Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

sábado, junho 21, 2008

Trabalhando perigosamente


Olhando a foto, o que podemos imaginar o que se passa na mente do trabalhador, numa situação potencialmente perigosa? Deve ser um novo tipo de trabalhador, utilizando o método de esporte radical, como um novo tipo de trabalho radical, com muita adrenalina.

Há casos, além da falta de equipamentos de proteção individual (EPI), condições inadequadas de trabalho, falta respeito ou valor à vida, pois ele deveria pensar; não posso, não devo entrar na zona de risco, mas no íntimo, o diabinho diz; entra, tem muita adrenalina. Isto lembra a história de um trabalhador que foi fazer um serviço no “Paraíso”. No “Paraíso” só entra com muito treinamento de segurança, equipamentos de segurança individual, muita consciência de segurança. O trabalhador achou muito burocrático esses procedimentos para fazer um simples serviço. Ele preferiu trabalhar no “Inferno”, onde tinha muito público para isso, muita desorganização, muita adrenalina, muita disputa para ultrapassar o limite de segurança, enfim, trabalho radical. Essa é a situação de alguns trabalhadores, que apreciam o trabalho radical, sempre trabalhando nas condições ótimas de um acidente, como se diz; nas condições em que o diabo gosta.
Interessante é que o trabalhador com a sua lógica humana, consciência, memória, etc. aprecia ultrapassar o seu limite de segurança ou não ativar a sua percepção de risco, enquanto isso, o animal quando vê em confronto com uma situação perigosamente desfavorável foge.

Esse é o cenário do filme brasileiro chamado “Trabalho”, os atores são quase os mesmos (governo, empresa, empregado, sindicato), o enredo é sempre atualizado (normas) e o resultado é sempre o mesmo, acidentes e fatalidades. O Brasil está sempre fazendo do filme “Trabalho”, um remake.

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posted by ACCA@8:28 AM