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terça-feira, dezembro 26, 2017

Incêndio em cabine de pintura

No dia 12 de Agosto de 2001, quando a cabine de pintura estava paralisada para a manutenção anual, um técnico trabalhava sozinho dentro do poço da cortina de água de uma linha de pintura. A autorização de trabalhos a quente foi concedida de acordo com os procedimentos, mas inicialmente tinha sido rejeitada, uma vez que o setor prevenção tinha exigido uma limpeza suplementar antes de autorizar os trabalhos. Cerca das 17 horas, um incêndio deflagra ao nível do poço.

COMBATE AO FOGO
A brigada de incêndio de primeira e segunda intervenção age com muita rapidez, com o auxílio dos equipamentos de combate a incêndios e conseguem impedir a propagação do incêndio  direção a outra cabine de pintura . Durante este período, foi ativado o sistema de sprinklers no interior da cabine e, em seguida, ao nível dos canais de escoamento e da estrutura do telhado.
Os bombeiros chegam ao local 25 minutos após o início do incêndio e atacam o incêndio com a ajuda de canhões de espuma.
Cerca das 18 horas, o chefe da oficina de diluição começa a fechar uma a uma as 13 bombas de circulação e distribuição das tintas e dos solventes. O incêndio é dominado por volta das 19 horas.

BALANÇO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO UTILIZADO
■Foram ativados 84 cabeças de sprinklers e consumiu 1.000 m3 de água durante 2 horas.
■600 à 800 m3 de água foram lançados pelas mangueiras e pelos canhões monitores.

O QUE PROVOCOU O SINISTRO:
A hipótese mais provável para a causa deste incêndio foi à ignição de líquidos inflamáveis em contato com uma fonte quente, devido ao acúmulo de tintas na tubulação do sistema de distribuição de tintas e solventes.

O QUE AGRAVOU O SINISTRO:
Ausência de sistema de circuito fechado entre os sprinklers e o fechamento das válvulas de circulação e distribuição de tintas e solventes.
Alimentação contínua do fogo pela válvula de circulação, durante mais de uma hora.

O QUE LIMITOU O SINISTRO:
Intervenção rápida da briga de incêndio,  impedindo deste modo à propagação do fogo a outras cabines.
Bom funcionamento dos sprinklers, apesar de terem sido ativados em quantidade excessiva, limitando a eficácia da pulverização.
Após o incêndio, a instalação de postos de aplicação manual de pintura e a realização de trabalhos de recuperação permitiram retomar o funcionamento com toda a capacidade prevista, evitando assim a perda de produção.

PREJUÍZOS
Danos diretos : Destruição da cabina e das máquinas.  US$ 3.00.000,00
Encargos suplementares : 640.000 dólares

COMENTÁRIOS E RECOMENDAÇÕES:
Este tipo de sinistro só vem colocar mais uma vez em evidência o perigo dos líquidos inflamáveis em presença de fontes de ignição associadas aos trabalhos de manutenção.Neste caso particular, em caso de se gerar um incêndio, é indispensável desativar o mais rapidamente possível todo o sistema de distribuição de líquidos. Esta desativação deve ser simultaneamente manual e automática.

DESLIGAMENTO MANUAL
Desligamento manual através de um dispositivo de emergência próximo da cabine. É conveniente nomear um responsável no local e que esteja autorizado a fazer este desligamento. Além disso, deve verificar periodicamente os conhecimentos do pessoal qualificado relativamente a estes pontos de desativação.

DESLIGAMENTO AUTOMÁTICO
Sistema de intertravamento automático através de um sistema de circuito fechado entre a ativação do sistema de sprinklers e o fechamento das válvulas de circulação e distribuição de tintas e solventes. Além disso, deveria ser também implementado um sistema de circuito fechado entre as tubulações de fluxo de tintas e solventes e  o fechamento das válvulas de circulação. Fonte: Fonte: Allianz – 2001

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posted by ACCA@9:00 AM