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sexta-feira, março 08, 2013

Guindaste tomba e o operador escapa de acidente na Rússia

Um operador de guindaste quase se envolveu em um grave acidente enquanto tentava movimentar um trator  a 15 m do solo para colocar num canal de uma represa.  Por falha de operação o guindaste tombou e o operador conseguiu escapar no último segundo, antes dos equipamentos caírem no canal.
Ninguém se feriu no acidente, apesar do prejuízo calculado em R$ 200 mil. Fonte: G1, 07/03/2013

Vídeo:

Comentário: Falha humana. Não levou em consideração o cálculo do contrapeso para o equilíbrio.

Fonte: Crane Accidents – atualizado até 04/05/2011 

INFORMAÇÕES
■Acidentes com guindastes nos EUA: média de 1 acidente a cada 2 dias e 1 morte a cada 3 dias.
■As estatísticas demonstram que em mais de 90% dos acidentes Com guindastes a causa se deve a falha humana

O QUE É ESTUDO DE RIGGING?
É o planejamento de movimentação de carga, Acidentes como a queda de um material a ser içado por guindaste podem ser evitados com a utilização de projeto de rigging, sendo calculados os pesos da peça, as tensões nos cabos, tensões adicionais nas soldas do material a ser içado, que são submetidas a esforços durante a movimentação, não usuais quando apenas em trabalho estático e os ângulos máximos permitidos para sustentar a peça.

PERFIL DO PROFISSIONAL DO RIGGER
■Facilidade em leitura e interpretação de plantas e desenhos técnicos.
■Conhecimento e habilidade em cálculos numéricos, matemática,geometria, trigonometria , física e resistência dos materiais.
■Conhecimento dos produtos comerciais para amarrações e leitura dos manuais correspondentes.
■Habilidade em utilização de recursos modernos, tais como: softwares, auto-cads, etc...
■Conhecimento das características dos guindastes existentes e com disponibilidade no mercado
■Facilidade na leitura dos manuais técnicos sendo que muitos são apresentados em inglês e no sistema britânico de medidas.
■Criatividade e visão espacial na elaboração do plano em função das condições locais e das características da peça
■Formação técnica adequada e experiência em obras de montagem eletromecânica.
■Motivação e comprometimento com o trabalho envolvido, procurando se atualizar constantemente em face às inovações aplicadas aos métodos construtivos e aos novos guindastes desenvolvidos no mundo.

O PLANO DE “ RIGGING” DEVE CONTER
■Todas as informações básicas e todos os parâmetros de segurança estabelecidos por normas e pelo fabricante do(s) guindaste (s) envolvido(s) em todas as fases operacionais, desde o transporte até o posicionamento final
■Definição da área necessária para o posicionamento da peça, para montagem e operação do guindaste, levando em consideração o local, os acessos e as interferências.
■Cálculos, dimensionamentos e listas de materiais de todos os elementos aplicados para ligação entre o guindaste e a peça, tais como: eslingas, acessórios em geral, balancins, etc.
■Configuração do guindaste com a definição de todas as variáveis e recursos do guindaste, tais como: raio(s) de operação, comprimento de lança, contrapeso, moitão, passadas de cabo, utilização de jib, mastros, etc...
■Seleção do guindaste mais adequado ao tipo de operação, buscando a melhor estratégia de içamento, com segurança e economia. Identificação completa do guindaste selecionado tais como: tipo, marca,modelo.série, capacidade nominal, etc.
■Demonstrar cálculos específicos e fatores de segurança aplicados para içamentos considerados de “alto grau de risco”, tais como: guindaste embarcado, içamento com 2 ou mais guindastes, içamento na beira de barrancos, sobre pontes, demolições, proximidade de redes elétricas,etc.
■Apresentar parâmetros de segurança obtidos na solução, tais como: porcentagem de utilização do guindaste, capacidade bruta tabelada, tabela de carga aplicada (% de tombamento),etc.
■Composição da carga bruta aplicada ao guindaste, discriminando todos os itens envolvidos e os fatores de segurança exigidos.
■Apresentar parâmetros de segurança obtidos na solução, tais como: porcentagem de utilização do guindaste, capacidade bruta tabelada, tabela de carga aplicada (% de tombamento),etc.
■Cálculo de fatores que podem influenciar na segurança da operação, tais como: força na sapata, pressão nas esteiras, velocidade máxima de vento permitida para a operação, etc.
■Definir folgas das interferências locais bem como da lança com a peça.Prever cuidados especiais em função de condições locais tais como: isolamento da área, sinalização visual, aterramento do guindaste, iluminação artificial, etc.
■Prever folgas normalizadas para o movimento do guindaste tais como: andar com a carga, giro do contrapeso próximo às interferências, etc.
■Apresentar todo o “Plano de Rigging” através de desenhos técnicos com todos os detalhes inteligíveis, juntamente com a “Memória de cálculo” e as Tabelas de Carga aplicadas. Fonte: Sobratema- Transporte e Movimentação de Cargas

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