INCÊNDIO EM FÁBRICAS DO DISTRITO INDUSTRIAL EM MANAUS
Um incêndio de grandes proporções atingiu, na tarde de terça-feira (5/08), a fábrica da Effa Motors, no Distrito Industrial 2, Zona Leste de Manaus.
INÍCIO DO FOGO
Funcionários da fábrica, que
produz caminhões de pequeno porte, relataram que o fogo começou por volta de
12h. De acordo com eles, faíscas de solda teriam atingido um produto químico na
linha de produção, onde havia cerca de cem veículos.
"Começou a pegar fogo no
canto e já foi espalhando tudo. Aí todo mundo começou a correr
desesperado", disse um funcionário que preferiu não se identificar.
Os trabalhadores evacuaram o
prédio rapidamente após o início do incêndio.
PROPAGAÇÃO DO FOGO
"O incêndio está confinado na parte que
está queimada. Daí ele não passa mais. Só a parte mais ao sul que não foi
atingido. Mas todo o resto do galpão foi atingido. Agora, os do outro lado da
rua estão todos protegidos. Ele não tem como atingir outros galpões. Então nós
vamos trabalhar nesse confinamento e no controle futuro", informou o
coronel.
A principal dificuldade é
lidar com os materiais inflamáveis que faziam parte do dia a dia da fábrica:
plástico, pneu e materiais químicos são o que tornam esse o combate mais
perigoso e difícil de ser facilmente resolvido.
“Chegando aqui, identificamos
que se tratava de um material altamente inflamável, tóxico e de enorme
quantidade. Mas em nenhum momento a corporação deixou de empregar todos seus
esforços com recursos materiais e pessoal”, disse o coronel.
O calor intenso irradiado
pelas chamas causou deformações em estruturas metálicas, especialmente nos
telhados dos galpões.
“Há risco de colapso em
algumas partes, por isso estamos isolando as áreas e tomando todas as medidas
de segurança necessárias”, alertou Borges.
USO DE TECNOLOGIA
Desde o início do fogo até
agora já se passaram quase 24h, mesmo período no qual os agentes do CBMAM
trabalham para acabar com o sinistro. De acordo com o subcomandante, desde o
início a emprego de todo material técnico disponível para esse combate, entre
eles o uso de uma nova tecnologia que é a atuação de drones para alcançar
pontos críticos que apresentam risco para os bombeiros ou nível de alcance
limitado.
“Utilizamos uma tecnologia
inovadora que foi incorporada, o drone de combate ao incêndio, ele entregou o
resultado que desejávamos”, disse.
Além da novidade, outra
tecnologia, dessa vez mais usual, é a espuma sintética que também foi empregada.
O subcomandante explicou que a função dela é abafar e evitar a reignição do
fogo.
CORPO DE BOMBEIROS
O Corpo de Bombeiros Militar
do Amazonas (CBMAM) enviou seis viaturas para combater o incêndio. A equipe
segue trabalhando para conter as chamas e evitar que o fogo se espalhe para
empresas vizinhas.
Segundo o subcomandante do
Corpo de Bombeiros, coronel Borges, ainda não há uma confirmação oficial do que
causou o incêndio. 148 bombeiros foram encaminhados para o local e atuam no
combate às chamas que, segundo a corporação, deve seguir ao longo da madrugada.
Ao todo, cerca de 200 militares e mais de 26 viaturas atuam na
ocorrência, entre elas: Auto Bomba Tanque, Auto Bomba Plataforma, Auto Bomba
Florestal, Auto Transporte de Ataque, Auto Rápido, Auto Transporte de Pessoal e
Unidade de Resgate.
VÍTIMAS
Inicialmente, o Corpo de
Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) informou que não houve feridos. Por volta
das 22h, o Complexo Hospitalar Sul emitiu uma nota informando que uma
funcionária deu entrada no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital
28 de Agosto.
A nota também informa que a
mulher foi socorrida e levada à unidade de saúde antes da chegada dos
bombeiros, motivo pelo qual não foi incluída na lista de feridos.
CONTROLE DO FOGO
Após mais de 21 horas de
combate intenso, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) confirmou na
manhã de quarta-feira (6) que o incêndio está controlado e confinado. Apesar
das chamas ainda não estarem completamente extintas, não há risco de propagação
para áreas de floresta, segundo o subcomandante da operação, Coronel Heliton Borges.
“O fogo está controlado. As chamas não estão
extintas, como é possível observar, mas não há risco de propagação. Em nenhum
momento houve avanço para a área de mata que fica na retaguarda dos galpões”,
afirmou o coronel.
DANOS MATERIAIS
O incêndio atingiu dois galpões industriais, sendo que em um deles foi possível preservar parte da estrutura. Incêndio atingiu os galpões das fábricas da Effa Motors e Valfilm da Amazônia.
CARGA DE INCÊNDIO
Effa Motors
Dentro do galpão, havia
grande volume de materiais inflamáveis, como plásticos, solventes e colas.
Queimou material altamente
combustível, como um polipropileno, solvente, cola, muito material plástico e
isso potencializa o fogo e faz com que seja difícil", disse coronel Muniz.
"Incêndios, com essa carga de incêndio, seja, material que queima, ele tem
potencial para durar semanas".
Apesar da gravidade do caso,
o Corpo de Bombeiros informou que um terço do pavilhão foi preservado, além de
centenas de veículos, cuja quantidade exata ainda não informada. O calor
intenso também causou danos aos prédios vizinhos.
"Chegou ali a quebrar
todos os vidros das edificações do lado, mas não propagou também",
afirmou. Uma das principais preocupações também foi a floresta ao lado da área
atingida. "Durante o incêndio, quando ele está no seu pico, existem micro,
pequenas e médias explosões internas. E essas explosões podem projetar pontos
de ignição, ou seja, fagulhas de fogo, para a vegetação. E pegando em uma
vegetação seca, esse incêndio poderia se propagar e a tragédia aumentar",
esclareceu.
EXTINÇÃO DO FOGO
Foi extinto no início da
manhã de quinta-feira (7/08). A operação entrou em sua fase final de rescaldo
na manhã de quinta-feira (7), com o objetivo de retirar todo o entulho até o
fim do dia. “Estamos retirando o entulho e realizando o rescaldo para garantir
que não haja mais risco de reignição. Até o final do dia devemos concluir todo
o trabalho”, garantiu o comandante.
INTERRUPÇÃO DAS ATIVIDADES
A Effa Motors informou que
ainda não tem a real dimensão dos danos materiais causados, mas as autoridades
competentes já estiveram no local e seguem acompanhando os desdobramentos,
realizando todos os procedimentos necessários para garantir a segurança e
apurar as causas do ocorrido.
A Effa Motors declarou que
ainda não tem a real dimensão dos prejuízos, mas que as autoridades seguem no
local, acompanhando os desdobramentos e adotando medidas de segurança.
A Valfilm afirmou que segue
contabilizando os prejuízos causados e que não prevê riscos de desabastecimento
do mercado. Ressaltou também que está priorizando a saúde da funcionária
grávida, única vítima do incêndio, além do bem-estar de todos os colaboradores
afetados pelo incidente.
"Estamos fornecendo todo
o suporte necessário neste momento delicado. Com outros estoques na região
disponíveis e a área produtiva não impactada, nossas operações continuam
atendendo às demandas, mantendo nosso compromisso com a equipe", finaliza
a nota.
A Prefeitura de Manaus e
outros órgãos ambientais já tratam o caso como um desastre ambiental, diante da
queima de material contaminante e dos riscos à saúde pública e ao meio
ambiente.
Reconstrução
"Assim que receber o
laudo do corpo de bombeiros, a empresa deve reassumir a área para reconstrução
do local, do galpão, e também imediata remontagem da linha de produção.
O incêndio que atingiu os
galpões das fábricas da Effa Motors e Valfilm da Amazônia, no Distrito
Industrial 2, em Manaus, foi o maior já registrado na história da capital,
segundo o Corpo de Bombeiros do Amazonas (CBMAM). O fogo começou na terça (5) e
foi completamente extinto na manhã de quinta‑feira (7), após mais de 40 horas.
Fontes: g1 AM, Rede Amazônica
- 05/08/2025, g1 AM - 05/08/2025; g1 AM - 06/08/2025; A Crítica - 06/08/2025; g1
AM e Rede Amazônica — Manaus - 07/08/2025; g1 AM-07/08/2025; A Critica - 07/08/2025;
g1 AM-08/08/2025
Marcadores: incêndio

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