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quinta-feira, julho 15, 2010

Inundação na Usina de Álcool Laginha

Na usina Laginha, no município de União dos Palmares (AL), os prejuízos também foram muito grandes. O rio subiu mais de dez metros e arrasou a estrutura da usina.
Cortada pelo rio Mundaú, a parte industrial, administrativa e até a vila de moradores que fica no entorno da unidade foi devastada. A água atingiu seis metros dentro da Usina.

DANOS
Grande estrago na indústria e nos imóveis da empresa. “A área administrativa, industrial, balança, destilaria, moenda, casa de máquina, escritórios, laboratórios e documentos foram totalmente destruídos pela força da água, já que estamos ao lado do rio Mandaú que subiu mais de 5 metros com velocidade de tsunami”, explica Francisco Celestino, superintendente agrícola do Grupo João Lyra. A lama invadiu os laboratórios e todas as dependências.
Na unidade, a água arrastou cinco tanques de 5 mil m³/cada, dos seis existentes na unidade e mais de 180 toneladas de ferro estão encalhados no leito do rio, onde foram arrastados até 20 km de distância. Algumas plantações das áreas de várzea também sofreram prejuízos.

PERÍODO DE SAFRA
Faltando dois meses para entrar o período de safra, Gilberto Peres, superintendente da Laginha, falou em superação, para que a unidade industrial volte a funcionar. “Não temos hoje uma previsão de quando isso irá ocorrer, mas estamos trabalhando para que tal fato se realize, pois a Laginha é a responsável pela movimentação da economia nessa região”.
Na entressafra, a Laginha emprega mais de 1.700 trabalhadores. Esse número triplica no período de moagem. A produção diária de etanol é de cerca de 750 mil litros.

PREJUÍZOS - ESTIMATIVAS
As estimativas parciais projetam prejuízos de R$ 50 milhões ( trinta milhões de dólares). Salvamos muitas coisas, mas perdemos 40% a 50%, disse Gilberto Peres.

Fonte: Jornal Cana - 24 de Junho de 2010

Vídeo:


Vídeo(1):


Comentário:
A empresa escolheu uma área extremamente favorável a inundação para instalação da usina, as margens do rio. Ela poderia ter minimizado instalando a usina mais distante da margem do rio, aproveitando um pouco a declividade do terreno (foto 3). Outras grandes enchentes na região do rio Mundaú ocorreram em 1969, 1987, 1988 e 2000. Dificilmente a usina estará pronta para o período de processamento da safra de cana (daqui dois meses).

No caso de inundação, a água contaminada provoca danos corrosivos em máquinas e em equipamentos elétricos que ficaram imersos. A fim minimizar os danos da corrosão, é necessário que se faça imediatamente à ação preventiva (manutenção e limpeza) dos equipamentos e máquinas afetadas.
Os elementos mais comuns causadores de oxidação e corrosão para os equipamentos expostos são a água e o oxigênio.
Os principais danos provocados pela inundação:
■ motores, os geradores, os controladores, os acionadores de partida, os painéis de distribuição de ligações, etc
■ motores a diesel, as engrenagens de redução, máquinas girantes, sistema hidráulico, etc
■ matéria prima e mercadoria (dependendo do tipo, perda total)
O processo de ação preventiva (limpeza e manutenção) deve ser imediato para reduzir as perdas devido à exposição a sais ácidos ou da água contaminada dos metais e/ou dos equipamentos elétricos.

Medidas de Segurança
O desastre natural, diferente do incêndio é impossível de evitá-lo previamente. Portanto, quanto à medida é essencial minimizar os danos e mesmo havendo danos, restaurar o mais rápido possível.
O comitê de segurança (responsável pela elaboração de normas relacionadas a segurança e sua execução), deve preparar as normas de medidas de segurança, com relação a desastres naturais (vendaval e inundação) e manual de procedimentos dos funcionários.
Nos manuais devem ter regras como se preparar caso haja a possibilidade de ocorrência de vendaval, tromba d'água, inundação, etc.
Por outro lado é essencial diminuir o tempo de paralisação de operação e minimizar o prejuízo, deixando em alerta os funcionários, encarregados da execução do plano de restauração de operação após o desastre e mantendo o material necessário para emergência (bomba de sucção, lonas plásticas, materiais utilizados na secagem de equipamentos).

COMO É IMPORTANTE ANALISAR Os RISCOS DA NATUREZA ANTES DA INSTALAÇÃO DE INDÚSTRIA EM ÁREA FAVORÁVEL.
Medidas essenciais para análise: (se possível, usar observações e registros dos últimos 20 anos.) tais como; medições e levantamentos de dados no local da obra

1. CONDIÇÕES CLIMÁTICAS NA REGIÃO
1. 1. Como é classificado o clima na região?
Quais as temperaturas máxima e mínima atual e quais as médias das máximas e mínimas? Temperatura média compensada?; Qual o mês mais quente e o mais frio?; Quais as condições extremas de umidade relativa do ar, para quais temperaturas e ocorrendo em que meses? Qual a média de horas diárias de insolação no inverno? (influi nos projetos de arquitetura e de iluminação artificial natural); A que horas nasce e se põe o sol nos dias mais curto e mais longo do ano? Qual a média de horas diárias de insolação no verão?
1. 2. Como se define o regime anual de chuvas no local?
Quais as precipitações máximas já registradas em 24 horas e no intervalo de 1 hora? ; Qual a precipitação e a repartição anual das chuvas? Qual a média de dias chuvosos no ano? É freqüente a queda de granizo
1. 3. A região está sujeita a inundações?
1.4 A região está sujeita a ventos fortes?
Qual o regime dos ventos no local? Qual a direção dominante e a velocidade máxima dos ventos no local? Há regime diário de ventos?; Quais seus horários e direções habituais?; Há ventos periódicos durante o ano? ; Há ocorrência vendavais?

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posted by ACCA@2:20 PM

1 Comments:

At 5:12 PM, Blogger Unknown said...

Quem digitou isso? Muitos erros de português.

 

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