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domingo, outubro 06, 2019

Jovem de 22 anos morre após explosão de churrasqueira no interior de SP

O que era para ser um domingo de festa acabou em desespero para a família de NSM. A jovem, de 22 anos, morreu na manhã de segunda-feira, após ter 98% do corpo queimado em um acidente no domingo, (15/09)  com a churrasqueira em sua casa em Vera Cruz, a 439 km de São Paulo.

Segundo testemunhas, ela auxiliava o marido,  utilizando álcool para acender a churrasqueira, quando houve uma explosão. Wellington teve queimaduras em 35% do corpo e está internado na Santa Casa de Marília (SP). O hospital não divulgou o estado de saúde da vítima.

Amigos relataram à polícia que o casal recepcionava os amigos para um churrasco no sábado. De madrugada, o casal foi reacender a churrasqueira e ocorreu o acidente. A churrasqueira utilizada era do tipo portátil, que é montada cada vez que é usada.

O Corpo de Bombeiros de Marília alertou que a recomendação é nunca utilizar líquidos inflamáveis para acender a churrasqueira, como álcool ou gasolina. "Estes líquidos são voláteis e liberam vapores que tendem a se concentrar e no momento em que entram em contato com a faísca ou o fósforo podem vir a explodir", afirmou a corporação. Fonte: UOL-17/09/2019

Comentário:

ACENDER A CHURRASQUEIRA,
De acordo com Corpo de Bombeiros, uma das principais recomendações é nunca utilizar líquidos inflamáveis para acender a churrasqueira, como álcool inflamável ou gasolina. Estes líquidos são voláteis e liberam vapores combustíveis que tendem a se concentrar e no momento em que entram em contato com a faísca ou o fósforo podem vir a explodir, causando queimaduras.
Outra orientação é não jogar líquidos quando o fogo já está aceso. Muitas vezes, as pessoas jogam estas substâncias para alimentar as chamas, mas também há riscos de explosões. 

QUEIMADURAS
As queimaduras são consideradas, um importante problema de saúde pública, pois além dos problemas físicos, capazes de levar o paciente a óbito, elas ocasionam danos de ordem psicológica e social.

Entende-se por queimaduras, lesões dos tecidos orgânicos produzidas por trauma de origem térmica e por várias outras etiologias como radiações, química e congeladuras. O que vai influenciar na gravidade do ferimento é a profundidade da queimadura, ou seja, o número de camadas da pele e do tecido subjacente, ou outras estruturas abaixo da pele, que foram atingidos.

Avalia-se que no Brasil acontecem em torno de 1.000.000 de incidentes por queimaduras ao ano, sendo que 100.000 pacientes buscaram atendimento hospitalar e, destes, cerca de 2.500 pacientes irão a óbito direta ou indiretamente em função de suas lesões.

A queimadura é o ambiente ideal para a instauração de uma infecção, como consequência do cometimento da pele, que é o órgão primordial para a defesa do organismo da entrada de germes. A infecção associa-se com diversos fatores de risco, principalmente relacionados com o agente infeccioso em si, como a sua capacidade de replicação, virulência e resistência às barreiras de defesa naturais ou mesmo às terapias antimicrobianas, assim como a fatores relacionados com o hóspede em decorrência da sua idade, extensão e profundidade da queimadura, estado nutricional e doenças associadas, entre outros.

O paciente grande queimado é mais suscetível a infecções, em decorrência de imunossupressão e perda de cobertura cutânea. Além disso, as internações prolongadas associadas às medidas invasivas, como ventilação mecânica, cateterização vascular e vesical, expõem ainda mais esses pacientes a infecções nosocomiais.

Os avanços da saúde no tratamento de queimados têm melhorado a qualidade de vida das vítimas de queimaduras, mas as complicações infecciosas continuam sendo um obstáculo a ser superado. A infecção é uma das mais frequentes e graves complicações no paciente queimado.
Fonte: Ministério da Saúde - 04 de Julho de 2017

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posted by ACCA@3:58 PM