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sexta-feira, outubro 03, 2014

Imagens de satélite da Nasa mostram Mar de Aral secando

Agência registrou como lago salgado na Ásia foi perdendo água por causa de projeto soviético de irrigação. O Mar de Aral, um imenso lago salgado que fica na fronteira entre Cazaquistão e Uzbequistão na Ásia Central  está morrendo porque as águas que o alimentariam são usadas para irrigação, como mostra a sequencia  de  imagens de satélite feitas pela agencia espacial americana Nasa ao longo dos últimos 15 anos.
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A destruição começou em 1918 para fins agrícolas.A exploração das águas para fins agrícolas foi um sucesso, mas o impacto ambiental para o lago tem sido catastrófico.
As águas vêm recuando ano a ano, deixando o leito seco exposto com poeira misturada com agrotóxicos e fertilizantes.  

HISTÓRICO
Mar de Aral é um lago de água salgada, localizado na Ásia Central, entre Cazaquistão (ao norte), e Uzbequistão (ao sul).  O lago já foi o quarto maior lago do mundo com 68 000 km² de superfície e 1100 km³ de volume de água, mas em 2007 já havia se reduzido a apenas 10% de seu tamanho original, e em 2010 estava dividido em três porções menores, em avançado processo de desertificação.

A outrora próspera indústria pesqueira foi praticamente destruída, provocando desemprego e dificuldades econômicas. A região também foi fortemente poluída, com graves problemas de saúde pública como consequência. O recuo do mar também já teria provocado a mudança climática local com verões cada vez mais quentes e secos, e invernos mais frios e longos.

INÍCIO DO DESVIO E ENCOLHIMENTO
EM 1918
O governo soviético começou a desviar parte das águas dos rios que alimentavam o Mar de Aral, em 1918 . Com o fim da I Guerra Mundial havia a necessidade de aumentar a produção de alimentos, tais como arroz, cereais e melões. Havia também planos de se produzir algodão no deserto próximo ao lago; o algodão sempre valorizado era chamado “ouro branco”.

ANOS 40
Nos anos 40 acelerou-se a construção dos canais de irrigação que captavam água dos afluentes do Mar de Aral. O conhecimento rudimentar da técnica e engenharia produziu canais ineficientes (mal construídos), e havia perda de até 75% de toda água captada em vazamentos e evaporação.

1960 a 2000
No início, a irrigação das plantações consumia aproximadamente 20 km³ de água a cada ano, porém, em ritmo crescente. Já na década de 1960, a maior parte do abastecimento de água do lago tinha sido desviado e o Mar de Aral começou a perder tamanho. De 1961 a 1970 o lago baixou 20 cm por ano, e essa taxa cresceu 350% até 1990.
Em 1987, a redução contínua do nível da água levou ao aparecimento de grandes bancos de areia, causando uma separação em duas massas de água, formando o Aral do Norte (ou Pequeno Aral) e o Aral do Sul (ou Grande Aral).

A quantidade de água retirada dos rios que abasteciam o Mar de Aral duplicou entre 1960 e 2000, assim como a produção de algodão. No mesmo período, o Uzbequistão tornou-se o 3º maior exportador de algodão do mundo. Como consequência da redução do volume de água, a salinidade do lago quase quintuplicou e matou a maior parte de sua fauna e flora naturais. A próspera indústria pesqueira faliu, assim como as cidades ao longo das margens.  

As poucas águas do Mar de Aral também ficaram fortemente poluídas, em grande parte como resultado de testes com armamentos e projetos industriais, e o uso intensivo de pesticidas e fertilizantes.  Nos últimos anos, o vento tem soprado sal a partir do solo seco e poluído, e causado danos à saúde pública.

ALTA SALINIDADE
O ecossistema do Mar de Aral e dos deltas dos rios que deságuam nele está praticamente destruído, em grande parte pela alta salinidade. Além da terra em torno do mar ser muito poluída, as pessoas que vivem na região sofrem de escassez de água doce, juntamente com vários problemas de saúde. A contração do mar fez extensas planícies cobertas com sal e produtos químicos tóxicos, que são levadas pelo vento para as áreas habitadas. A população perto do Mar de Aral tem uma alta incidência de certas formas de câncer e doenças pulmonares, entre outras doenças, possivelmente devido a alterações no DNA. 
A situação do Mar de Aral e região são descritas como a maior catástrofe ambiental da história.
Fontes:Wikipédia e G1-30/09/2014 

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