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sexta-feira, outubro 08, 2010

Uso de celular, MP4, IPod e outros aparelhos eletrônicos no ambiente de trabalho

O uso de celular, MP4, manusear o IPod durante execução ou parada da atividade industrial é tão perigoso como estivesse dirigindo um carro.

Alguns dados de especialistas quanto ao uso de aparelhos eletrônicos em atividades que necessitam raciocínio e visão;
■ No celular, mesmo no viva-voz, e no torpedo, exige-se carga mental igual à de operações cognitivas elementares. .
■ Os fatores que distraem a atenção são estímulos competitivos, como buzina, barulho, celular, conversação interna, televisão, uso do GPS e qualquer outro que exija movimentos oculares
■ Desatenção por tempo igual ou superior a dois segundos aumenta para quase 100% a chance de acidentes

Vídeo
Fones de ouvido não faz parte do trabalho. Ele isola você do seu ambiente de trabalho e dos riscos no local de trabalho. Este vídeo demonstra os perigos associados ao usar fones no trabalho em uma fábrica. Uso de fone de ouvido no ambiente de trabalho industrial, perigo fatal

Mostra uma situação em que a trabalhadora termina o serviço e coloca o fone de ouvido para escutar música na saída da dependência da empresa (armazenagem) e é atropelada por uma empilhadeira. Ela estava distraída com fone de ouvido
Diálogo
00:04 Quando você pensa em trabalho perigoso, armazenagem não está no topo da lista.
00:09 Mas existem alguns riscos
00:11, empilhadeiras riscos gerais, levantamento indevido.
00:16 Quantas vezes você já ouviu isso?
0:19 Mas se o perigo não é faz parte do trabalho?
00:25 Ei, João, como vai?
00:28 Ah, mais uma hora de serviço e eu estou fora daqui.
00:31 Sorte sua.
00:33 Eu tenho mais quatro horas.
00:34 Pelo menos eu tenho a minha música.
00:36 O que for preciso, certo?
00:38 Sim, eu vou te ver mais tarde.
00:40 Ela está sempre ... Ela é sempre assim em suas músicas.
00:45 As empilhadeiras fazer tanto barulho.
0:46 Quero dizer, é uma máquina barulhenta.
00:49 Como não poderia ouvir?
00:52 Eu buzino em cada cruzamento,
00:53 E é difícil de perder.
01:01 Usando fones, isola do seu ambiente e dos riscos.
01:06 Ele não faz parte do trabalho.
01:11 O que posso dizer?
01:13 Eu atropelei. Eu tenho que viver com isso



Vídeo:
O trabalhador sai do local de serviço ouvindo música e é atropelado pela empilhadeira



Vídeo:
O trabalhador fazendo o serviço escutando música. Ele não sai quando o alarme toca. Seu colega fica preocupado. Ele é encontrado morto no local do trabalho



Comentário:
A empresa deve alertar os funcionários sobre os riscos de uso de aparelhos eletrônicos que não são pertinentes ao trabalho nas dependências da empresa. A melhor forma de prevenir é a conscientização.

O recomendado é que a empresa elabore uma norma interna na qual limite o uso de aparelhos eletrônicos para fins não condizentes com assuntos relacionados ao trabalho, estabelecendo punições no caso de descumprimento sem justo motivo e dê ciência a todos os empregados do seu conteúdo.

O uso de aparelho eletrônico e outros similares poderá sofrer restrição dentro das dependências da empresa, em virtude de está interferindo no andamento normal das atividades e colocando em riscos áreas potencialmente perigosas, encontra-se fundamento no poder diretivo do empregador, inserto no artigo 2º da CLT, que consiste na faculdade conferida ao empregador de dirigir a prestação pessoal de serviço dos seus empregados, de elaborar regulamento interno e de aplicar penalidades, se necessárias, à manutenção da ordem interna da empresa. Esse poder, entretanto, encontra limites no momento em que iniciam os direitos assegurados ao empregado, não podendo ser usado abusivamente.

Assim, caso os funcionários deixem de observar o previsto no regulamento interno da empresa, sem justo motivo, poderão ser penalizados, por ato de indisciplina, com fundamento na alínea “h”, do artigo 482 da CLT.

Desta feita, havendo descumprimento do regulamento interno, a empresa poderá advertir o empregado como forma educativa, para que este não pratique mais a falta, e, se reincidente, poderá aplicar punição mais severa, devendo sempre utilizar o bom senso e existir proporcionalidade entre a falta cometida e a sua punição.

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