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quinta-feira, julho 18, 2013

Menina de dois anos aspirou prego

O acidente ocorreu na noite de domingo, 14 de julho, quando a criança brincava com uma irmã na casa dos pais, em Erechim (375 km de Porto Alegre), no norte gaúcho.

O pai da menina  informou que estava na sala quando a pequena saiu do quarto engasgada. Ele tentou retirar o objeto, sem saber do que se tratava, mas a filha acabou aspirando. 

HOSPITALIZAÇÃO
Como o hospital da cidade em que ela foi socorrida, o Santa Terezinha, não possui meios para realizar o procedimento de retirada do prego, foi necessário que a Justiça interviesse no caso para garantir o atendimento médico. Dessa maneira, um juiz determinou que o município e o Estado providenciassem um leito na rede pública ou privada para a realização de uma fibrobroncoscopia pediátrica.
Na noite segunda-feira, um leito na UTI pediátrica do hospital da Criança Santo Antônio, da Santa Casa, em Porto Alegre, foi reservado para a paciente, que viaja para a capital na tarde desta terça-feira. 

OPERAÇÃO
A sorte é que o prego desceu pelas vias aéreas com a ponta para cima, o que impediu que causasse ferimentos internos graves. 
A cirurgia foi realizada ao meio dia de quarta-feira, no hospital da Criança Santo Antônio, Porto Alegre. Conforme a assessoria da instituição, o procedimento durou aproximadamente meia hora e foi um sucesso. Depois de cinco horas se recuperando da anestesia, a menina  recebeu alta médica e viaja ainda a noite para Erechim.
Fonte: UOL Notícia e G1 – 16 e 17 de julho de 2013
Comentário:

Dicas para prevenir acidentes domésticos com crianças

NA SALA
Aparelhos eletrônicos
TV’s, DVD’s, – todos os aparelhos preferencialmente têm que estar fixos ao móvel ou à parede. Os televisores do tipo LED, por exemplo, são muitos leves e podem ser facilmente empurrados. A fiação dos eletrônicos também deve estar devidamente presa. Cuidado especial também para controles remotos. Fiquem atentos às pilhas! O ideal é que esse item seja mantido fora do alcance dos filhos.

TOMADAS
Os protetores de tomada são simples, com preços acessíveis eencontrados facilmente em comércios. Apesar de os pequenos conseguirem retirá-los com a unha, essa precaução diminui os riscos de queimaduras e choques.

CORTINAS
A melhor cortina para quem tem crianças em casa é a cortina horizontal, de forma que ela não chegue à altura das crianças. Evite também cortinas com puxadores.

BANHEIRO
Vaso sanitário
Acredite, crianças de até 3 anos podem se afogar em vasos sanitários com apenas 5cm a 7cm de água. Além disso, para elas é tentadora a ideia de subir nos vasos para alcançar objetos que estão fora de seu alcance. Vale fiscalizar esse momento!

PISO
A melhor opção é o azulejo, de fácil higienização e menor risco de escorregamento.

TAPETES DE BANHO
Os tapetes de plástico com ventosas, que fixam-se ao chão são os mais seguros. Podem ser usados também tapetes com tecidos. Aposte nas fitas antiescorregamento.

COZINHA
Fogão
Evite ao máximo utilizar as bocas da frente. Com relação às panelas, deixe o cabo sempre para dentro. O ideal é manter os pequenos fora da cozinha, mas caso seu filho esteja presente o mantenha longe do forno. As queimaduras são as maiores causas de acidentes domésticos com crianças.

Botijão de gás
Mantenha esse item longe de tomadas para evitar explosões e dos ralos para que não haja contaminação da água quando há vazamentos. Outro cuidado essencial é abrira válvula do botijão somente quando for cozinhar.

Pia
Guarde os eletrodomésticos nos armários altos ou com travas. Aparelhos em cima da pia podem ser puxados pelas crianças e os fios podem despertar a curiosidade e causar acidentes fatais, como enforcamento.

Escorredor de louças
O ideal é escorrer a louça enquanto se está higienizando. Assim que terminar guarde-as no armário. Fonte: Portal Vya Estelar – Julho/2013

DICAS DE PREVENÇÃO - SUFOCAÇÃO OU ENGASGAMENTO
A sufocação, ou obstrução das vias aéreas, é a primeira causa de morte, entre os acidentes, de bebês até 1 ano de idade. Até os 4 anos, a criança fica muito exposta a este tipo de risco pois é nesta fase que inicia a exploração do mundo ao seu redor por meio dos sentidos - tato, audição, paladar, visão e olfato. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2010, 729 crianças de até 14 anos morreram vítimas de sufocação.

Como proteger a criança de uma sufocação ou engasgamento
■Corte os alimentos em pedaços bem pequenos na hora de alimentar a criança;
■Bebês devem dormir em colchão firme, de barriga para cima, cobertos até a altura do peito com lençol ou manta presos embaixo do colchão e os bracinhos para fora. O colchão deve estar bem preso ao berço (não mais que dois dedos de espaço entre o berço e o colchão) e sem qualquer embalagem plástica. Conheça a campanha da Pastoral da Criança sobre a posição correta do bebê dormir;
■Seja especialmente cauteloso em relação ao berço. Procure berços certificados pelo Inmetro, conforme as normas de segurança da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Fique atento às grades de proteção do berço, que devem estar fixas e não devem ter mais que 6 cm de distância entre elas;
■Remova do berço todos os brinquedos, travesseiros e objetos macios quando o bebê estiver dormindo, para reduzir o risco de asfixia;
■Compre somente brinquedos apropriados para a criança. Verifique as indicações de idade no selo do Inmetro. Tenha certeza de que o piso está livre de objetos pequenos como botões, colar de contas, bolas de gude, moedas, tachinhas. Tire esses e outros pequenos itens do alcance do bebê;
■Considere utilizar um testador para determinar essas partes pequenas de brinquedos que oferecem risco de engasgamento para crianças de até 4 anos: utilize uma embalagem plástica de filme fotográfico como referência, pois ela possui o diâmetro (3 cm) aproximado da garganta da criança e poderá alertar para o risco de forma bastante visual;
■Considere a compra de cortinas ou persianas sem cordas para evitar que crianças menores corram o risco de estrangulamento. Fonte: Criança Segura Brasil

Estatística de acidentes por sufocação
Menor 1 ano
1 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
Total
Total
529
105
48
47
729

Fonte: Datasus – Ministério da Saúde 2010

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