Crise de água: Deve afetar as indústrias no Estado de São Paulo

Além disso, as duas regiões representam metade do emprego
industrial de São Paulo. São cerca de 1,5 milhão de empregos. Para Reis,
demissões não estão nos planos a curto prazo. A última coisa que a indústria
quer fazer é reduzir os postos de trabalho. Esperamos que a crise de água seja temporária, mas se a
crise se aprofundar e a empresa for obrigada a reduzir sua atividade, por
exemplo, ficar um dia sem água, aí começará a impactar e as empresas terão que
fazer contas. O diretor explica que, com a crise hídrica, as indústrias
precisarão alterar hábitos e procedimentos e que isso afetará competitividade,
produtividade e lucro.
A Fiesp relembra que há 42 projetos de reuso e conservação
da água em São Paulo, com os quais 10 milhões de litros são economizados por
ano. A entidade diz estar trabalhando “com orientações” para melhorar os
procedimentos de reuso e reaproveitamento da água. Contudo, a federação afirma
ainda depender dos órgãos reguladores e
das concessionárias de água para
otimizar tais processos. Até março, a Fiesp espera ainda ter pronto um estudo
com a identificação de áreas onde seja possível buscar água subterrânea no
Estado.
DEVE REDUZIR PIB INDUSTRIAL DE SÃO PAULO
O vice-presidente da Fiesp ressalta que o impacto econômico
ficou claro a partir da última quinta-feira, 22 de janeiro, quando a Agência
Nacional de águas (ANA) e o Departamento águas e Energia Elétrica (DAEE)
publicaram uma resolução conjunta que determina que as indústrias que captam
água diretamente da bacias dos Rios Jaguari, Camanducaia e Atibaia reduzam em
30% o consumo diário quando o volume útil dos reservatórios do Sistema
Cantareira estiver abaixo de 5%, sob pena de multa. Hoje esse limite foi
ultrapassado, isto é, já está sendo usada a reserva estratégica de água ou o
chamado "volume morto".
Isso vai significar
uma freada muito grande na economia da região no primeiro trimestre, diz o
vice-presidente da Fiesp, explicando que ainda não é possível quantificar o
impacto. Ele observa que a situação é muito preocupante porque hoje, em plena
estação das águas, o quadro de abastecimento é crítico. E a perspectiva é
piorar com o início do período da seca, que começa em abril. Fontes: Economia Terra
- 27 Jan 2015, Zero Hora - 27/01/2015
Comentário: A crise
que está ocorrendo em alguns Estados devido a falta de chuva, observa-se a total falta de planejamento em
emergência.
Não estamos acostumados a planejar cenários críticos.
Acreditamos que nunca irão acontecer. A estação de chuva está chegando, começou
em outubro, até agora, apenas chuvisco, irá até março de 2015. Estamos torcendo,
a chuva irá garantir o abastecimento até março de 2015?
Não simulamos cenários extremos, escassez de água. O que
devemos fazer? Daqui a pouco esqueceremos tudo, o ciclo de chuva volta a sua
normalidade. A seca só acontece a cada
100 anos? As indústrias estão preparadas para eventual racionamento de água?
Há outros fatores que não são discutidos e agravam a
escassez de água; desperdício, desmatamento, consumo excessivo de água;
agricultura (68%), indústria (14%), crescimento populacional (14%).
Nos EUA os órgãos federais e estaduais simulam a
vulnerabilidade do sistema em eventos extremos, contaminação, etc. Elaboram
guias de planejamento de emergência. Aqui planejamos durante a crise.
“O desastre conota chance de risco. A própria palavra é
derivada da palavra latina, estrela do
mal. Entretanto, reunir evidências suporta o fato de que as empresas podem
tomar medidas que melhorarão a probabilidade de recuperação plena após um
desastre. As empresas que planejam possibilidades de um desastre, que formulam estratégias
para recuperação de funções críticas e que treinam os empregados para
implementarem essas estratégias geralmente sobrevivem a desastres”. Fonte: Disaster Recovery Planning –
Toigo, J.William
Marcadores: Meio Ambiente

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