Cilindro de gás explode e destrói carro e posto de combustível
Um cilindro de gás veicular explodiu e destruiu um veículo e parte da estrutura de um posto de combustível na Avenida Sargento Hermío, em Fortaleza, na tarde de segunda-feira, 26 de dezembro de 2016.
TESTEMUNHAS
Segundo relatos dos funcionários do posto, ninguém estava
próximo do local da explosão. "Eu estava do lado do veículo quando ele
estava sendo abastecido. Deu um vontade de ir ao banheiro e, assim que cheguei
lá, ouvi a explosão", conta o dono do veículo destruído, taxista José
Roberto dos Santos, de 40 anos.
CORPO DE BOMBEIROS
O Corpo de Bombeiros chegou ao local cerca de 15 minutos
após explosão e isolou a área. Eles verificam se há risco de novos incidentes
no local.
VÍTIMAS
De acordo com o Corpo de Bombeiros, não há relatos de
feridos ou mortos.
DANOS MATERIAIS
A força do impacto danificou veículos a cerca de 30 metros
do local onde a bomba estava instalada, e estilhaços do cilindro de gás foram
arremessados a mais de 50 metros, segundo o Corpo de Bombeiros.
CILINDRO DE GÁS VOA E FICA PRESO NA PAREDE
O cilindro de gás do carro que estava sendo abastecido no
momento da explosão foi arremessado e
ficou encravado na parede do estabelecimento
PERÍCIA
A causa do acidente deve ser confirmada apenas após perícia
e divulgação do laudo pericial.
LAUDO FORENSE
O uso proibido de solda no cilindro de Gás Natural Veicular
(GNV) do táxi foi o que causou a
explosão. Essa foi a conclusão apresentada pela Perícia Forense do Ceará
(Pefoce). O dono do veículo e o proprietário da empresa que realizou a solda
foram indiciados pela Polícia Civil.
Danos materiais
Houve, porém, danos materiais. O táxi, modelo Toyota
Corolla, que havia sido comprado há três semanas, teve a traseira completamente
destruída. A estrutura do posto e outros dois carros também foram danificados.
O relatório final da análise, que apontou o problema no cilindro do veículo,
foi apresentado pelo perito criminal Lauro Ferreira, supervisor do Núcleo de
Perícia em Engenharia, e responsável pelo caso.
Solda indevida
“Esses cilindros não podem ter solda, porque são submetidos
a altíssimas pressões. Detectamos que ele tinha uma solda, e foi exatamente no
local onde ele se rompeu”, assegurou Ferreira. O perito contou que o material
também foi analisado por técnicos do Laboratório de Caracterização de Materiais
(Lacam) da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Um microscópio de micro‑varredura eletrônica identificou a
existência de ferro, silício e enxofre na parte externa do cilindro, que
deveria ser composto somente de cromo, níquel e ferro, como na parte interna.
“O uso da solda superaquece o material próximo a ela. Essas zonas ficam
sujeitas a trincas, que se propagam rapidamente quando submetidas a altas
pressões. Se não fosse soldado, não explodiria. Ele se romperia e deixaria o
gás escapar. Mesmo assim, seria necessário quase cinco vezes a pressão usada
nos postos para que isso acontecesse”, detalhou.
Indiciamento
Conforme o delegado Wagner Diniz Leite, titular do 1º
Distrito Policial, o proprietário da empresa MV Autos, Franciso Gilmar Fontes
Filho, onde a solda proibida foi efetuada, bem como o taxista José Roberto,
foram indiciados pelo crime de dano por meio de explosão, cuja pena varia entre
1 e 5 anos de reclusão. Os documentos do veículo também não constava a
permissão para uso do GNV. Fontes: Do G1 CE-26/12/2016 O Povo - 21/03/2017
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