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quinta-feira, outubro 08, 2009

Voluntários salvam vítima de enxurrada no interior de SP

Uma forte chuva de 20 minutos em São José do Rio Preto, a 430 km de São Paulo, na quarta-feira, 07 de outubro de 2009, inundou as principais avenidas da cidade, arrastou carros e deixou pessoas ilhadas e em desespero; oito delas foram retiradas de dentro dos veículos nas operações de salvamento de voluntários e do Corpo de Bombeiros.

Foi o caso do drama vivido por Gisele Cristina Nunes e Regiane Lima Cardoso, filmado por uma equipe de televisão. Ambas estavam na avenida Alberto Andaló, a principal da cidade, que se transformou em um rio, onde veículos pararam no meio da enxurrada, deixando seus ocupantes apavorados.

■ Gisele encostou sua moto num dos carros, tentando um apoio para não ser arrastada. Um homem amarrado por uma corda ajudado por voluntários tenta resgatá-la, mas a força da água acaba derrubando os dois. A motociclista chega a ficar submersa por cerca de dois minutos. Ela ficou presa sob o carro, conseguiu levantar uma das mãos e acabou sendo salva sem ferimentos graves e levada ao Pronto-Atendimento Central, onde passou por observação e foi liberada com arranhões.
■ No mesmo momento, Regiane Lima Cardoso tentava sair de dentro de um carro, que também estava sendo levado pela força da enxurrada. Outro voluntario ajudou a retirar pela janela do Fiesta Hatch.“Pensei que ia morrer. Foi tudo muito horrível. Graças a Deus estou vida.” Regiane disse que nunca passou por uma situação dessas e que só tinha visto algo semelhante pela televisão.

Meia hora depois da chuva a água baixou e o trânsito voltou ao normal na avenida onde tudo aconteceu.

De acordo com o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, 24 veículos foram arrastados pela correnteza que se formou em vários pontos da cidade. A chuva teve início às 14 horas, pegando a todos de surpresa.

De acordo com o tenente José Luís Ferrari, a rapidez com que a água impediu que os Bombeiros e a PM realizassem um plano de emergência que é colocado em prática quando o tempo fica nublado. "Desta vez, nem a Defesa Civil, nem o radar da Unesp, nada previa essa chuva", disse Farrari.

Fotos do resgate

Fontes: UOL Noticias - 07 de outubro de 2009 - Diário da Região -08 de outubro de 2009

Comentário:
A força das águas pode equivaler à dezenas de quilos, o que para corpos em movimento é a causa principal para a perda de equilíbrio. Para ter uma idéia do peso da água no local, estimando 40 cm o nível da enxurrada, equivale a 400 quilos.
O volume da enxurrada por metro, com declividade de 7%, precipitação de 32 mm, conforme constatado no local pode chegar a 60 litros por metro.
A enxurrada prossegue com maior força nas áreas de declínio do solo, aumentando sua velocidade e como conseqüência arrastando veículos, pessoas, etc.
Recomenda-se em caso de enxurrada, é permanecer no local e aguardar a sua passagem. Caso percebe-se a elevação do nível das águas no local, a melhor solução é procurar ficar nos lugares mais elevados. Em geral a área de passagem de uma enxurrada é sempre de regiões de elevadas para baixas, o que facilita a permanência.

Como dirigir na chuva
Segue algumas dicas para dirigir na chuva:
■ Acenda o farol baixo. Além de melhorar a visão, o veículo de trás poderá se guiar melhor com as luzes vermelhas e evitar uma colisão. Se estiver em movimento, nunca ligue o pisca alerta. Ele só deve ser acionado quando o carro estiver parado.
■ Diminua a velocidade e mantenha uma distância mínima de 8 metros do veículo à sua frente.
■ Não freie bruscamente e nem faça manobras perigosas
■ Quando acionar o pára-brisa. Use-o com o esguichador. Mantenha a velocidade do limpador de pára-brisa no mesmo nível que o volume de água. As palhetas devem ser trocadas uma vez por ano e o reservatório deve sempre ter água mesclada com detergente neutro ou aditivos.
■ Quando os vidros começarem a embaçar, passe um pano limpo por dentro do carro. Jamais use as mãos, pois a gordura natural da pele só piora a situação. Tente deixar os vidros uns dois dedos abertos para criar uma circulação de ar. Ligue o ventilador interno ou o ar-condicionado. O carro deve esfriar por dentro para desembaçar os vidros.
■ Se os vidros já estiverem embaçados, o processo é inverso, Ligue o ar quente.
■ Não pense duas vezes antes de parar o carro no acostamento e esperar a chuva diminuir ou passar. Fonte: G1 - 1 de novembro de 2007

Não atravesse alagamentos
Se o volume das chuvas aumentar e houver alagamento, pode ser o caso de optar por uma pausa antes de seguir em frente. Até metade da altura da roda você consegue ter condições mínimas de dirigibilidade. A partir daí o veículo fica exposto a panes mecânicas. Debaixo da enchente é impossível saber os obstáculos, buracos ou sujeiras que existem no asfalto. Além disso, há a possibilidade do veículo flutuar e ser arrastado pela enxurrada, o que coloca em risco a segurança do motorista e de seus passageiros.

Howstuffworks - Dirigir o carro sob a água

Vídeo:

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posted by ACCA@12:05 PM