Incêndio em hospital na zona oeste do Rio de Janeiro
As chamas surgiram por volta das 15h quando 54 pacientes
estavam internados no CER (Coordenação de Emergência Regional da Barra), que
compõe o complexo hospitalar municipal Lourenço Jorge, localizado no bairro da
Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
A CER funciona como setor de triagem. Casos menos complexos
de emergência são atendidos no local, enquanto casos traumáticos ou que
necessitam de cirurgia são encaminhados para a unidade principal do hospital.
REMOÇÃO DE PACIENTES
Funcionários do CER conseguiram remover do local todos os
pacientes que estavam internados no primeiro andar do prédio.
MORTES DURANTE A TRANSFERÊNCIA DE PACIENTES
Três pacientes morreram
pela gravidade de seus quadros clínicos, pois houve desligamento dos aparelhos
para a transferência e não resistiram ao transporte, disse a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de
Janeiro. Em 04 de novembro, morre a
quarta vítima após transferência.
CONTROLE DO FOGO
Por volta das 18h10, os bombeiros já tinham controlado as
chamas e dado início às operações de rescaldo. O fogo, segundo o Corpo de
Bombeiros, destruiu por completo o segundo andar, mas não causou danos aos
demais andares do edifício.
CAUSA PROVÁVEL
As chamas começaram no segundo andar da coordenação de
emergência, onde fica o refeitório e o dormitório para funcionários. Fonte: UOL Notícias- 03/11/2018
Comentário:
A ocorrência de um incêndio em uma edificação destinada à
atenção à saúde coloca em risco a saúde de todos os seus ocupantes. Em
especial, coloca em severo risco a saúde dos pacientes que encontram-se
fragilizados.
A população diferenciada, composta significativamente por
pessoas em tratamento médico, com mobilidade parcial ou incapazes de se
locomover por vontade própria, dificultam o rápido abandono do local. E, em
alguns casos, a remoção do paciente poderá comprometer a sua vida tanto quanto
a sua permanência no local.
A grande quantidade de material combustível presente em um
hospital, os gases medicinais, caldeiras, geradores, abrigo de resíduos da
saúde, instalações para os diversos equipamentos médicos, potencializam os riscos de
incêndio.
A evacuação necessita de um grande número de pessoas
treinadas que, devem correr às Enfermarias, UTIs, Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico
e Berçários, no intuito de auxiliar o transporte de pacientes que não têm
capacidade de abandonar o prédio por si sós, ou a capacidade de perceber o
perigo da situação. Fonte: Agencia Nacional de Vigilância Sanitária –
Segurança contra Incêndios em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde
Os estabelecimentos de saúde estão preparados para enfrentar
desastres internos?
Recomendações para o desenvolvimento do projeto de segurança
e prevenção de incêndios e desastres ;
■Definir áreas críticas do Hospital, áreas de escape,
conhecer os riscos;
■Conhecer Planos de Emergência e de Abandono, e desenvolver
de acordo com a sua instituição;
■Estar pronto para uma resposta imediata, ou seja, realizar
simulados ;
■Para onde levar os pacientes removidos em uma crise? Fazer
parcerias com outros hospitais é essencial;
■Ter contato e motivar a participação do Corpo de Bombeiros
em simulados, fazendo com que conheçam a estrutura da instituição;
■O comitê executivo e o setor de relações públicas do
hospital : quem vai falar com a imprensa, e com os familiares, como falar?
Estas questões devem estar definidas e prontas para serem postas em prática,
anteriormente testadas em simulados;
■A diretoria tem que estar presente na hora do desastre, tem
que ser treinada e capacitada;
■ Após qualquer simulado, sempre realizar um briefing, para
conversar e verificar erros e melhorias.
Fonte: Dov Smaletz, Gestor de Segurança Patrimonial do
hospital Albert Einstein
Marcadores: incêndio

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