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domingo, novembro 09, 2008

Cuidado! As crianças estão chegando! Férias, Verão, Água!

Cerca de 90% dos acidentes que ocorrem com crianças poderiam ser evitados
A criança é Indiana Jones em busca de aventura e perigo, portanto os pais deverão estar atentos das brincadeiras das crianças, o menor descuido é fatal.

Os acidentes por lesões não intencionais (ferimentos feitos sem querer) são a principal causa de morte entre as crianças brasileiras de 1 a 14 anos.

Segundo Ministério da Saúde do Brasil, cerca de 26 % das mortes entre crianças brasileiras de 1 a 14 anos são causadas por afogamento. Em 2005 foram 1.496 mortes

O Ministério da Saúde mostra que em 2003 os principais traumas ocorridos dentro do ambiente doméstico levando a morte de crianças de 0 a 14 anos foi o seguinte: em primeiro lugar considerado de alto risco está o afogamento, com 1.167 mortes;

Afogamentos
O afogamento durante o banho de banheira é rápido e silencioso. Qualquer descuido pode causar um acidente. Por exemplo:
■ Ao deixar a criança na banheira para pegar uma toalha: cerca de 10 segundos são suficientes para que a criança dentro da banheira fique submersa;
■ Ao atender ao telefone: apenas 2 minutos são suficientes para que a criança submersa na banheira perca a consciência;
■ Sair para atender a porta da frente: uma criança submersa na banheira ou na piscina entre 4 a 6 minutos pode ficar com danos permanentes no cérebro.

Como proteger uma criança de um afogamento
O afogamento pode ocorrer em locais como piscinas, rios, represas, mares.
No entanto, as crianças - especialmente as mais novas - podem se afogar em apenas 2,5 cm de profundidade. Ou seja, elas correm o risco de se afogar também em piscinas infantis, banheiras, baldes, vasos sanitários, entre outros recipientes considerados rasos.
■ Nunca deixe a criança sozinha dentro ou próxima da água, mesmo em lugares considerados rasos;
■ Mantenha baldes, recipientes e piscinas infantis vazios. Guarde-os sempre virados para baixo e fora do alcance das crianças;
■ Feche sempre a tampa do vaso sanitário e tranque a porta do banheiro;

Em mares, rios, represas e lagos preste muita atenção na criança. Fique alerta nas mudanças de ondas e correntes, por exemplo;
■ Sempre use colete salva-vidas aprovado pelas autoridades quando estiver em praias, rios, lagos ou praticando esportes aquáticos;

Saiba quais os amigos ou vizinhos têm piscina em casa e quando seu filho for visitá-los, certifique-se de que será supervisionado por um adulto enquanto brinca na água;

Segurança na piscina
■ Instale cercas de isolamento ao redor da piscina com pelo menos 1,5 metros de altura, equipadas com portões e travas;
■ Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número da central de emergência;
■ Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão dos adultos;

Aprenda nadar
Matricule as crianças em aulas de natação. Se você não sabe nadar, matricule-se também.
Aprender a nadar é essencial, mas não é a garantia de que a criança nunca se afogará. Ensine à criança outros cuidados com a segurança, como:
■ Vista sempre na criança um colete de segurança aprovado pela guarda costeira quando ela estiver próxima de oceanos, rios, lagos ou participando de esportes aquáticos;
■ Não permita que a criança nade sozinha, é muito perigoso;
■ Mantenha sempre à mão os números de telefone das centrais de emergência.

Normas de prevenção
Segundo ele, as normas de prevenção são bem conhecidas e foram estabelecidas há quase dez anos pela Academia Americana de Pediatria e podem ser realizadas por todos os membros da família. O especialista destaca algumas medidas importantes;
■ Pais e responsáveis nunca devem deixar a criança sozinha ou aos cuidados de outra criança mais velha, nem por um instante sequer, quando ela estiver na banheira, piscinas, tanques, lagos, etc.
■ Evitar atividades simultâneas, como, conversar ao telefone, ler jornal ou cuidar do jardim quando as crianças estiverem em banheiras ou piscinas.
■ Recipientes como baldes, bacias e piscinas de plástico devem ser esvaziados após o uso.
■ Bóias de braço não são seguras e não devem substituir os coletes salva-vidas, os quais sempre têm de ser usados em embarcações pequenas ou na prática de esporte aquático.

Descuido fatal
Boa parte das crianças que se afogam em piscinas está em casa sob o cuidado dos pais. Um mero descuido deles basta para que ocorra um afogamento;

Diferentemente dos adultos, as partes mais pesadas do corpo da criança pequena são a cabeça e os membros superiores. Por isso, elas perdem facilmente o equilíbrio ao se inclinarem para frente e consequentemente podem se afogar em baldes ou privadas abertas;

O que se passa no mundo
Segundo dados da OMS, o afogamento é responsável por meio milhão de mortos por ano no mundo. O afogamento é uma das principais causas de mortalidade e morbilidade infantil. Um estudo realizado pela UNICEF, em 2001;
■ mostrou que, em 26 países da OCDE, as lesões por acidente eram a principal causa de mortalidade infantil.
■ O afogamento era a segunda causa de morte acidental nas crianças, ultrapassada apenas, pelas mortes em acidentes rodoviários.
■ Em Portugal, é estimado que, todos os anos, morrem pelo menos 30 crianças por afogamento.
Por cada criança que morre por afogamento, 140 ficam hospitalizadas e 2800 recorrem aos serviços de urgências.

Estatísticas de afogamento nos Estados Unidos
■ Afogamento é a principal causa de morte para crianças em 18 estados americanos e, nacionalmente, classifica em segundo lugar, perdendo apenas para acidentes automobilísticos, reivindicando vidas de aproximadamente de 4.000 crianças por ano e deixando outras vidas, cerca de 12.000 com alguma seqüela permanente no cérebro.
■ A Comissão de Segurança de Produtos ao Consumidor (CPSC - Consumer Product Safety Commission) informa que 360 crianças morrem anualmente por causa do afogamento, e por causa;
1. Afogamento não é um fenômeno médico informado
2. Se a criança não morre nas primeiras 24 horas do incidente de afogamento ou submersão, ela não fica registrado como morte por afogamento. Eles artificialmente reduzem a gravidade do problema, dando aos pais, uma falsa sensação de segurança. As Seguradoras registram 1.000 mortes e a literatura médica até 4.000 crianças morrem anualmente por causa do afogamento.

■ Uma piscina é 14 vezes mais provável do que um automóvel, estar envolvido na morte de uma criança de até 4 anos. (Orange County Califórnia Fire Authority)
■ Crianças com menos de cinco anos, adolescentes e jovens com idades compreendidas entre 15-24 têm as mais altas taxas de afogamento. (U.S. Centers for Disease Control and Prevention)
■ Um valor estimado de 5.000 crianças e adolescentes em idades até 14 anos são hospitalizados devido a incidentes relacionados com afogamento involuntário a cada ano, 15 por cento morrem no hospital e cerca de 20 por cento sofrem seqüelas graves, incapacidade neurológica permanente. (National Safety Council and Foundation for Aquatic Injury Prevention)
■ De todas as crianças com idade pré escolar que se afogam, 70 por cento estão com cuidados de um ou ambos os pais no momento do afogamento e 75 por cento perderam de vista durante cinco minutos ou menos. (Orange County, Califórnia, Fire Authority)
■ A maioria das crianças que sobrevivem (92 por cento) são descobertas no intervalo de dois minutos após submersão..
■ Crianças com idades compreendidas entre 1-4 são mais susceptíveis de afogar-se em banheiras, SPA´s e piscinas. Crianças com idades compreendidas entre 5 - 14 na maioria das vezes morrem afogadas em piscinas e em águas ao ar livre, tais como; rios, lagos, represas e canais.
■ Em 10 estados - afogamento supera todas as outras causas de morte em crianças até 14 anos. As crianças que morrem (86 por cento) foram encontradas após 10 minutos. Quase todas as crianças que exigem ressuscitação cardiopulmonar (RCP) morrem ou sofrem danos cerebrais graves. (CDC)
■ Estima-se que para cada afogamento fatal, há 1 a 4 afogamentos não fatais graves suficientes para hospitalização. As crianças que ainda requerem ressuscitação cardiopulmonar (RCP), no momento em que chegam ao serviço de urgência têm um prognóstico ruim, com pelo menos metade dos sobreviventes sofrem danos significativos neurálgicos. (American Academy of Pediatrics)
■ 19 por cento das mortes por afogamento envolvendo crianças ocorrem em piscinas públicas com salva-vidas presentes.

Estatísticas de afogamento no Canadá, região de Ontário
■ Crianças com menos de cinco anos com maior risco de afogamento
■ Sete pessoas por dia visitam o departamento de emergência de Ontário com ferimentos relacionados com a água no verão
■ Afogamento é a segunda principal causa de morte acidental na região de Ontário (Canadá) entre crianças menores de cinco anos, de acordo com novos dados publicados pelo Instituo Canadense para Informação da Saúde (Canadian Institute for Health Information-CIHI).
■ Crianças com menos de cinco anos estão envolvidas em mais afogamento ou quase afogamento do que os incidentes em qualquer outra faixa etária, a uma taxa de 5,24 por 100.000, mais de quatro vezes a taxa para aqueles com idade superior a 19. O segundo maior grupo de risco é a idade das crianças com idade entre 5 e 9 anos, com uma taxa de 4,12 por 100.000.
■ "Para cada criança que morreu afogado em 2002-2003, houve 6 a 10 mais que quase se afogou e necessitaram de internação hospitalar", afirma Margaret Keresteci, Gerente de Registros Clínicos em CIHI. "Quando você levar em conta que uma em cada quatro crianças em Ontário que passa pelo quase-afogamento sofre dano cerebral permanente, você começa ter uma idéia como é tão vital fazer da água a segurança como uma prioridade." As lesões mais comumente registradas em incidentes de quase - afogamento foram; hipóxia (falta de oxigênio) e internos (pulmão) e ferimentos (83%). Quase metade (48%) do total de vítimas de quase-afogamento ocorreram entre crianças em Ontário.
■ A maioria dos incidentes de afogamento, na verdade, não envolvem pessoas nadando. De fato, 76% das crianças envolvidas no incidente de afogamento estavam brincando ou caminhando perto da água quando o incidente ocorreu.
■ "É importante lembrar que uma criança pequena pode afogar-se numa questão de segundos, e em apenas alguns centímetros de água", diz Nicole Beben de Safe Kids do Canadá. "As famílias preparam para as férias de verão tais como; lago, viagens, piscinas em casa, é necessário salientar a importância de permanecer vigilantes, quando as crianças pequenas estão próximas de águas rasas."
■ No total 1.166) pessoas em Ontário foram atendidas nos serviços de urgência em 2002-2003 por causa dos ferimentos sofridos em incidente relacionado à água, e 68% destes foram afogamentos ou quase afogamentos. Dos restantes 32%, um problema com a embarcação, por exemplo, um incêndio do motor ou uma colisão-111 causou ferimentos relacionados com a água, e incidentes a bordo de embarcações, tais como; escorregar no convés, resultaram em 268 feridos.
■ Segundo a Cruz Vermelha canadense, o número total de mortes por afogamento no Canadá estima-se que seja em média 500 por ano.
■ A maior parte dos casos envolvem afogamento por transporte e esporte náutico - Incidentes envolvendo transporte e esporte náutico, por exemplo; barcos, jet skis, ou canoas, são responsáveis por maior parte dos casos registrados de afogamentos foram atendidas nos serviços de urgência de Ontário em 2003-2003, um quarto desse indivíduos tinham 19 anos ou menos. Aproximadamente 70% das mortes relacionadas com incidentes de transporte e esporte náutico são devido a afogamento. "Esses incidentes geralmente envolvem pessoas que não esperam cair na água e não estão usando qualquer tipo de colete salva-vidas, nem foram adequadamente protegidos contra água fria", explica Margaret Keresteci. "Quando você está circulando na água é essencial esteja preparado para qualquer imprevisto."
■ "É possível reduzir o número de lesões registradas com água, incluindo afogamento e quase afogamento”, diz Barbara Underhill, co-fundador do The Stephanie Gaetz KEEPSAFE Fundação. Ela criou uma programa de sobrevivência de natação com Lifesaving Society do Canadá. "Como as crianças avançam além da etapa de bebê, aprender a nadar é uma habilidade necessária na vida. Nós ensinamos os nossos filhos o uso com segurança de bicicleta e segurança de trânsito, mas também precisamos ensiná-los natação como necessário para sobrevivência ".

Fontes: Real Estate News and Advice - October 22, 2008, Infant Swimming Resource West Palm Beach e Safe Kids

Comentário
Como se diz a Safe Kids do Canadá; "As famílias preparam para as férias de verão tais como; lago, viagens, piscinas em casa e de amigo s, é necessário salientar a importância de permanecer vigilantes, quando as crianças pequenas estão próximas de águas rasas".

O que mais acontece nos clubes e praias; “ De todas as crianças com idade pré escolar que se afogam, 70 por cento estão com cuidados de um ou ambos os pais no momento do afogamento e 75 por cento perderam de vista durante cinco minutos ou menos”. Orange County, Califórnia, Fire Authority.

■ Em Julho de 2007, em Goiânia, um menino de dois anos sofreu parada cardiorrespiratória e morreu depois de afogar-se na piscina da casa onde morava no Jardim Brasil. De acordo com informações prévias do Corpo de Bombeiros, Lucas Gabriel Maia de Sousa, estava sozinho em casa e chegou a ser levado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) onde não resistiu e faleceu.
■ Na tarde do dia 20 de dezembro de 2005, Gabriela Brancher, de cinco anos, se afogou em uma piscina de uma residência no Bairro Jurerê, em Florianópolis. A menina estava brincando na casa de uma coleguinha, quando o acidente ocorreu. Ela chegou a ser levada para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, mas morreu cinco horas depois, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O vídeo retrata muito bem uma situação de acidente, quando o pai sai da casa, encosta a porta e criança sai e se aproxima da piscina e perde o equilíbrio. A criança foi treinada para flutuar em caso de queda na água.

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posted by ACCA@5:07 PM