Uso de álcool provoca 21% dos acidentes
Pesquisa do Ministério da Saúde revela que uma em cada cinco vítimas de colisão ingeriu bebida. Em 2011, a pasta gastou R$ 200 milhões com pacientes envolvidos em batidas. A faixa etária mais afetada é a de 20 a 39 anos
O
consumo de álcool está relacionado a 21% dos atendimentos no Sistema Único de
Saúde (SUS) de pessoas envolvidas em acidentes de trânsito. Uma em cada cinco
vítimas, em 2011, admitiram ter bebido. Os dados foram divulgados pelo
Ministério da Saúde.
ESTUDO
O estudo
avaliou 47,5 mil vítimas de violência e acidentes atendidas em 71
prontos-socorros públicos nas 27 capitais, em setembro de 2011.
O
consumo de álcool foi verificado mesmo entre pedestres e passageiros -sempre
entre vítimas com 18 anos ou mais.
■ 22,3% dos condutores disseram ter bebido ou
mostraram sinais de embriaguez,
■ essa
mesma informação foi registrada para 21,4% dos pedestres e 17,7% dos
passageiros atendidos.
Acidentes
de transporte responderam por um a cada quatro atendimentos acompanhados no
estudo. E, em mais da metade, as vítimas tinham entre 20 e 39 anos.
O
levantamento constatou também que 49% dos registros de agressão ocorreram com
pessoas que tinham ingerido álcool.
MAIORIA
DAS MORTES: JOVENS
O
ministro da Saúde, ressaltou o fato de a
maioria das mortes em função de acidentes ocorrer principalmente com jovens.
“Além de todo o sofrimento, perdemos pessoas em idade ativa. Outro ponto a ser
levado em conta é que 45% das vítimas tem entre 9 e 11 anos de escolaridade. Ou
seja, perdemos pessoas com grau de instrução elevado.” Para o ministro, a
relação entre álcool e acidente é direta e tem alto custo social e financeiro
para o país.
“Há três
pilares muito importantes na segurança no trânsito: a conscientização, uma
legislação efetiva e fiscalização eficiente”, afirma o secretário-executivo do
Ministério das Cidades. O estudo mostrou que, nos casos analisados, 56,8% dos
acidentados atendidos eram motociclistas.
PERFIL
DAS VÍTIMAS
O perfil
das vítimas dos acidentes de transportes também é um fator importante.
Dos 21%
das vítimas que admitiram a ingestão de álcool;
■22,3%
eram condutores.
■chegando
perto da quantidade de motoristas, 21,4% eram pedestres.
Mesmo
longe do volante, eles acabam sendo vítimas de atropelamento quando estão
alcoolizados, pois perdem a capacidade de percepção e se expõem a riscos.
PASSAGEIROS
Os
passageiros também acabam se tornando vítimas do álcool: 17,7% dos acidentados
consumiram bebida. Os dados mostram que o risco da pessoa que pega carona com
quem bebe também é muito alto. Pesquisa recente da Faculdade de Medicina e
Saúde da Universidade de Brasília (UnB) revela que, no Distrito Federal, um
terço dos motoristas admitiram ter dirigido após beber nos últimos três meses.
Além disso, 82,1% pegaram carona com alguém embriagado.
Em cerca
de 70% dos casos estudados, as vítimas tiveram alta, pois os ferimentos não
eram graves.
Fontes:
Folha de São Paulo, Correio Braziliense, 23 de Fevereiro de 2013
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