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sexta-feira, janeiro 11, 2013

Conversando com um trabalhador

Conversando com um trabalhador, jovem,  perguntei como escolheu para trabalhar em altura?
Ele respondeu-me: Vim do Nordeste para  São Paulo a procura de emprego. Passei  numa empresa e estava fixada uma placa precisa-se de trabalhador para trabalho em altura. Queria trabalho. Perguntei: E o exame de seleção?.
Ele respondeu: Olha doutor já sabia subir em árvore, coqueiro ,etc. Pediram-me para subir numa caixa d´água, tipo caracol,  25 m de altura.
E depois houve algum tipo de treinamento e exame médico?   
Não, apenas deram-me o cinto de segurança e olhei como os demais trabalhadores faziam e pronto.

Comentário:
No Brasil é extremamente difícil fracionar os acidentes, por tipo de serviço ou trabalho. O que temos é um bolo de acidente  feito pela Previdência Social.
Na estatística americana de acidentes  podemos analisar os acidentes de forma pontual, por exemplo na construção civil temos dados;
Beira do telhado
Andaimes e plataformas
Diferença de nível de terreno
Abertura no piso
Estrutura metálica
Superfície do telhado
Veículos
Portanto, temos usar estatísticas estrangeira para verificar o potencial de riscos em trabalhos em altura ou diferença de nível

Em 2011, queda de altura foi relatada em 451 dos 541 das quedas fatais de nível mais elevado. Desses 451 casos, cerca de um em cada quatro (115) ocorreu  de queda de altura de 3 metros ou menos. Outro,  um em cada quatro  (118) ocorreu a partir de  queda  acima de  9 metros.  Fonte: United States Department of Labour - Census of Fatal Occupational Injuries Summary, 2011-Bureau of Labor Statistics

Em 2008/2009 - Queda  de altura permanece a causa mais comum de mortalidade no local de trabalho. Houve 35 mortes, 4.654 feridos graves e mais 7.065 lesões que causaram afastamento do trabalho por 3 dias ou mais. HSE-Health  Safety Executive

IMPACTO NA INDÚSTRIA
A estatística da HSE demonstra que as indústrias com maiores perigos provocam as quedas mais graves de altura, mas que a maior incidência é nas indústrias de baixo risco.

DADOS DE ACIDENTES DE 2004/05
■ Dos 53 acidentes fatais, 53% ocorreram na construção civil, 13% na indústria, 9% em transportes e 13% em outros setores de serviços. Agricultura representava os restantes 12%.

LESÕES GRAVES
■ Dos 3.783 lesões graves, 32% ocorreram na construção civil , 15% na indústria, 14% em transportes e 36% em outros setores de serviços. Agricultura e extração / utilitários representaram 3% restantes.

MAIS DE 3 DIAS DE AFASTAMENTO
■ Das 4.604 lesões ocorridas; 18% ocorreram na construção civil,   18% na indústria, 21% em transportes e 40% em outros setores de serviços. Agricultura e extração / utilitários representaram 3% restantes.
Os principais fatores  desses acidentes foram;
■ acidentes fatais - 23% provocados  por queda de telhado,  19% por escadas e 19% por veículos.
■ ferimentos graves – 31% por escadas, 28%  por acesso a prédios e equipamentos e 215 por  veículos. QBE Insurance

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