COCA-COLA RECOLHEU PRODUTOS POR EXCESSO DE CLORATO
A empresa engarrafadora da
Coca-Cola na Bélgica recolheu "uma quantidade considerável" de
produtos na Europa devido à alta concentração de clorato. O anúncio foi feito na
segunda‑feira (27/02).
O QUE É CLORATO
Substância deriva da água
sanitária, o hipoclorito de sódio, usado para a desinfecção da água. Essa
inativação dos microrganismos acontece para o líquido ser reutilizado nas
indústrias, uma forma de minimizar recursos e danos ambientais. "O
hipoclorito se degrada com o tempo e se transforma no que chamamos de
clorato", explica Jessica Taynara Montes, professora do IFMT (Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso) Campus Confresa.
Formação de clorato na água é
comum nas indústrias alimentícias e de bebidas, mas a contaminação em doses
altas, não. A presença da substância em altos níveis é justificada por erros
durante a fabricação.
RETIRADA DO PRODUTO
Segundo a empresa, foram
retiradas latas retornáveis e garrafas de vidro de Coca-Cola, Sprite, Fanta,
Fuze Tea, Minute Maid, Nalu, Royal Bliss e Tropico, em circulação desde
novembro.
A maioria dos produtos
afetados e não vendidos já foi retirada das lojas e continuamos tomando medidas
para retirar os produtos que permanecem no mercado. Coca-Cola, em
pronunciamento
Altas concentrações de
clorato foram detectadas pela primeira vez em alimentos e bebidas em 2014.
Análise feita por um laboratório de controle oficial aconteceu por
coincidência. No ano seguinte, a EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança
Alimentar) alertou que as concentrações eram altas e com potenciais riscos à
saúde.
QUAIS OS RISCOS DA
CONTAMINAÇÃO DE CLORATO?
Afeta tireoide e hemoglobina.
"Os riscos de ingestão de clorato se apresentam principalmente em pessoas
com deficiência de iodo pré-existente, pois nesses casos o clorato inibe a
função da tireoide. Além disso, ele pode oxidar a hemoglobina, reduzindo a
capacidade de o sangue transportar oxigênio", diz Montes.
ÓRGÃOS OFICIAIS REGULAMENTAM
QUANTIDADE MÁXIMA.
Concentração permitida é de
0,01 mg/kg para todos os produtos alimentícios da Europa, onde aconteceu o
recolhimento dos lotes da Coca-Cola. No Brasil, o limite estabelecido pela
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2021 é de 0,7 mg/L.
RISCO É MAIOR EM CRIANÇAS E
BEBÊS
É considerada alta
concentração qualquer valor acima do indicado pelos órgãos oficiais. Vale
lembrar que é possível alcançar as taxas com o consumo a longo prazo, pois a
substância se acumula no organismo.
O QUE DIZ A COCA-COLA
Procurada, a Coca-Cola
afirmou que nenhum produto produzido ou vendido no Brasil foi afetado pelo
recolhimento. Leia o pronunciamento completo abaixo:
QUALIDADE E A SEGURANÇA DOS
PRODUTOS
Ontem, em consulta com as
autoridades na Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos, a CCEP (Coca-Cola
Europacific Partners) anunciou um recall de produtos que contêm níveis mais
altos de clorato do que o permitido. Análises independentes concluíram que a
probabilidade de qualquer risco para os consumidores é muito baixa. A CCEP,
engarrafadora local, também está em contato com as autoridades dos mercados
europeus onde uma quantidade limitada de estoque foi enviada. Dada a
preocupação que isso pode gerar entre nossos consumidores, confirmamos que
nenhum produto produzido ou vendido no Brasil está afetado por este recall. Fonte:
Marcadores: segurança alimentar

0 Comments:
Postar um comentário
<< Home