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sexta-feira, novembro 07, 2025

TUFÃO KALMAEGI DEIXA UM RASTRO DE DESTRUIÇÃO NAS FILIPINAS

 Em 2 de novembro de 2025, o ciclone tropical Kalmaegi  tocou o solo na Filipinas como uma tempestade tropical e rapidamente se intensificou para um tufão enquanto se deslocava para oeste através das Visayas. O ciclone tropical atingiu a costa diversas vezes – primeiro em Silago, Leyte do Sul, seguido por Borbon, Cebu, Sagay City, Negros Ocidental, Iloilo City e El Nido, Palawan – trazendo chuvas torrenciais, ventos destrutivos e inundações generalizadas em grande parte do país. O tufão saiu da Filipinas em 6 de novembro de 2025, mantendo sua força como tufão.

ATÉ 7 DE NOVEMBRO, ESTIMA-SE QUE;

 2,4 milhões de pessoas (680.431 famílias) foram afetadas em oito regiões. Destas, 302.008 pessoas (83.139 famílias) estão atualmente em 2.936 centros de evacuação, enquanto 75.325 pessoas (22.184 famílias) estão temporariamente abrigadas com parentes ou amigos.

MORTES E FERIDOS

O Conselho Nacional de Redução e Gestão de Riscos de Desastres (NDRRMC) registrou 153 mortes, 135 feridos e 86 desaparecidos, principalmente nas Regiões 6 (Visayas Ocidental), 7 (Visayas Central) e 8 (Visayas Oriental), devido a graves inundações e deslizamentos de terra.

IMPACTO E ÁREAS AFETADAS

As chuvas fortes a intensas causaram inundações em pelo menos 41 municípios e deslizamentos de terra em várias províncias. Mais de 12.600 casas foram danificadas (487 totalmente e 12.190 parcialmente).

As províncias de Cebu, Ilhas Dinagat, Leyte e Surigao del Norte estão entre as mais afetadas. Cebu registrou 111 mortes e mais de 87.000 famílias desabrigadas ainda em locais de evacuação após inundações urbanas generalizadas.

Nas Ilhas Dinagat, aproximadamente 36% da população foi deslocada, com danos significativos à infraestrutura e interrupções no fornecimento de água, saneamento e higiene Leyte e Biliran sofreram extensas inundações, contaminação da água e consequentes alertas de saúde devido ao saneamento precário e à água parada.

DANOS A INFRAESTRUTURA

Estimativas preliminares indicam danos à infraestrutura, perdas agrícolas afetando mais de 600 agricultores e pescadores e mais de 460 hectares de terras cultiváveis.

AS INSTALAÇÕES EDUCACIONAIS TAMBÉM SOFRERAM GRANDES DANOS.

Em cinco regiões, cerca de 1,9 milhão de alunos e 79 mil funcionários da educação foram afetados, com 3.478 escolas públicas relatando suspensão de aulas. Pelo menos 412 escolas em sete regiões foram convertidas em centros de evacuação, abrigando temporariamente famílias desabrigadas.

Uma avaliação rápida dos danos identificou 1.975 salas de aula com danos leves, 737 com danos graves e 548 totalmente destruídas.  

INTERRUPÇÕES NOS SERVIÇOS ESSENCIAIS

A tempestade causou graves interrupções nos serviços essenciais, deixando muitas áreas sem energia elétrica, água e comunicações, enquanto os centros de evacuação superlotados e os ambientes contaminados pelas enchentes continuam a aumentar os riscos à saúde e à segurança das populações afetadas.

 O Kalmaegi atingiu as Filipinas em um momento de fragilidade. O país lida com uma sucessão de desastres naturais nos últimos meses, entre eles, terremotos e tempestades. Em setembro, o supertufão Ragasa atingiu o norte de Luzon, provocando rajadas de ventos, chuvas torrenciais e a suspensão de atividades governamentais e escolares.


SITUAÇÃO NO VIETNÃ

Pelo menos cinco pessoas morreram no Vietnã depois que o tufão Kalmaegi atingiu regiões costeiras com ventos destrutivos e chuvas intensas, disseram autoridades nesta sexta-feira (7), após a passagem da tempestade pelas Filipinas.

 O tufão tocou o solo na noite de quinta-feira na costa central vietnamita —já devastada pela tempestade e de onde milhares de pessoas haviam fugido—, arrancando árvores, danificando casas e provocando blecautes, antes de enfraquecer ao avançar para o interior.

DANOS MATERIAIS

As autoridades locais ainda avaliavam os danos na manhã de sexta-feira, mas o governo informou que pelo menos cinco pessoas morreram e 57 casas foram destruídas em Gia Lai e na região vizinha de Dak Lak.

No país, cerca de 2.800 residências sofreram danos, e 11 embarcações afundaram, segundo as autoridades.

A empresa estatal de energia elétrica informou que 1,6 milhão de pessoas ficaram sem eletricidade quando o tufão atingiu a costa central, mas um terço do serviço foi restabelecido até a manhã de sexta-feira.

O governo mobilizou 268 mil soldados para operações de busca e resgate e emitiu alertas sobre possíveis inundações que poderiam afetar as chamadas Terras Altas Centrais —principal região produtora de café do país—, embora comerciantes tenham relatado que as plantações permaneceram intactas.

O tufão perdeu força ao avançar pelo interior, mas ainda são previstas chuvas fortes para grande parte da costa central, segundo o serviço meteorológico nacional.

O fenômeno atingiu o Vietnã enquanto o país se recuperava de uma semana de inundações e chuvas recordes que já haviam deixado 47 mortos.

O país asiático está localizado em uma das regiões tropicais mais ativas do planeta em termos de ciclones e registra, em média, dez tufões ou grandes tempestades por ano. O Kalmaegi, porém, foi o 13º de 2025, refletindo uma temporada mais intensa que o habitual. 

Fontes: OCHA  Posted 7 Nov 2025; Folha de São Paulo - 7.nov.2025 

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posted by ACCA@4:25 PM