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sexta-feira, junho 22, 2007

A vida em alto-mar em plataformas petrolíferas


O Brasil é pioneiro na extração de petróleo em alto-mar. Para o funcionamento de suas plataformas, conta com um sistema em que os empregados ficam 14 dias seguidos embarcados e descansam 14 ou 21 dias em terra, dependendo da empresa. A possibilidade desse descanso prolongado atrai muitos trabalhadores, mas pode ser também fonte de estresse e causa de divórcios. É o que revela uma pesquisa realizada com o objetivo de avaliar as repercussões do confinamento a que estão submetidos esses trabalhadores.

Estudo sobre confinamento e estresse
Salvador Marcos Ribeiro Martins, técnico da Petrobras e mestre em políticas sociais pela Universidade Federal do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), conduziu o estudo sob orientação de André Laino, da área de sociologia do trabalho. Ele aplicou questionários e realizou entrevistas para entender a relação entre confinamento e estresse.

Resultados do estudo
Os resultados revelaram que o estresse pode ser causado por diversos fatores ou ainda pela combinação deles:
■ distância do convívio com a família,
■ sensação de falta de liberdade,
■ preocupação com segurança e
■ falta de espaço individual foram alguns dos problemas apontados pelos petroleiros.

Questão familiar- problema de divórcio
A questão familiar mereceu destaque. Segundo Martins, a alteração do modelo familiar, causada pela transferência de responsabilidades para o cônjuge que permanece em terra (na maioria dos casos, mulheres), leva a um grande número de divórcios. “O índice de separações de casais em que um dos parceiros trabalha embarcado é o dobro daquele encontrado em casais ‘normais’, onde os dois trabalham em terra”, afirma. A insegurança em relação à infidelidade do parceiro também apareceu como um dos fatores que estimulam as separações.

Tensão pré-embarque
Outro problema identificado foi a chamada ‘tensão pré-embarque’. Caracterizada por grande nervosismo e ansiedade aproximadamente três dias antes do embarque, a ansiedade provoca ainda mudanças de humor que tornam o trabalhador mais agressivo. “Eles vêem o embarque como um momento de perigo, pois precisam usar helicópteros para chegar às plataformas. Além disso, o próprio trabalho é perigoso e eles percebem que estão transferindo responsabilidades para a família e não se sentem bem”, diz o pesquisador, lembrando que cada pessoa lida com a situação de forma diferente. Segundo ele, as reações vão desde buscar alternativas de lazer ou tentar ignorar o problema até a procura de refúgio na bebida.

Desgaste mental na plataforma – falta de espaço próprio
O desgaste mental também é causado por aspectos intrínsecos à vida nas plataformas. A convivência com os colegas de trabalho é intensa, os dormitórios são coletivos e os locais de lazer muitas vezes são próximos ao local de trabalho. “Isso gera a sensação de que se está sempre trabalhando, de que não há descanso”, conta Martins.

Participação da família para atenuar o problema
Para amenizar esses problemas, algumas medidas já vêm sendo adotadas. Martins observa que escalas alternadas e mais folgas foram algumas das soluções encontradas. A Petrobras, empresa em que trabalham os funcionários focalizados pelo pesquisador, promove momentos de integração com as famílias – que são convidadas a conhecer as plataformas – e dinâmicas de grupo para que os parentes colaborem para uma melhor qualidade de vida dos trabalhadores.

Fonte: Revista Ciência Hoje – Maio de 2007

posted by ACCA@10:39 AM

4 Comments:

At 2:23 PM, Blogger Unknown said...

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