da espuma na zona de combustão.
6.3-Com o tempo de queima o tanque apresenta deformações. Devido às paredes retorcidas formam-se  na superfície do liquido,  ilhas em chamas de metal rubro , que não permite o acesso da espuma.

7.-Um tanque cheio que queima, permite aproximação e instalação de equipamentos que muito provavelmente evitará perda excessiva de espuma.

8.-Nos tanques aquecidos uma parte do calor liberado é reconduzido ao produto em queima. Isto ocorre nos tanques não cheios pelos seguintes caminhos:

Propagação de calor em tanques
1- radiação das chamas para o líquido
2 -radiação das chamas para as paredes do tanque
2a-radiação das paredes do tanque para o líquido
2b-condução da parede do tanque às camadas superiores do líquido
3-transmissão de calor da zona de gás para o líquido pela convecção dos vapores ainda não queimados

Pela figura  podemos considerar:
1.-Pode-se diminuir a transmissão de calor da zona de chamas para o líquido pelo resfriamento das paredes do tanque
2.-A transmissão de calor da zona de chamas para o líquido, pela radiação e condução,  deve ser impedida pela espuma
3.-A espuma é destruída  com intensidade com a diminuição do volume de combustível contido no tanque, pelo aumento do seu trajeto até a superfície do líquido.
4.-A espuma lançada através da zona de chamas sofre uma perda maior do que aquela lançada através de instalações fixas, semifixas ou torres portáteis
5.-O ponto ideal para a “chegada da espuma” é no centro da superfície do líquido
6.-Deve-se proceder ao resfriamento do tanque em fogo e dos tanques adjacentes

Fonte: Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo

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posted by ACCA@12:12 PM