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terça-feira, dezembro 04, 2018

Incêndio em hospital na zona oeste do Rio de Janeiro

As chamas surgiram por volta das 15h quando 54 pacientes estavam internados no CER (Coordenação de Emergência Regional da Barra), que compõe o complexo hospitalar municipal Lourenço Jorge, localizado no bairro da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
A CER funciona como setor de triagem. Casos menos complexos de emergência são atendidos no local, enquanto casos traumáticos ou que necessitam de cirurgia são encaminhados para a unidade principal do hospital.

REMOÇÃO DE PACIENTES
Funcionários do CER conseguiram remover do local todos os pacientes que estavam internados no primeiro andar do prédio.  

MORTES DURANTE A TRANSFERÊNCIA DE PACIENTES
Três  pacientes morreram pela gravidade de seus quadros clínicos, pois houve desligamento dos aparelhos para a transferência e não  resistiram  ao transporte, disse  a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Em 04 de novembro, morre  a quarta vítima após transferência.

CONTROLE DO FOGO
Por volta das 18h10, os bombeiros já tinham controlado as chamas e dado início às operações de rescaldo. O fogo, segundo o Corpo de Bombeiros, destruiu por completo o segundo andar, mas não causou danos aos demais andares do edifício.

CAUSA PROVÁVEL
As chamas começaram no segundo andar da coordenação de emergência, onde fica o refeitório e o dormitório para funcionários. Fonte: UOL Notícias- 03/11/2018

Comentário:
A ocorrência de um incêndio em uma edificação destinada à atenção à saúde coloca em risco a saúde de todos os seus ocupantes. Em especial, coloca em severo risco a saúde dos pacientes que encontram-se fragilizados.
A população diferenciada, composta significativamente por pessoas em tratamento médico, com mobilidade parcial ou incapazes de se locomover por vontade própria, dificultam o rápido abandono do local. E, em alguns casos, a remoção do paciente poderá comprometer a sua vida tanto quanto a sua permanência no local.
A grande quantidade de material combustível presente em um hospital, os gases medicinais, caldeiras, geradores, abrigo de resíduos da saúde, instalações para os diversos equipamentos médicos, potencializam os riscos de incêndio.
A evacuação necessita de um grande número de pessoas treinadas que, devem correr às Enfermarias, UTIs, Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico e Berçários, no intuito de auxiliar o transporte de pacientes que não têm capacidade de abandonar o prédio por si sós, ou a capacidade de perceber o perigo da situação. Fonte: Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – Segurança contra Incêndios em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde

Os estabelecimentos de saúde estão preparados para enfrentar desastres internos?
Recomendações para o desenvolvimento do projeto de segurança e prevenção de incêndios e desastres ;
■Definir áreas críticas do Hospital, áreas de escape, conhecer os riscos;
■Conhecer Planos de Emergência e de Abandono, e desenvolver de acordo com a sua instituição;
■Estar pronto para uma resposta imediata, ou seja, realizar simulados ;
■Para onde levar os pacientes removidos em uma crise? Fazer parcerias com outros hospitais é essencial;
■Ter contato e motivar a participação do Corpo de Bombeiros em simulados, fazendo com que conheçam a estrutura da instituição;
■O comitê executivo e o setor de relações públicas do hospital : quem vai falar com a imprensa, e com os familiares, como falar? Estas questões devem estar definidas e prontas para serem postas em prática, anteriormente testadas em simulados;
■A diretoria tem que estar presente na hora do desastre, tem que ser treinada e capacitada;
■ Após qualquer simulado, sempre realizar um briefing, para conversar e verificar erros e melhorias.

Fonte: Dov Smaletz, Gestor de Segurança Patrimonial do hospital Albert Einstein

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