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quinta-feira, dezembro 11, 2014

Lembrança: Explosão na Refinaria Duque de Caxias (Reduc)

A  explosão de um reservatório de GLP da  Petrobrás, devido a vazamento, atingiu dois outros,  provocando um incêndio  na Refinaria Duque de Caxias,  com chamas de até 300 metros de altura. Ocorreu, por volta de uma hora da madrugada, quinta-feira, 30 de março de 1972, deixando em pânico os moradores das proximidades, que abandonaram suas residências, sobressaltados com o clarão das labaredas e o forte calor.
No momento em que começaram as explosões, com intervalos de cerca de uma hora, somente estavam trabalhando na refinaria  as equipes de turno e o pessoal de segurança. O operador de plantão recebeu um comunicado do centro de segurança, informando que havia um vazamento num dos reservatórios de gás.
Uma equipe foi deslocada para reparar o vazamento, isolando-o dos demais, pois ele ocupava com mais outros três uma área de cerca de 1 km2. As manobras de reparo não chegaram a ser concluídas, antes que fosse dado o alarme de incêndio e o fogo começasse a dominar os reservatórios, ocorrendo logo em seguida a primeira explosão.

PÂNICO
Chapas metálicas de três toneladas foram atiradas,  a  distância e alguns funcionários foram jogados ao chão, com o deslocamento de ar da primeira explosão, enquanto outros eram inteiramente envolvidos pelas chamas, ficando com as roupas queimadas e perdendo os sentidos.
No mesmo momento, nas localidades próximas a refinaria,  no município Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, milhares de pessoas que acordaram com a explosão deixavam suas casas, com apenas com a roupa do corpo, dirigindo-se para o centro do município e procurando afastar-se o mais possível da rodovia Washington Luis (Rio Petrópolis),  que passa junto àquele parque de refinação da Petrobrás.
Minutos depois da primeira explosão, os guardas da Policia Rodoviária interditaram a rodovia Washington Luis,  impedindo o acesso a Petrópolis e Duque de Caxias. Muitas pessoas, que àquela hora  estavam deixando o Rio,  para aproveitar os feriados da semana santa, abandonaram seus carros a beira da estrada, procurando um local onde ficassem a salvo das explosões, do fogo e do intenso calor desprendido pelas chamas.
O clarão da primeira explosão, a mais forte, que chegou a ser vista por moradores do Leblon e outros bairros distantes muitos quilômetros, fez com que os moradores da Ilha de Governador, próxima do terminal da refinaria, saíssem correndo para a rua  em pânico.
Na avenida Brasil, que dá acesso à rodovia Washington Luis, e nos subúrbios vizinhos, grandes número de pessoas saiu às ruas, pois acordaram com as portas e janelas de suas casas sacudidas pela explosão. 

CORPO DE BOMBEIROS
A guarnição do Corpo de Bombeiros de Campinho foi  a primeira a chegar à refinaria, alguns minutos  depois da primeira explosão, pedindo imediatamente reforços ao Quartel Central, pois não puderam combater o fogo, devido à impossibilidade de se aproximarem do local sem o  risco de serem atingidos por novas explosões.
A dificuldade maior consistia na temperatura elevada que impedia os bombeiros se aproximar dos focos de explosão. Os reforços chegaram logo depois, com cinco guarnições do Méier, duas de Ramos, sete do Quartel Central e todo o contingente da própria refinaria que se juntaram as cinco guarnições de Campinho.
Os bombeiros lançavam jatos de espuma contra as chamas e gritavam para as pessoas mais próximas se afastarem do fogo, recomendando que elas se jogassem ao chão caso notassem qualquer elevação súbita das labaredas.
A maioria das pessoas se afastava do local cega com o clarão do fogo e surdas com os estrondos das explosões, além de quase sufocadas com o intenso calor.

SOCORRO
Logo depois da primeira explosão, foram enviadas  ao local, ambulâncias e socorros de todos os ambulatórios do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social.), nas redondezas e dos hospitais Carlos Chagas e Getulio Vargas. As equipes de médicos e enfermeiros começaram logo a dar os primeiros socorros aos feridos. Cerca de 40 ambulâncias estavam estacionadas do lado de fora da refinaria.

EXPLOSÕES SEGUIDAS
Foto-Um pedaço da esfera caiu a 1 km da refinaria. Toda parte superior de um dos tanques (esfera) de GLP,  com diâmetro de 25 m, foi encontrada a quase 1 km do local da explosão, no bairro de Campos Elíseos, em Caxias. O pedaço caiu no centro de um terreno vazio, a 15 m de prédio de apartamentos e a menos de 100 m de um conjunto de tanques com material inflamável da própria refinaria. Funcionários da Petrobrás estiveram no local e verificaram ser impossível remover a peça por inteiro. Terá de ser cortada a maçarico para ser transportado por caminhão.

O trabalho dos bombeiros e das equipes médicas foi  interrompido pelas duas explosões seguintes, que ocorreram por volta de 1h 30 e 2h 30. O local ficou totalmente dominado pelo clarão do fogo e as explosões ensurdecedoras. Médicos, enfermeiros, bombeiros e populares correram para todos os lados, desorientadamente, procurando algum lugar para se proteger, enquanto as ambulâncias e os carros de bombeiros deixavam em disparada o interior da refinaria.
 A última explosão foi seguida de um violento tremor de terra,  que causou ainda mais sobressalto as pessoas que tentavam uma forma de prestar algum socorro aos feridos que, nesse momento, saiam da refinaria aos gritos. Muitos deles caiam ao chão, contorcendo-se de dores das queimaduras e em desespero.

ISOLAMENTO
Alguns minutos após a última explosão começaram a chegar à refinaria 150 soldados da 1ª Cia da Policia do Exercito, que se juntaram aos do VII Batalhão da Policia Militar. A área da refinaria foi imediatamente interditada, sendo afastados do local,  médicos, enfermeiros e bombeiros.
O isolamento foi determinado pelo comandante do I Exército, que esteve no local, acompanhado de outras autoridades civis e militares, por ser a refinaria área de segurança nacional.
O transito na rodovia Washington Luiz já estava totalmente interditado, sendo desviado para as ruas dos subúrbios da Leopoldina.

PARQUE DE ARMAZENAMENTO
O local do incêndio, parque de armazenamento, tinha 26 tanques de petróleo com capacidade total de 5.616 mil barris, 37 tanques de produtos intermediários capazes de guardar 1.292 mil barris, 37 reservatórios para 2.730 mil barris de produtos finais e com instalações suficientes para armazenamento de 7.803 toneladas de gás liquefeito, o parque era o maior da América do Sul.

VÍTIMAS
As vítimas são da Reduc e da Fabor (Fábrica de Borracha Sintética, Petroquisa).
■Em 02 de abril, a  Petrobras informou, informou oficialmente que os mortos eram 25. Feridos são 46, distribuidos em vários hospitais, mas a maioria, os mais graves estão internados na Casa de Saude Santa Teresinha. Essa relação ainda não computa as pessoas desparecidas, estando-se procedendo a um levantamento de todos os operários que estavam trabalhando na hora das explosões, o que pode elevar ainda mais a lista.
■Em 03 de abril, a Petrobrás informou que mais três feridos  morreram aumentando a lista de mortos para 28 e diminuindo o total de feridos para 43, número que tende a baixar porque muitos têm pouca chance de sobrevivência.
Na Casa de Saúde Santa Teresinha estão internados 23 pessoas, das quais 7 em estado grave, ou seja, com mais de 60% do corpo queimado e condições mínimas de sobrevivência.
Nos hospitais da Lagoa, do Andaraí e na Casa de Saúde Santo Antonio, em Caxias, mais 15 feridos têm poucas chances de viver.
Na Casa de Saúde Santa Teresinha, especializada em tratamento de queimados e que recebeu o maior número de feridos, 8 já morreram e apenas um recebeu alta.
Nota de informação da Petrobras de 11/04/1972
■O número de vítimas fatais elevou-se para 38
■Há ainda 35 trabalhadores hospitalizados sendo 2 deles em estado grave.

Obs: As informações sobre as vítimas fatais e feridos finais  diferem de jornais
■ 37 mortes e 53 feridos
■ 42 mortes e deixaram 40 feridos.

PROBLEMA NA RECUPERAÇÃO DOS FERIDOS
Apesar de não terem chegado a ficar com 60%  do corpo atingido, os feridos segundo os médicos estão em estado regular, encontram-se bastante traumatizados com o choque sofrido. Depois que as partes queimadas cicatrizarem, estes homens serão submetidos a banhos esterilizantes, a balneoterapia em tanques de Hubbard, a exercícios de realização e cirurgias plásticas, nas quais serão utilizados enxertos de pele do próprio doente e de outras pessoas.Além de 60 dias hospitalizados, os sobreviventes passarão por um tratamento de recuperação de cerca 120 dias, dependendo do caso. O problema é que este tratamento físico de reabilitação não vai ser suficiente para que eles voltem a ter uma vida normal. Será preciso um longo tratamento psicológico que os faça esquecer o desespero e o choque no momento da explosão.

TESTEMUNHA DO VAZAMENTO
Num leito do hospital, traumatizado com o acidente, Manoel Egidio Filho, auxiliar de segurança da turma contra incêndios, da refinaria Duque de Caxias, diz que estava na área de vazamento do gás quando ocorreram as explosões. Ele disse;
■ Não contava com a explosão. Havia vazamento de gás sim, mas normalmente a válvula vaza, só que desta vez vazou mais forte. Era normal vazar.
■ Eu estava na área quando houve a explosão. Alguns funcionários correram. Não me lembro de mais nada. Acho que fui levado para o posto médico.
■ Os vazamentos de gás são frequentes na refinaria e de hoje, era mais forte que as anteriores, embora não esperassem as explosões.
Manoel Egidio Filho disse que sua equipe entrou no plantão normal, a meia noite e ficou por lá de sobreaviso.
As declarações de Manoel Filho comprovam o vazamento de gás, que provocou as explosões, restando agora se definir se o vazamento que começou na tarde de quarta-feira, quando a equipe da Petrobras tentou controlar o defeito, sem êxito ou se vinha sendo notado há vários meses, sem que os técnicos da empresa soubessem como detê-lo, conforme as versões dadas para o acidente.

OUTRA VERSÃO NÃO OFICIAL
A explosão teve inicio quando um grupo de técnicos tentava descongelar a válvula que era a principal responsável pelo vazamento dos tanques de gás. Até os primeiros minutos da madrugada de quinta-feira, as equipes de emergência tentavam aumentar a umidade do ar em torno do reservatório para diminuir as possibilidades de acidente. 

NOTA DA PETROBRAS SOBRE O ACIDENTE
1-A Petrobras distribuiu a seguinte nota oficial: O incêndio ocorrido na Refinaria Duque de Caxias, iniciado às 24 horas de quinta-feira, 30 de março, foi circunscrito a área de armazenamento de gás liquefeito de petróleo, não atingindo as instalações industriais, o sistema de utilidades, área administrativa, nem o parque de armazenamento de petróleo bruto e de outros produtos. A refinaria está operando normalmente e a Petrobras se empenha em manter a normalidade no abastecimento de gás liquefeito. Houve mortos e os feridos estão hospitalizados, recebendo tratamento adequado.
2-Em 03 de abril, a Petrobras emite outra nota;
No final da jornada de 29/03, durante a operação de drenagem de uma das esferas de armazenamento de GLP, ocorreu, por congelamento, o emperramento de uma das válvulas, provocando vazamento de gás.
O gás difundiu-se no ar, onde, por causa ainda não definida, inflamou-se, levando o fogo para a base da esfera e, logo em seguida, para o seu topo, já nos primeiros minutos do dia 30/03/72. Na ocasião processava-se a passagem de turno de pessoal na refinaria, e, assim, o combate ao incêndio passou a ser realizado por duas brigadas da Reduc, pertencentes a turnos diferentes, auxiliadas, ainda, por um contingente da unidade vizinha, a Fabor, da Petrobras Química S.A, Petroquisa.
Aos 30 minutos de 30/03/72 teve inicio uma serie de explosões, a partir da esfera que se havia incendiado, estendendo-se a vários cilindros de armazenamento de gás existentes na proximidade.
O acidente foi circunscrito a área de armazenamento de GLP, não tendo sido afetados os demais tanques de produtos líquidos, ou as unidades de processamento. Estas últimas foram paralisadas na ocasião, por medida de precaução. Os edifícios administrativos vizinhos á área, sofreram apenas danos de pequena monta. As perdas materiais foram circunscritos praticamente as instalações de armazenamento de GLP.
As perdas são de grande vulto. Até a expedição dessa nota, 3 de abril, o número de mortos se eleva a 28.
Foi constituída, no Departamento Industrial da Companhia (Depin), uma Comissão de Inquérito destinada a esclarecer as causas, circunstâncias e consequências do acidente.
O abastecimento de GLP e dos demais derivados de petróleo não será afetado, uma vez que a própria Reduc  e as outras refinarias da Petrobras possuem condições de atender integralmente a demanda de consumo do País.

PREJUÍZO INICIAL
As 7.800 toneladas de gás destruídas pela explosão deram a Petrobras, num calculo inicial, o prejuízo de CR$ 4.797.000,00.
Obs: Atualização de R$4.797.000,00 de 30-Março-1972 e 30-Novembro-2014 pelo índice IGP-DI - Índice geral de preços (01-02-1944 a 30-11-2014) – R$ 16,5 milhões.
Os tanques de GLP só poderão  ser reconstruídos no prazo de um ano, tempo em que a Refinaria Duque de Caxias terá dar solução de emergência ao problema de armazenamento.
Cada uma das esferas de aço, (reservatórios)  destinadas ao armazenamento  do GLP custa três milhões de dólares e todas são importadas. Valor atualizado – 17 milhões de dólares
A Petrobras, segundo informações,  deverá calcular os novos investimentos a serem feitos para recuperar os danos materiais causados pela explosão, mas já foram tomadas providencias para assegurar normalidade no abastecimento de gás liquefeito.

SEGURO
 A Petrobrás tem seguro contra incêndio que cobre as do parque de tanques e as demais unidades da refinaria afetadas pelas explosões.
Fontes: Folha de São Paulo, 31 de março, 01 a 05 de abril de 1972, Jornal do Brasil, 01 a 12 de abril  de 1972, O Estado de São Paulo, 01 a 05 de abril de 1972.

Comentário
O acidente que ocorreu na Reduc  foi similar o que ocorreu na Refinaria de Feyzin, França em 1996, 15 a 18 mortos, 80 feridos. A válvula congelou-se e emperrou.  Houve ocorrência de Bleve, (Boiling Liquid Expanding Vapour Explosions).
Segundo Trevor Kletz, engenheiro químico, autor do livro What went wrong?
■ Havia apenas uma válvula de dreno. Se os operadores queriam, de fato, reduzir  a pressão pela drenagem da água,  esqueceram de que a pressão da câmara de vapores acima de um liquido é sempre a mesma, não importando a quantidade de liquido presente.
■ Deve instalar na linha de dreno uma válvula de bloqueio de emergência remotamente operada. A válvula de bloqueio de emergência deve ser instalada em tubulações e equipamentos, os quais por experiência são suscetíveis  a vazamentos.

Como ocorre o BLEVE ?
Um BLEVE ocorre quando há ruptura de um tanque sob pressão.
Mas que fenômeno físico ocorre?
Para compreender o fenômeno, devemos levar em consideração os seguintes fatores:
1.A pressão interior do reservatório
Quando o reservatório está aquecido, há um aumento de pressão no seu interior.
2.Quantidade de líquido
Quando o reservatório está aquecido, a substância em seu interior se transforma do estado líquido em estado gasoso. Há uma diminuição da quantidade de líquido no reservatório, aumentando bruscamente a temperatura bem acima do ponto de ebulição.
3.Superfície exposta
O líquido no interior do tanque pode absorver uma parte do calor das paredes do reservatório e diminui a velocidade de seu enfraquecimento. Porém a quantidade de líquido diminui e a superfície do reservatório, exposta e sem defesa, aumenta a sua temperatura.
4.Resistência material do reservatório
A superfície  do reservatório superaquece gradativamente, a resistência do reservatório diminui cada vez mais. A 400o C  o aço perde 30% de sua resistência . A 700o C o aço perde 90% de sua resistência. Em geral a superfície do reservatório superaquece e perde suas propriedades mecânicas, levando à ruptura. Quando a pressão interior aumenta além do que pode suportar o tanque, ele se rompe e o BLEVE ocorre. É  preciso igualmente compreender quanto menor o tanque, mais rapidamente ocorrerá o BLEVE, devido à facilidade de aquecimento, a pressão aumentará no seu interior e as paredes do tanque enfraquecerão.

O BLEVE pode ocorrer em pequenos reservatórios:
           
Dimensões do reservatório
Tempo de resistência do reservatório antes que ocorra o BLEVE
400 litros
3 – 4 minutos
4000 litros
5 – 7 minutos
40.000 litros
8 – 12 minutos

1.Bola de fogo
Se o conteúdo do tanque é inflamável, há nesse caso uma ignição da substância e o resultado será uma bola de fogo. Dos ensaios experimentais efetuados com reservatório contendo propano foram produzidas bolas de fogo com as seguintes características:

Dimensões do reservatório
Raio da bola de fogo
400 litros
18 metros
4000 litros
38 metros
40.000 litros
81 metros
Fonte : Université Queen’s, Kingston – Ontário – Canadá –  A.M. Birk

É igualmente  possível que uma substância não se inflame, após o BLEVE e se disperse sob a forma de nuvem na direção do vento. Ela pode se inflamar, subitamente, a qualquer momento, com conseqüências catastróficas. Se o conteúdo do reservatório não é inflamável (por exemplo, um cilindro de oxigênio líquido) não haverá bola de fogo.

2.Radiação térmica
Se uma bola de fogo for gerada durante o BLEVE, uma importante radiação térmica será produzida. Os intervenientes devem respeitar as distancias mínimas em relação ao reservatório a fim de evitar a radiação. Esta distancia é estabelecida quatro vezes o raio da bola.

Dimensões do reservatório
Raio da bola de fogo
400 litros
Mais ou menos 90 metros
4000 litros
150 metros
40.000 litros
320  metros

3.         Onda de choque
O BLEVE sendo uma explosão é acompanhada de uma detonação e  deslocamento de ar. A única maneira de não ser afetado pela onda de choque é manter se afastado mais longe possível do local da explosão. Respeitando as normas mínimas de aproximação, os intervenientes permanecem fora de alcance dos efeitos da detonação.

4.         Projeção  de fragmentos
Uma das conseqüências mais perigosas do BLEVE é a projeção ou lançamento de fragmentos ou estilhaços. A única constatação que os testes podem estabelecer em face de projeção de fragmentos é que estes são impulsionados principalmente para o lado das extremidades do reservatório. Esta projeção é tão imprevisível  e poucas vezes atingem grandes proporções. Mas nesses ensaios, os fragmentos podem atingir a cerca de 230 metros  do local do BLEVE. Um acidente que ocorreu no Texas – USA, os fragmentos foram encontrados a mais de 1 quilômetro.  É necessário lembrar, mesmo que os intervenientes respeitem as distancias mínimas de aproximação, os fragmentos podem atingí los. A melhor solução é  portanto proceder à evacuação para uma zona estabelecida como segura a 22 vezes o raio da bola de fogo.

Dimensões do reservatório
Raio de evacuação
400 litros
400  metros
4000 litros
800 metros
40.000 litros
1800 metros

Em resumo, as conseqüências de um BLEVE são devastadores. A melhor solução de se proteger dos seus efeitos é afastar, quanto mais longe possível.

Video
Como ocorre o BLEVE

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posted by ACCA@9:00 AM