Carro cai da Ponte Rio-Niterói
Um carro caiu na Baía de Guanabara, da Ponte Rio-Niterói, na
manhã de segunda-feira, 3 de março, segundo a CCR Ponte. O acidente aconteceu
na pista sentido Rio, na altura no Vão Central, por volta das 6h30. Uma mulher
de 22 anos foi resgatada com vida, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Ela
estava lúcida e recebeu o primeiro atendimento médico na Marina da Glória, na
Zona Sul do Rio. Logo depois, foi encaminhada para o Hospital Municipal Souza
Aguiar, no Centro, por volta das 7h30.
MOTORISTA SOZINHA
De acordo com as primeiras informações da equipe de resgate,
a vítima disse estar sozinha no carro, e teria sofrido ferimentos sem
gravidade. Porém, as buscas dos Bombeiros continuavam por precaução, ao longo
da manhã.
SALVAMENTO
Marina foi retirada da água consciente. Os primeiros pedidos
de socorro foram transmitidos por rádios transmissores. O prático Luiz Antônio
que trabalha na Baía de Guanabara evitou uma tragédia maior. Eu rapidamente,
como dispunha de dois rebocadores, eu mandei um rebocador e a minha lancha que
tem maior velocidade e aí eu falei 'olha, vai lá e busca que pode ter
salvamento, relembrou.
De acordo com Alessandro Gomes, mestre da lancha, que ajudou
no resgate, a jovem estava muito cansada e ele a colocou deitada, enquanto
aguardava a chegada dos bombeiros:
"Ela nasceu de novo!", constatou Alessandro.
O CARRO AFUNDOU
As equipes da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ)
confirmaram que o carro afundou, e verificavam se o veículo submerso oferece
perigo à navegação no local do acidente.
HOSPITALIZAÇÃO
A jovem recebeu o primeiro atendimento médico na Marina da
Glória, na Zona Sul, e foi levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar. Para
a surpresa da equipe médica, Marina não teve fraturas. Sofreu lesões nos
pulmões, no fígado e precisou fazer uma cirurgia para retirar o baço, que se
rompeu na queda. Na terça-feira, 4 de março, foi transferida para o hospital
Pasteur, no Méier, zona norte do Rio."Apesar da gravidade do acidente ela
não sofreu vários traumas possíveis nesses casos e o primeiro atendimento foi
muito bom. Demos continuidade ao tratamento, com novas reavaliações e a
realização de diversos exames laboratoriais e de imagem", afirmou o
coordenador da clínica médica do Pasteur, Pablo Quesado. Marina terá
acompanhamento de fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. Ela teve
alta na quinta-feira, 13 de maço.
Em 19 de março ela retornou ao Hospital Pasteur, para uma
consulta de revisão de seus ferimentos, e teve que ser submetida a um
procedimento de drenagem para retirada de um edema na perna esquerda provocado
por acúmulo de líquido no local do ferimento. Ela recebeu alta no domingo (23).
EQUIPAMENTOS DE VEÍCULO QUE CAIU DA PONTE AJUDAM A EXPLICAR
MILAGRE
Milagres acontecem, mas, qualquer ajuda suprema teve a
colaboração de uma dupla eficaz: cinto de segurança e airbag. Só os dois
dispositivos explicam como a motorista saiu com poucas lesões de seu Renault
Sandero após capotar sete vezes e despencar de uma altura de 50 metros na Baía
de Guanabara.
Os airbags frontais são acionados em milésimos de segundo
após sensores detectarem uma desaceleração brusca do veículo — como numa
colisão forte de frente. Momentaneamente infladas, as bolsas de ar amortecem o
corpo do condutor e do passageiro da frente, evitando impactos da cabeça e do
tórax contra o volante, o painel e o para-brisa. Logo após elas se esvaziam. Ou
seja, o airbag só protegeu Marina no impacto inicial.
A partir de então, foi o cinto de segurança que,
literalmente, segurou a motorista e a manteve viva. Sem o cinto, Marina teria
ricocheteado dentro do Sandero durante as sete capotagens e a queda, ou poderia
ter sido atirada para fora do automóvel. Protegida pelo cinto, ela não bateu a
cabeça e se manteve lúcida quando o carro caiu na água. Graças a isso, pôde
desatar a fivela e sair do automóvel antes que este afundasse.
RELATO DA MOTORISTA
A estudante Marina conta que não percebeu de imediato que o
carro estava caindo na água e que foi preciso boiar para sobreviver.
"Eu estava dirigindo e, ao desviar de um carro, acho
que virei o volante bruscamente e bati. Mas não tive a noção de que o meu carro
estava caindo na água", disse Marina.
Após capotar na pista da ponte, o veículo caiu até atingir
as águas da Baía de Guanabara.
Ela não se lembra como conseguiu se livrar do cinto de
segurança e sair sozinha do carro.
"Quando eu vi a água, meu reflexo foi mergulhar. Tentei
nadar até a pilastra (da ponte) só que a correnteza estava muito forte. Aí,
decidi boiar", lembrou.
Fontes: Do G1 Rio, O Globo, O Estado de São Paulo, Folha de
São Paulo, período de 03 a 23 de março de 2014.
Comentário: O carro pesa 1.025 kg
A velocidade de impacto na água poderá ter atingido 114
km/h.
A energia cinética de impacto equivale a 514 kN
A força exercida pela motorista para permanecer sentada no
momento do impacto – 700 kg. Somente o cinto de segurança poderia suportar essa
força. O cinto é projetado para suportar força até 2.000 kg.
Abertura do airbag: De acordo com a concessionária a
velocidade máxima de tráfego da ponte é de 80 km/h. Segundo informações dos
jornais o carro capotou sete vezes. Para ocorrer essa série de capotamento, ela
teria de estar dirigindo o veículo no mínimo a 100 km/h. Muito provável ele
perdeu a direção quando bateu lateramente no guard-rail central e o carro foi
jogado para centro da pista e iniciou a série de capotamento, sem ser acionado
o airbag. A mureta da extremidade da
ponte não foi danificada.
O airbag é acionado em batida frontal. Durante a queda, o
carro caiu de frente e durante o impacto com a água o airgbag foi acionado. A abertura
de operação do airbag dura 30 milésimos de segundos. Como ela saiu do carro é
um enigma? Uma coisa é certa, ela não entrou em pânico. A porta do veículo se
abriu? A vidro quebrou?
Essa mureta da extremidade, pode ver na foto, possui piso
que extrapola a mureta e pode funcionar como alavanca, auxiliando a subida do
veiculo sobre a mureta. A concessionária deveria colocar um guard-rail metálico para
eliminar esse risco.
Marcadores: transito

0 Comments:
Postar um comentário
<< Home