Crise de água: A importância das matas ciliares
As matas ciliares funcionam como um filtro natural. Seguram
a terra, os agroquímicos e adubos que, na sua ausência, acabam nos mananciais.
Essas matas também funcionam como grandes “esponjas” que absorvem a água quando
chove e vão soltando-a lentamente nos mananciais durante vários dias. Parte
dessa água retida vai para o lençol freático que abastece as nascentes, bicas e
poços. A água precisa de tempo para penetrar no chão e chegar no lençol freático.
Sem a mata ciliar, a água corre por cima da terra em grande velocidade e chega
rapidamente ao rio, causando as enxurradas e enchentes.
1-As arvores perto dos rios funcionam como uma esponja, captando água da chuva e liberando-a aos poucos no lençol freático e nos próprios mananciais. A mata ciliar também faz a função de filtro, impedindo que terra e agrotóxicos sejam depositados nos rios.
2-Sem a mata ciliar, a água da chuva corre rapidamente para os rios, provocando enchentes. Além disso, sem a presença da vegetação, a chuva também carrega terra para os mananciais causando assoreamento e diminuindo a quantidade de água que passa pelo rio.
IMPORTÂNCIA DA VEGETAÇÃO
A vegetação exerce uma marcada influência sobre a redistribuição das precipitações pluviais. Toda modificação de uma cobertura florestal
decorrente da intervenção do homem ou conseqüência de seu desenvolvimento
natural, afeta a quantidade de água que chega ao solo e sua reserva.
A atuação da cobertura florestal no ciclo hidrológico é condicionada
pelo retardamento da movimentação da água em direção aos cursos de água por
meio de processos;
■ de interceptação, que permitem a reciclagem de água pela atmosfera,
■ retenção por parte do solo,
■ absorção,
■ transpiração e percolação.
Do total de água da chuva que chega a um bosque, a parte que
é retida pelas folhas, ramos e troncos das árvores é devolvida à atmosfera por
evaporação. Assim, a presença de uma cobertura florestal pode,
significativamente, alterar o modelo de entrada de água para a superfície do
solo.
A interceptação poderá causar uma diminuição no total de
água de chuva que atinge o solo e conseqüentemente uma redução no escoamento
superficial, permitindo que uma grande parte da água que chega ao piso
florestal seja retida e infiltrada. Quando ocorre qualquer modificação nas
características da cobertura do solo, além das alterações nas variáveis do
balanço energético, verifica-se mudanças na dinâmica do escoamento, com
conseqüências direta no processo evaporativo.
As mudanças ambientais ocasionadas pelo desmatamento das matas
ciliares têm provocado questões acerca do comportamento da manutenção dos mananciais
e dos seus reflexos nas alterações climáticas de uma região, discutidos com ênfase
na contribuição da evapotranspiração para geração de novas chuvas. Sob o ponto
de vista hidrológico e ecológico, trata-se de um assunto de real importância,
ante o papel das matas ciliares na preservação dos recursos hídricos e dos
solos. De uma maneira geral, a referida vegetação contribui para;
■ redução das perdas de solo,
■ perenidade das fontes e nascentes,
■ proteção dos cursos de água contra os impactos de defensivos,
corretivos e fertilizantes,
■ melhoria da qualidade de água e aumento do seu volume.
CICLO HIDROLÓGICO
O ciclo hidrológico, ou ciclo da água, é o movimento
contínuo da água presente nos oceanos, continentes (superfície, solo e rocha) e
na atmosfera. Esse movimento é alimentado pela força da gravidade e pela
energia do Sol, que provocam a evaporação das águas dos oceanos e dos
continentes.
Na atmosfera, forma as nuvens que, quando carregadas,
provocam precipitações, na forma de chuva, granizo, orvalho e neve.
Nos continentes, a água precipitada pode seguir os
diferentes caminhos:
■ Infiltra e percola (passagem lenta de um líquido através
de um meio) no solo ou nas rochas, podendo formar aqüíferos, ressurgir na
superfície na forma de nascentes, fontes, pântanos, ou alimentar rios e lagos.
■ Flui lentamente entre as partículas e espaços vazios dos
solos e das rochas, podendo ficar armazenada por um período muito variável,
formando os aqüíferos.
■ Escoa sobre a superfície, nos casos em que a precipitação
é maior do que a capacidade de absorção do solo.
■ Evapora retornando à atmosfera. Em adição a essa
evaporação da água dos solos, rios e lagos, uma parte da água é absorvida pelas
plantas. Essas, por sua vez, liberam a água para a atmosfera através da
transpiração. A esse conjunto, evaporação mais transpiração, dá-se o nome de
evapotranspiração (transpiração + evaporação).
■ Congela formando as camadas de gelo nos cumes de montanha
e geleiras.
Apesar das denominações água superficial, subterrânea e
atmosférica, é importante salientar que, na realidade, a água é uma só e está
sempre mudando de condição. A água que precipita na forma de chuva, neve ou
granizo, já esteve no subsolo, em icebergs e passou pelos rios e oceanos. A
água está sempre em movimento; é graças a isto que ocorrem: a chuva, a neve, os
rios, lagos, oceanos, as nuvens e as águas subterrâneas.
RESUMO DO CICLO DA ÁGUA
Água na atmosfera
Evaporação
↓
Formação de nuvens
↓
Gravidade (Precipita)
↓
Chuva, neblina, granizo, neve
Evaporação: 87% oceano; 13% continente.
Precipitação: 79% oceano; 21% continente --> 46% é
transferido aos oceanos.
Água no continente
■ Importância: Estudos Hidrológicos; aproveitamento da água
superficial; a proteção contra os fenômenos provocados pelo seu deslocamento.
■ Precipitação > Três destinos
– Interceptação vegetal
– Infiltração
– Escoamento
INTERCEPTAÇÃO VEGETAL
■Água retida nas folhas
■Quando não podem mais armazenar
■Ocorre infiltração no solo
INFILTRAÇÃO NO SOLO:
■ Intensidade da chuva
■ Interceptação vegetal - diminui velocidade de escoamento
aumentando a infiltração
■ Umidade do solo - material coloidal se dilata quando úmido
■ Tipo de solo: solos rasos (gnaisses, granitos), possuem
pouca capacidade armazenamento de água; solos profundos (arenosos) grande capacidade
armazenar água, possibilita a existência de águas subterrâneas.
EXCESSO DE ÁGUA: ESCOAMENTO
SUPERFICIAL
Quando a precipitação:
■ Já preencheu as pequenas depressões do solo
■ Ultrapassada a capacidade de retenção da vegetação
■ Excedida taxa de infiltração > ocorre o escoamento
superficial
FASE 1
■Inicia-se a precipitação
– A vegetação e o solo estão com pouca umidade.
– Lençol subterrâneo mantém a vazão dos rios.
– Água é interceptada pela vegetação e a chuva que chega ao
chão é infiltrada no solo.
– Não existe contribuição para o escoamento superficial
FASE 2
■ Continuidade da precipitação
– Esgotada capacidade de infiltração e retenção da vegetação
– Água começa a se acumular em pequenas depressões
– Se movem na direção de um curso d´água
FASE 3
■ Precipitação cessa
– Pára o escoamento superficial
– Evaporação e infiltração retiram água da vegetação e de poças
na superfície do solo
– Nível do rio está mais alto
CONCLUSÃO
■ Ciclo da água é um dos fenômenos mais importantes na terra
■ A água é um recurso limitado
■ O conhecimento do ciclo e de seus impactos fazem com que
no futuro, o abastecimento de água não seja comprometido
Fontes: Agência Brasil,
19/10/2014; Ministério do Meio Ambiente, Ciclo Hidrológico‑ autores: Álvaro
Wang; Amanda Visnardi Veríssimo; Daniela Youn; Gabriela Kitazuka Yoshimoto; Helena
Lee; Thiago Sakamoto de Souza, Retenção de água de chuva por mata ciliar na região
central do Estado de São Paulo‑autor: Paulo Roberto de Andrade Lima
Comentário:
■ uma árvore com 13 metros de altura absorve cerca de 250
litros de nutrientes que são dissolvidos no solo, transportando-os até o mais alto
de suas folhas; as folhas por sua vez, absorvem o gás carbônico (Co2), matéria
bruta para a transformação dos sais minerais em carboidratos e a luz do sol, da
qual todo o sistema da árvore depende para se desenvolver; este processo
chama-se fotossíntese: foto: luz, e síntese: colocar junto. Durante esse
processo uma árvore de porte médio libera aproximadamente 2.000 litros de
oxigênio puro.
■ Calcula-se que uma árvore de porte médio transpira o
equivalente a 60 litros d'água por dia, a umidade escapa pelas folhas na forma de vapor d'água e fica
espalhada no ar, sendo que esse vapor se mistura com as partículas de poeiras
que flutuam no ar ficando cada vez mais pesadas devido ao acúmulo e caem ao
chão.
■ A copa das árvores quebra o impacto das gotas de chuvas e
ao mesmo tempo, o solo fica coberto por uma camada de folhas e galhos secos que
caem das árvores formando um excelente adubo orgânico, sendo que essa camada
que se forma por cima do solo funciona como uma esponja que absorve a água que
cai de mansinho por entre a folhagem das copas.
Essa água irá penetrar devagar na terra e alimentar as águas
dos lençóis freáticos. Na beira dos rios, para protegê-los, são as chamadas
matas ciliares (o nome refere-se aos cílios, que protegem os nossos olhos), que
ficam nas margens dos rios; sem elas a vida do rio corre perigo, essas matas
afofam o solo da beira dos rios, funcionando como uma esponja, alimentando os
lençóis de água que por sua vez alimenta o rio através de suas nascentes, suas
raízes evitam a erosão, pois retêm as partículas do solo (terra) e outros
materiais que iriam parar nos leitos dos rios, diminuindo o oxigênio da água e
os alimentos dos peixes.Marcadores: Meio Ambiente

0 Comments:
Postar um comentário
<< Home