Imagens de satélite da Nasa mostram Mar de Aral secando
Agência registrou como lago salgado na Ásia foi perdendo água por causa de projeto soviético de irrigação.
O Mar de Aral, um imenso lago salgado que fica na fronteira
entre Cazaquistão e Uzbequistão na Ásia Central está morrendo porque as águas que o
alimentariam são usadas para irrigação, como mostra a sequencia de imagens de satélite feitas pela agencia
espacial americana Nasa ao longo dos últimos 15 anos.
.
A destruição começou em 1918 para fins agrícolas.A exploração das águas para fins agrícolas foi um sucesso, mas o impacto
ambiental para o lago tem sido catastrófico.
As águas vêm recuando ano a ano, deixando o leito seco exposto
com poeira misturada com agrotóxicos e fertilizantes.
HISTÓRICO
Mar de Aral é um lago de água salgada, localizado na Ásia
Central, entre Cazaquistão (ao norte), e Uzbequistão (ao sul). O lago já foi o quarto maior lago do mundo com
68 000 km² de superfície e 1100 km³ de volume de água, mas em 2007 já havia se
reduzido a apenas 10% de seu tamanho original, e em 2010 estava dividido em
três porções menores, em avançado processo de desertificação.
A outrora próspera indústria pesqueira foi praticamente
destruída, provocando desemprego e dificuldades econômicas. A região também foi
fortemente poluída, com graves problemas de saúde pública como consequência. O
recuo do mar também já teria provocado a mudança climática local com verões
cada vez mais quentes e secos, e invernos mais frios e longos.
INÍCIO DO DESVIO E ENCOLHIMENTO
EM 1918
O governo soviético começou a desviar parte das águas dos
rios que alimentavam o Mar de Aral, em 1918 . Com o fim da I Guerra Mundial
havia a necessidade de aumentar a produção de alimentos, tais como arroz,
cereais e melões. Havia também planos de se produzir algodão no deserto próximo
ao lago; o algodão sempre valorizado era chamado “ouro branco”.
ANOS 40
Nos anos 40 acelerou-se a construção dos canais de irrigação
que captavam água dos afluentes do Mar de Aral. O conhecimento rudimentar da
técnica e engenharia produziu canais ineficientes (mal construídos), e havia
perda de até 75% de toda água captada em vazamentos e evaporação.
1960 a 2000
No início, a irrigação das plantações consumia
aproximadamente 20 km³ de água a cada ano, porém, em ritmo crescente. Já na
década de 1960, a maior parte do abastecimento de água do lago tinha sido
desviado e o Mar de Aral começou a perder tamanho. De 1961 a 1970 o lago baixou
20 cm por ano, e essa taxa cresceu 350% até 1990.
Em 1987, a redução contínua do nível da água levou ao
aparecimento de grandes bancos de areia, causando uma separação em duas massas
de água, formando o Aral do Norte (ou Pequeno Aral) e o Aral do Sul (ou Grande
Aral).
A quantidade de água retirada dos rios que abasteciam o Mar
de Aral duplicou entre 1960 e 2000, assim como a produção de algodão. No mesmo
período, o Uzbequistão tornou-se o 3º maior exportador de algodão do mundo.
Como consequência da redução do volume de água, a salinidade do lago quase
quintuplicou e matou a maior parte de sua fauna e flora naturais. A próspera
indústria pesqueira faliu, assim como as cidades ao longo das margens.
As poucas águas do Mar de Aral também ficaram fortemente
poluídas, em grande parte como resultado de testes com armamentos e projetos
industriais, e o uso intensivo de pesticidas e fertilizantes. Nos últimos anos, o vento tem soprado sal a
partir do solo seco e poluído, e causado danos à saúde pública.
ALTA SALINIDADE
O ecossistema do Mar de Aral e dos deltas dos rios que deságuam
nele está praticamente destruído, em grande parte pela alta salinidade. Além da
terra em torno do mar ser muito poluída, as pessoas que vivem na região sofrem
de escassez de água doce, juntamente com vários problemas de saúde. A contração
do mar fez extensas planícies cobertas com sal e produtos químicos tóxicos, que
são levadas pelo vento para as áreas habitadas. A população perto do Mar de
Aral tem uma alta incidência de certas formas de câncer e doenças pulmonares,
entre outras doenças, possivelmente devido a alterações no DNA.
A situação do Mar de Aral e região são descritas como a
maior catástrofe ambiental da história.
Fontes:Wikipédia e G1-30/09/2014
Marcadores: Meio Ambiente
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