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segunda-feira, junho 25, 2007

Guerra de espadas



Brincadeira perigosa é grande atração do São João em Cruz das Almas




Antes de começar a batalha, os espadeiros vestem a armadura: calça, blusão, botas, luvas e até capacete. Em vez de uma guerra, o que se vê é um belo espetáculo, mas perigoso

Tradição da cidade
A guerra de espadas existe em Cruz das Almas, a 146 quilômetros de Salvador, há mais de cem anos. E a festa, que antigamente era restrita aos moradores da cidade, hoje atrai turistas de todo país. Corajosos, os espadeiros se exibem: seguram a espada com a mão, põe em cima da cabeça, e depois soltam.

Rojão
As espadas são feitas de bambu recheadas com pólvora e limalha de ferro. Parecidas com um rojão, as espadas tem cerca de 30 centímetros e pesam, em média, 600 gramas.

Guerra de espadas
A partir do dia 23 de junho, às 16 horas, começaram os encontros de espadeiros em algumas ruas reservadas de Cruz das Almas. No dia 24, ocorre a batalha oficial, na Praça Senador Temístocles. Desde 2005, um decreto municipal estabeleceu regras de segurança para a fabricação e o uso das espadas, para evitar acidentes.

Soltar espada é uma brincadeira perigosa
No ano passado, 322 pessoas ficaram queimadas e foram atendidas nos hospitais de Cruz das Almas e Salvador.
Este ano, a guerra de espadas deixou pelo menos 177 vítimas em Cruz das Almas. No entanto, o número pode subir bastante, pois falta contabilizar a “batalha” de domingo prevista para ser finalizada só às 22h.
Embora a maioria das vítimas seja de queimados, existem também os que sofreram traumas por conta das espadas. O estado de saúde de três vítimas é tão grave que foram transferidas de imediato para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador com queimaduras em 80% do corpo.
Fonte: Correio da Bahia, segunda-feira, 25 de junho de 2007

posted by ACCA@11:14 AM