ELAT divulga número de mortes por raios no Brasil em 2010
O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) concluiu o estudo sobre o total de vítimas fatais atingidas por raios em nosso país no ano de 2010.
MORTES
Ao
todo foram registradas 89 mortes no Brasil, sendo este um número inferior à
média registrada entre os anos 2000 - 2009, que foi de 132 por ano.
PRINCIPAIS
ESTADOS
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O estado de São Paulo lidera o ranking com 12 mortes,
■
seguido pelo Pará com 8 e
■
Minas Gerais e Tocantins com 7 cada um.
Em
alguns estados, houve o registro de apenas uma morte, como é o caso de RJ e PR.
Já em 2011, dados preliminares apontam que até o momento foram registrados 28
casos de vítimas fatais em todo o país.Alguns dados sobre o ano de 2010 são
surpreendentes.
TIPO
DE VÍTIMAS
■O
número de homens que morreram ainda continua muito superior ao número de
mulheres, atingindo 82% do total.
■E
quase metade das vítimas fatais eram pessoas na faixa etária entre 20 e 39
anos.
ESTAÇÕES
DO ANO
O
aumento de vítimas durante a primavera também foi notável. Em 2010, morreram
mais pessoas na primavera (40%) do que no verão (36%). Na primavera a incidência
de raios também aumenta, mas em geral a maioria dos casos fatais acontece no
verão, época do ano em que mais caem raios no país.
Na
análise da década (2000-2009), 45% das pessoas morreram durante o verão
enquanto 32% morreram na primavera.
Em
parte este resultado reflete o fato de que as pessoas se preocupam menos com os
perigos quando chega esta época do ano (primavera) e se tornam mais conscientes
dos cuidados que devem ter com a proximidade do verão, quando então aumentam as
tempestades e as notícias sobre mortes e danos causados por raios, comentou
Osmar Pinto Junior, coordenador do ELAT.
LOCAL
DO ACIDENTE
As
circunstâncias em que as pessoas morreram também foram analisadas ao longo da
última década, incluindo uma análise por região.
■Quase
61% das pessoas foram atingidas na zona rural e 29% das pessoas que morreram no
Brasil estavam no Sudeste, região em que a maioria (17%) morreu por estar
praticando atividades ligadas à agropecuária.
■A
segunda principal causa foi estar próximo a algum meio de transporte (e não
dentro) durante uma tempestade, com 14% do total.
O
estudo traz outro resultado bastante interessante, que evidencia que as
circunstâncias em que ocorrem mortes por raios apresentam variações
significativas em diferentes regiões do Brasil. É possível perceber que
características de determinadas regiões ficam evidentes nos percentuais das
circunstâncias de mortes por raios. Por exemplo, a atividade agropecuária
atinge o maior percentual na região sul, que é a região mais tradicional do
país nesta área. Já as regiões norte e nordeste apresentam os percentuais mais
altos para a circunstância dentro de casa, o que provavelmente indica que
muitas casas nesta região são de chão batido, o que as torna muito menos
seguras.
CAUSA
■
Aparelho celular. O percentual de vinte por cento de mortes devido à
circunstância telefone (se refere a telefone com fio ou celular conectado no
carregador) no centro-oeste, que é quase nulo em outras regiões,
■
Campo aberto. O percentual de mortes no
norte em campos de futebol, também alto quando comparado às outras regiões.
Todas
as informações e dados, coletados desde o ano 2000, tem como fonte o ELAT /
INPE, o Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do
Ministério da Saúde, a Defesa Civil, veículos de imprensa e também dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O
Brasil é um dos poucos países que dispõe de um mapeamento detalhado das
circunstâncias das mortes por descargas elétricas atmosféricas, o que pode
contribuir significativamente para aperfeiçoar as regras nacionais de proteção
contra o fenômeno.
Fonte:
ELAT Nº 08- 17/06/2011-Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Vídeo:
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