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segunda-feira, setembro 07, 2009

Programas para prevenção de perdas em empresas alimentícias

Porque os sistemas proteção não podem impedir os danos aos produtos alimentícios, as empresas de processamento de alimentos devem estabelecer programas de gerenciamento para prevenção de perdas, que teriam graves conseqüências para os seus negócios.
A empresa deve elaborar um programa de prevenção e controle de perdas adequado para empresa. É importante o comprometimento da diretoria da empresa na implantação do programa para atingir o seu objetivo

A importância dos programas de gerenciamento para instalações de processamento de alimentos, incluem;
■ avaliação de riscos
■ plano de emergência
■ manutenção,
■ controle de fumos (cigarros)
■ organização e limpeza (housekeeping)

A avaliação de risco ajuda determinar;
■ como dispor de um sistema de coleta de pó
■ como projetar tubulação e válvulas para líquidos inflamáveis
■ programa de limpeza de fornos
■ onde o equipamento elétrico é exigido para áreas perigosas (equipamento à prova de explosão ou a prova de respingo)

Embora o plano de pré-emergência não preveni perdas, ele é capaz rapidamente recuperar tais perdas, devido às disposições do pleno que serão tomadas diante de um acidente .
O plano de pré-emergência deve levar em conta os turnos de operação, os equipamentos de produção que não podem fabricar outros produtos, equipamentos de difícil reposição e equipamentos de refrigeração.

Incêndio na correia transportadora, no domingo à tarde, 9 de maio de 2003, na indústria de alimentos Riser’s Fine, nos Estados Unidos, causou um prejuízo de US$ 200.000,00. O incêndio ocorreu na área de refrigeração, provocado aparentemente por falha mecânica e causou prejuízos de US$ 50.000,00, no sistema de correia e nas edificações e de US$ 150.00,00 em mercadorias e em equipamentos

Este plano ajuda determinar, quais os equipamentos deverão ter em reserva operacional e quais os sobressalentes (peças em reservas) que devem possuir em estoque e também quais as empresas de assistência técnica possam ser utilizadas na emergência.
A manutenção é importante nos equipamentos, pois reduz o potencial para contaminar ou danificar um produto, em caso de avaria mecânica ou elétrica. A política de proibição ou restrição de cigarro reduz a chance de contaminação do produto.

Fonte: “Food Processing” revista “IRI” Industrial Risk Insurers.

Comentário:

■ Em 30 de abril de 2009, um incêndio de grandes proporções destruiu parcialmente, uma das mais modernas a avançadas indústrias de processamento de leite do país, pertencente à Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos), localizada no município de Pinhalzinho, no oeste de Santa Catarina. Os prejuízos atingem R$ 50 milhões (23 milhões de dólares) e a indústria ficará quatro meses paralisada.
De acordo com comunicado da empresa, o fogo irrompeu às 11h15 da manhã no setor que concentra o principal núcleo de industrialização - fabricação de queijos, sala de fatiamento, câmara de estocagem, concentração de soro, pasteurização e elaboração de requeijão e manteiga, almoxarifado e sala de embalagens - e consumiu totalmente uma área de 6.000 metros quadrados. A área total da planta é de 40.000 metros quadrados. O fogo ultrapassou a 1.000 graus e danificou duramente o ambiente construído com aço, concreto, telhas e paredes térmicas. As chamas se elevaram a 20 metros acima do solo. As instalações físicas e os equipamentos foram completamente destruídos.

Causa provável: curto-circuito

Paralisação
O presidente da empresa informou que a unidade permanecerá paralisada por 120 a 150 dias, quando voltará a funcionar parcialmente. Recuperação total somente em 2010 porque a área destruída levará 12 meses para ser reconstruída e retomar a produção. Ali funcionavam equipamentos importados de última geração que dependem de negociação, aquisição e importação.

■ Um incêndio destruiu, em 16 de novembro de 2006, a fábrica de assados, empanados e cozidos da Sadia em Toledo, no Oeste do Paraná. Cerca de 600 funcionários trabalhavam no local quando o fogo começou. O prédio foi evacuado rapidamente, sem o registro de feridos. O incêndio iniciou por volta das 16h30 e mobilizou a brigada de incêndio da empresa e o Corpo de Bombeiros de Toledo. Foram montadas barreiras para conter as chamas.
A fábrica, inaugurada no ano passado, ficou completamente destruída. O fogo teria começado na linha 6, que entrou em operação há menos de um mês. Tão logo os funcionários viram fumaça foram abertas as portas de emergência e todos os funcionários saíram rapidamente.

Material inflamável
A planta abrigava material altamente inflamável, incluindo plástico, isopor, papelão, óleo utilizado para frituras e tanques de amônia, além de gás utilizado para a refrigeração, que é altamente inflamável e tóxico, caso inalado.

Prejuízo total
A planta atingida representa aproximadamente 1,5% do faturamento total da Sadia. A produção de processados desta unidade era voltada para o mercado externo e interno.
A empresa lamentou a confirmação de perda total da planta, que servia como fábrica modelo, onde foram investidos aproximadamente R$ 150 milhões (82 milhões de dólares).

Reconstrução da fábrica
Em 15 de outubro de 2008, foi inaugurada a nova fábrica. A empresa foi reconstruída, com ampliação de cerca de 30 por cento. A nova fábrica recebeu investimento de R$ 173 milhões (100 milhões de dólares), tem cinco linhas de produção automatizadas.

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posted by ACCA@11:23 AM