Raio mata 21 vacas no Rio Grande do Sul

De acordo com o proprietário, Paulo Mariani, uma tempestade teria atingido a região por volta das 23h de domingo, 16 de agosto de 2009.Foi neste momento, acredita o produtor, que um raio atingiu o local onde estavam as vacas. Os animais estavam próximos a uma cerca elétrica quando foram os atingidos.
Morte excessiva
Segundo o professor de Medicina de Grandes Ruminantes da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, João Batista Souza Borges, é normal alguns animais morrerem por descargas elétricas, mas o número de animais mortos chama a atenção:
O fato é bastante comum, mas a quantidade de animais mortos foi muito grande. O máximo que eu já tinha ouvido falar é de cinco animais mortos por uma mesma descarga elétrica. Segundo João Batista, o raio pode ter atingido um ponto próximo às vacas ou a cerca:. Se o raio atingiu a cerca, ele pode ter caído longe de onde estavam as vacas e a descarga atingiu os animais que estavam perto da cerca, ainda mais se o piso estivesse molhado.
Descarga pode percorrer até 200 metros no solo
Segundo o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Osmar Pinto Júnior, a hipótese mais provável é que, após cair na terra, a descarga se espalhou até atingir o arame – um raio pode percorrer até 200 metros pelo solo. Mesmo que não fosse elétrica, a cerca teria conduzido a descarga por ser de metal. Se um animal ou até mesmo uma pessoa estiver perto de uma cerca que conduz uma descarga elétrica, ela também será atingida. A energia se propaga por alguns metros antes de se dissipar pelo solo, explica Osmar Pinto
Prejuízos
A Granja Santa Clara é um centro de excelência encravado no Alto Jacuí. Com tradição em pecuária leiteira, tem na atividade uma história de 15 anos.
Destinadas à produção leiteira, os exemplares produziam individualmente 35 litros de leite por dia em média. Cada animal valia R$ 3,5 mil (2.000 dólares) em média, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 70 mil (35.000 dólares) ao criador
Fonte: Zero Hora - 17 de agosto de 2009
Comentário:
Podemos agrupar as quedas de um raio em quatro tipos.
Primeiro tipo. Ataque direto
Quando uma pessoa ou alguma coisa que ela está segurando é atingida, é um ataque direto. A corrente do raio entra pela cabeça ou pela parte superior do tronco passando através do corpo para o chão através dos pés.
Se várias pessoas estão de pé muito juntas mais de uma pode ser atingida. Segundo cálculos feitos, a corrente sobe rapidamente até um pico de 1.000 A (ampéres), caindo imediatamente e, cerca de 10 microssegundos do começo, alcança 4A, conservando‑se esse valor pela duração da descarga.
A ocorrência de uma centelha externa amplamente evidenciada, é confirmada nos relatos do acidente. Se ela ocorre fora do corpo ou através ou na parte externa da roupa, o cabelo e a barba podem ficar chamuscados.
Pode haver marcas de queimaduras na sola dos pés e também nas roupas, e estas podem incendiar-se. Metais sobre o corpo, podem fundir provocando queimaduras. Se a centelha passa entre a roupa e o corpo, a corrente fluindo sobre a superfície da pele, pode converter o suor e a umidade da pele em vapor e, em conseqüência, a pressão resultante pode arrancar fora e as botas.
Gráfico: Centelha lateral de uma cobertura ondulada de ferro, isolada do chão por uma estrutura de madeira seca. Quando um raio cai nas proximidades, o efeito das capacitâncias elétricas representadas por Cl e C2, é fazer elevar a cobertura a um potencial V2, em relação à terra, igual a VlCl(Cl-C2). A diferença de potencial entre a cobertura e a cabeça do ocupante do abrigo, pode se tornar suficientemente alta para provocar uma centelha sem que o abrigo seja atingido.
É mais claramente compreendida considerando-se o que acontece quando alguém está abrigado sob uma árvore e esta é atingida por um raio.

Gráfico: Centelha lateral do tronco de uma árvore provocada par um raio. Primeiro, a corrente flui através do tronco. A resistência elétrica do tronco, entre a solo e a cabeça de uma pessoa de pé, perto do tronco, pode ser de alguns quiloohms. A formação da corrente através dela, pode descer pela parte inferior do tronco, para exceder a força de ruptura elétrica do ar entre o tronco e a vítima. Nessa etapa ocorre uma centelha lateral.
O terceiro tipo de queda de raio é a voltagem escalonada.
Se o raio cai em chão aberto, seja diretamente ou através de um objeto alto, como uma árvore ou um poste, a corrente é descarregada na massa da terra.
Num solo acidentado, a distribuição da corrente produz diferentes voltagens de acordo com a distancia do local da queda. Uma pessoa ou um animal andando ao longo de um raio do ponto da queda, sofrerá uma diferença de potencial entre
as pernas.
Se o raio cai em chão aberto, seja diretamente ou através de um objeto alto, como uma árvore ou um poste, a corrente é descarregada na massa da terra.
Num solo acidentado, a distribuição da corrente produz diferentes voltagens de acordo com a distancia do local da queda. Uma pessoa ou um animal andando ao longo de um raio do ponto da queda, sofrerá uma diferença de potencial entre

Gráfico: Tipo comum de corrente (a) num solo uniformemente constituído, originada por um raio caindo em campo aberto. A curva da distribuição do potencial (b) mostra como uma voltagem "escalonada" se desenvolve entre as pernas de um homem ou de um animal de pé nas vizinhanças
O quadrúpede tem mais probabilidades de morrer disso, do que os humanos, porque a corrente, fluindo entre as pernas dianteiras e traseiras, atravessa o coração, enquanto que no homem, a passagem e de uma perna para outra e o coração escapa.
O quadrúpede tem mais probabilidades de morrer disso, do que os humanos, porque a corrente, fluindo entre as pernas dianteiras e traseiras, atravessa o coração, enquanto que no homem, a passagem e de uma perna para outra e o coração escapa.
O quarto tipo de queda é o da voltagem de contacto, chamado também às vezes, de potencial de toque.
Pode ser considerado como um caso particular de centelha lateral, no qual a vítima, no momento em que o raio cai, faz realmente contacto. numa experiência pessoal.
Fonte: W. R. Lee - Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE)
Pode ser considerado como um caso particular de centelha lateral, no qual a vítima, no momento em que o raio cai, faz realmente contacto. numa experiência pessoal.
Fonte: W. R. Lee - Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE)

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