Tornados são desconhecidos no Brasil
Fenômeno pouco conhecido por aqui resulta do choque de
massas polares frias e equatoriais quentes.
A primavera e o outono são as estações dos tornados no Brasil.
O fenômeno ainda pouco estudado pelos meteorologistas do
País era tido, até há pouco tempo, como inexistente no território nacional.
Porém, as pesquisas desenvolvidas recentemente comprovam o
contrário. E ainda mostram que uma porção significativa das destruições
atribuídas aos vendavais nos Estados do Sul e parte do Sudeste e Centro-Oeste é
provocada por esses cones de ventos rotativos e arrasadores.
TORNADOS NO BRASIL PRATICAMENTE DESCONHECIDOS
A descoberta dos tornados no Brasil foi praticamente por
acaso. Os estudos pioneiros nesse sentido foram feitos pelo geólogo Robert
Dyer, de Petrópolis (RJ). Seu primeiro contato com esse evento ocorreu em 1979,
quando trabalhava com fotografias aéreas de 1964, feitas no Paraguai, e passou
a observar grandes e largas faixas retilíneas de desmatamento em áreas de
cobertura vegetal. A origem daquilo era desconhecida e intrigou o pesquisador.
"Encontrei rastros de até 100 quilômetros de extensão
por 2 de largura", relembra ele.
A partir daí, observou que o mesmo ocorria na Argentina e na
porção sul do Brasil, próximo às fronteiras. A dúvida se aquilo era ou não um
fenômeno geológico foi desfeita quando Dyer comparou duas imagens aéreas do
Paraná, de anos seqüentes, e notou que apenas na fotografia do último período
aparecia o rastro de 50 quilômetros de comprimento. "Não podia ser um
fenômeno geológico, pois demoraria milhões de anos para acontecer'', explica o
cientista.
Em contato com a Universidade de Buenos Aires, ele conseguiu
obter um vasto material sobre a atividade de tornados na região dos pampas.
Estudando as ocorrências, conseguiu definir que as meias estações são mais
propícias à formação desses ventos em forma de chaminé.
Os meses de abril e maio são os mais favoráveis a ocorrências
de casos mais graves, provocados pelo choque das massas de ar frio, vindas do
pólo, com o ar quente sobre o continente.
SEM PREVENÇÃO
No Brasil inexiste qualquer tipo de sistema de alerta ou de
monitoramento desse fenômeno. Essa deficiência é um dos principais problemas
para obter-se ainda maiores resultados no estudo dos tornados aqui.
Os casos conhecidos são os que atingem áreas urbanas, pois
sempre causam grandes prejuízos e destruição. A maior fonte de informação para
os cientistas interessados no assunto ainda é o noticiário da imprensa.
Os registros mostram a atividade de tornados nos seguintes
Estados:
■ Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná e,
■ com menor freqüência, em São Paulo e em Mato Grosso do
Sul.
No entanto, a média dessas ocorrências em território
nacional, ou mesmo dados que definam mais precisamente as características do
fenômeno ainda são desconhecidos. Nos países vizinhos, são afetados o norte da
Argentina e o Paraguai.
Geralmente, o cone forma-se a partir de uma nuvem de
cúmulos-nimbos (de tempestade) baixa que traz chuva torrencial de granizos. Uma
única nuvem-mãe pode baixar no solo de um a quatro cones, com altura superior
aos 100 metros. Os ventos de translação ficam próximos aos 100 quilômetros por
hora e os de rotação do funil podem atingir uma velocidade 10 vezes maior.
Os ventos circulares sugam e lançam a grandes distâncias
tudo o que encontram em seu caminho. Esses fenômenos ocorrem mais comumente no
interior do continente.
TORNADOS NO ESTADO DE SÃO PAULO
Bauru estuda fenômeno ocorrido pela primeira vez; Ventos não
foram intensos, mas provocaram estragos na zona rural.
Um tornado de baixa intensidade - graduado entre F0 e F1 na
escala que vai até F5 - atingiu a zona rural de Bauru no início da noite do dia
16 de agosto de 1998, mas só foi descoberto dias depois, quando proprietários
de chácaras na área afetada comunicaram a ocorrência de destelhamentos, quedas
de árvores e outros problemas não habituais.
De posse das informações, o pesquisador Maurício de
Agostinho Antonio, do Instituto de
Pesquisas Meteorológicas da Universidade Estadual Paulista
(Unesp), concluiu tratar-se do primeiro tornado registrado no município.
Antonio disse que, como não existem equipamentos para prever
a ocorrência de tornados, o fenômeno tem de ser constatado visualmente, por
meio dos estragos deixados. "Ficamos sabendo por acaso e estamos reunindo
informações para estudar o ocorrido com fotos de satélite, fotografias aéreas,
registros meteorológicos e os relatos das pessoas que testemunharam a passagem
do vento para, com base nisso, tirarmos algumas conclusões."
No mesmo dia em que ocorreu a anomalia em Bauru,
meteorologistas que trabalham na estação de Presidente Prudente também
registraram anormalidades naquela região, mas não existem informações seguras
para que se possa assegurar que lá também teria ocorrido um tornado.
Os tornados formam-se a partir da camada de nuvem
cúmulos-nimbos, que tem correntes ascendentes e descendentes. Um
"cone" de vento parte da nuvem e chega ao solo, arrancando árvores,
provocando destelhamento de construções e outros problemas. Normalmente os
objetos levados pelo vento ficam danificados e com sinais de torção.
O município de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo,
enfrentou um tornado em 1991. Os ventos tombaram 12 caminhões de 25 toneladas
cada. Nesse mesmo ano, as cidades de Itu e Lençóis Paulista, em São Paulo,
também sofreram com o fenômeno. Instalações rurais foram destruídas e os ventos
mataram 16 pessoas, 11 delas dentro de um ônibus escolar.
Em 1993, no município de Cachoeira Paulista, em São Paulo,
um tornado destruiu instalações rurais e torres de transmissão de energia
elétrica.
Em 1994, em Ribeirão Preto, São Paulo, houve destruição de
parte da cidade e três mortes. Em 1998, em Ciudad del Leste, no Paraguai, um
tornado atingiu um ginásio de esportes e matou 34 pessoas.
Ventos fortes anunciaram formação no ABC ; Doze caminhões de
25 toneladas cada um acabaram virados pela força do tornado
A doutora em meteorologia da Universidade de São Paulo,
Maria Assunção da Silva Dias, fez um recente estudo sobre alguns casos de
repercussão no Estado de São Paulo. As
cidades de São Bernardo do Campo, Itu e Ribeirão Preto foram alvos de tornados.
Analisando as condições meteorológicas dos dias das ocorrências, ela pôde
observar que os ventos mantinham características especiais. "Várias horas
antes os ventos se apresentavam com uma forte subida e rotação", explica.
MATO GROSSO
Em 1989 município de
Ibinhema, em Mato Grosso do Sul. Os
ventos fortes destruíram um clube de campo e mataram 16 pessoas.
Os tornados mais fortes registrados no Brasil pelo pesquisador
Robert Dyer foram classificados pelo rastro de destruição por onde passaram.
"Grande parte desses eventos acontece em áreas com baixa densidade
demográfica e acaba não sendo comentada", explica.
SUL DO BRASIL
Entre os casos registrados, em 1967, no município de
Lageado, no Rio Grande do Sul, um tornado destruiu vários prédios e deixou oito
mortos.
Em 1986, a ocorrência foi na cidade de Maravilha, em Santa
Catarina. O tornado destruiu parte da cidade e matou seis de seus moradores.
No ano seguinte, o fenômeno atingiu o município de São
Joaquim, em Santa Catarina. Ele deixou destruição e seis mortes.
A formação do tornado dá-se quando o vento de fora da
cúmulos-nimbos consegue entrar na nuvem. Nesse processo, há uma evaporação das
gotas e o ar interno fica mais pesado e desce. O movimento de rotação existente
no lado externo da nuvem é transferido para a massa de ar que está indo em
direção ao solo, o que possibilita a formação do funil. O aspecto escuro que dá
visibilidade ao tornado vem dos destroços que estão sendo carregados para cima.
O mesmo mecanismo atmosférico ainda causa as microexplosões,
um parente próximo do tornado e com poder de destruição igual ou até maior. As
microexplosões são originárias da mesma cúmulos-nimbos. Ambos os fenômenos
agem, muitas vezes, em conjunto no mesmo local.
A diferença é que, nesse novo caso, o ar denso chega ao chão
com uma enorme força de impacto, arrasando tudo na horizontal.
O tornado funciona como um peão. Seu deslocamento pode ser
contínuo ou desaparecer em determinados trechos de seu trajeto. A nuvem-mãe
consegue puxar para seu interior o cone, que volta com mais força do que antes.
As distâncias percorridas são as mais variadas: de poucos a
dezenas de quilômetros. Sua duração também pode flutuar de alguns segundos a
até 20 minutos. "Dos casos estudados, o mais violento foi o de Ribeirão
Preto pelos danos causados", comenta a pesquisadora.
Escala de violência
Esse fenômeno é medido pela escala Fujita, criada pelo
meteorologista norte-americano Theodore Fujita, da Universidade de Chicago.
O padrão divide os tornados em seis categorias.
Classificação
|
Velocidade do vento - km/h
|
Danos
|
F0 – Tormenta
|
64 a 115
|
Danifica placas de sinalização e árvores
|
F 1 -Tornado moderado
|
116 a 180
|
Destrói traillers e arremessa pequenos objetos
|
F 2 - Tornado significativo
|
181 a 250
|
Destelha casas e pode arrastar carros da estrada
|
F 3 - Tornado severo
|
251 a 330
|
Destrói telhados e paredes, vira trens e arranca árvores
|
F 4 - Tornado devastador
|
331 a 420
|
Danifica casas, arremessa estruturas frágeis e carros
|
F 5 - Tornado de incrível força
|
421 a 510
|
Carrega casas, danifica estruturas de concreto e aço e
arremessa objetos do tamanho de um carro.
|
Fontes : Weather Channel – CNN
TIPOS DE VENTOS QUE CARACTERIZAM OS FENÔMENOS METEOROLÓGICOS
Vento: Termo genérico que identifica o ar em movimento,
independente da velocidade.
Brisa: É um vento de pouca intensidade, com velocidade
inferior a 54 km/h.
Ciclone: É o nome genérico para ventos circulares, como
tufão, furacão, tornado e willy-willy. Caracteriza-se por uma tempestade
violenta que ocorre em regiões tropicais ou subtropicais, produzida por grandes
massas de ar em alta velocidade de rotação. Evidencia-se quando ventos os
superam 50 km/h.
Furacão: Vento circular forte, com velocidade igual ou
superior a 108 km/h. Os furacões são os ciclones que surgem no mar do Caribe
(Oceano Atlântico) ou nos EUA. Os ventos precisam ter mais de 119 km/h para uma
tempestade ser considerada um furacão. Giram no sentido horário (no Hemisfério
Sul) ou anti-horário (no Hemisfério Norte) e medem de 200 km a 400 km de
diâmetro. Sua curva se assemelha a uma parabólica.
Tufão: É o nome que se dá aos ciclones formados no sul da
Ásia e na parte ocidental do Oceano Índico, entre julho e outubro. É o mesmo
que furacão, só que na região equatorial do Oceano Pacífico. Os tufões surgem
no mar da China e atingem o leste asiático.
Willy-willy: Nome que os ciclones recebem na Austrália e
demais países do sul da Oceania.
Tornado: É o mais forte dos fenômenos meteorológicos, menor
e mais intenso que os demais tipos de ciclone. Com alto poder de destruição,
atinge até 490 km/h de velocidade no centro do cone. Produz fortes redemoinhos
e eleva poeira. Forma-se entre 10 e 30 minutos e tem, no máximo, 10 km de
diâmetro. O tornado é menor e em geral mais breve do que o furacão, e ocorre em
zonas temperadas do Hemisfério Norte.
COMO O FENÔMENO SE FORMA
Choque de massa de ar quente e frontal desencadeia
destruição
1.Encontro de massas de ar frio (de origem polar) e quente
fazem, com que a massa quente, mais leve, suba formando o mesociclone. A subida
de ar quente é compensada pela descida de ar frio e pesado. O mecanismo lembra
um enorme saca-rolha num movimento externo ascendente e interno descendente.
1A-Caracteriza-se por ter o topo mais gelado do que a base. A diferença de temperatura provoca ventos muito fortes no interior
2.O ar frio e pesado que desce e o ar quente que sobe
formando o cone do tornado deslocam-se em função da dinâmica interna do
fenômeno e também pela topografia da região em que se manifesta. Essa situação
forma minifrentes frias.
3-Ela deu origem a um tornado. Uma rajada de vento escapou da nuvem e atingiu o solo com grande velocidade
A maioria dos tornados são escuros devido à poeira e
detritos arrancados o solo, pois o redemoinho atua como um enorme aspirador de
pó. A velocidade dos ventos de um tornado pode superar os 200 km por hora.
Como o deslocamento da formação, as minifrentes frias
(formadas pelo ar frio que desce) empurram ar quente e úmido para o interior do
mesociclone. É o vapor d’água em ascensão que fornece a água necessária para as
formações de nuvens, chuva torrencial e granizo. Fonte : O Estado de S. Paulo - 31 de outubro de 1998
Registros Históricos de Furacões No Brasil
1 de maio de 1915 - Santos
Foi abalada por um grande furacão, que ocorreu às 14:40 h e
cresceu de intensidade logo depois, causando prejuízos materiais enormes e
também vítimas.
Danos materiais: No mar, ocorreram acidentes, com emborcação
de lanchas e de canoas. Na cidade houve sérios prejuízos notadamente nas ruas
Braz Cubas, Bitencourt, 11 de Junho, Itororó, em repartições e casas
residenciais.
Vítimas: duas mortes e três feridos
1967 -Tornado causa estragos em Lajeado
Ventos com velocidade de 200 km/h, passou por Lajeado,
causando provocando danos.
Danos materiais : Foram danificadas 214 casas, sendo que 22
casas foram totalmente destruídas. Postes, árvores foram arrancados.
Vítimas: 6 mortos e
40 feridos
Prejuízos: 370.000 dólares
Duração do ciclone: 3 minutos
26.04.91 - São Bernardo do Campo, ventos superiores a 140
km/h
Ventos superiores a 140 Km/h, atingiram especificamente uma
área, onde se situa o Depósito das Casas da Banha, provocando o tombamento de
oito carretas e dois caminhões carregados de mercadorias.
Dano pessoal : 07 pessoas ficaram feridas, sendo 02 com
ferimentos graves.
Dano material: destelhamento parcial do depósito,
mercadorias foram arrastadas pelo vento forte.
1991 -Tornado destrói em Itu
Em 1991, um vendaval, que durou apenas dois minutos,
provocou a morte de 15 pessoas em Itu. Deixou 200 feridos e 20 desabrigados. A
velocidade dos ventos, na ocasião, foi de 180 km/hora.
27.11.95 - Tornado provoca destruição na Unicamp
Um tornado com ventos de 180 km/h provocou danos
consideráveis na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Danos materiais : O tornado rompeu presilhas de aço de uma
polegada de espessura. Ele levantou e retorceu a estrutura do telhado, também
de aço, de 100 m de comprimento. A estrutura destruída pesa aproximadamente 200
t e o ginásio tem 10.000 m2. Quebrou os vidros da biblioteca central. Derrubou
12 árvores. O distrito de São Geraldo ficou sem energia elétrica por cerca de
duas horas.
Vítimas: Não houve
Prejuízos: U$ 521.000,00 a U$ 1.042.000,00
Local : Campinas -
SP
Horário : 21 h
28.10.97 - Rio Grande do Sul
Uma tempestade com ventos de mais de 100km/h, segundo
estimativas das autoridades locais, que classificaram o fenômeno com um
tornado, causou diversos danos:
Danos materiais: Destelharam cerca de 3.000 casas e derrubou
postes, muros e árvores.
Vítimas:
O hospital local atendeu 27 pessoas que sofreram ferimentos
leves.
O vendaval que teve início às 8h 05min e durou 30 minutos,
foi acompanhado de relâmpagos. O vento varreu uma área da cidade de 400 m de
largura.
Regiões atingidas :
■ Itaqui, fronteira oeste, 731 km de Porto Alegre
■ Jaguarão, sul do Estado, fronteira com Uruguai;
destelhamento de 200 casas, derrubou 85 postes de luz. Aproximadamente 6.000
pessoas ficaram sem luz.
■ Passo Fundo, no planalto médio, cerca de 100 casas foram
destelhadas
■ Santa Maria, no centro do Estado, houve destelhamento de
casas.
30.10. 1997 - Vendaval no Município de Trindade do Sul
O vendaval que atingiu o Município de Trindade do Sul, a 397
km da capital gaúcha, com ventos de 120 km/h, provocou diversos danos.
Danos materiais : cerca de 100 casas foram destelhadas
9.12.1997- Pato Branco tem prejuízo de R$ 1 milhão por causa
do vendaval
Foram pouco mais de três minutos, com um vento de
aproximadamente 140 km/h, acompanhados de uma chuva de granizo, para deixar a
cidade de Pato Branco em pânico. Os prejuízos estimados pela Prefeitura
Municipal foram mais de R$ 1 milhão.
Danos materiais: O vendaval destelhou 277 casas e atingiu 13
indústrias, 15 estabelecimentos comerciais, quatro escolas e um posto de saúde.
Na área rural, 54 famílias tiveram casas e galpões
destelhados. A aveia, trigo, triticale e o milho foram as culturas que mais
apresentaram prejuízos.
24 de novembro de 1999 – Sanga do Café - Tornado destrói
imóveis e fere 11
Um tornado com ventos de 100 quilômetros por hora atingiu a
comunidade de Sanga do Café, interior do município de Forquilhinha, no sul de
Santa Catarina.
Danos materiais: 14 residências foram atingidas, 4 delas
ficaram totalmente destruídas, dois estabelecimentos comerciais foram
atingidos, e a igreja e o centro comunitário ficaram destelhados. Houve pelo menos 60 desabrigados.
Vítimas: 11 pessoas ficaram feridas.
O tornado durou apenas três minutos e atingiu a extensão de
1 quilômetro. Além das residências, dois estabelecimentos comerciais foram
atingidos, e a igreja e o centro comunitário ficaram destelhados. Fonte: O
Estado de São Paulo – 26/11/1999
Comentário:
No Estados Unidos existem bancos de dados, cuja
responsabilidade é de uma agencia federal. Também, existem diversas entidades
particulares que analisam e processam as informações de acordo com esses bancos
de dados. As informações são detalhadas por estados, freqüência dos acidentes,
horários, etc, ocasionados por fatores climáticos, que são agrupados em um banco de dados denominados
“Storm” (raio, tornado, inundação ,
furacão).
No Brasil não temos esse tipo de banco de dados e como conseqüências não analisamos os custos sociais e econômicos causados por fenômenos atmosféricos, os quais
podem atingir custos extremamente elevados (interrupção de energia elétrica por
queda de raio, incêndio, explosão, queda de torres de transmissão provocada por
vendaval, inundação, etc).
Isto deveria alertar as autoridades, pelo volume de recursos
que às vezes é desperdiçado por falta de informações (prevenção) dos acidentes.
Por exemplo, a interrupção de uma subestação de energia elétrica afetada por um raio ou queda de uma torre de
transmissão provocado por vendaval .
Quais seriam os fatores de riscos financeiros envolvidos ?
■ Perda de receita financeira da concessionária
■ Paralisação de fábricas, que poderá atingir valores
elevados, cujo produto agrega energia como insumo básico.
■ Comércio, consumidores, etc.
É necessário que o País tenha uma agência federal de
desastres naturais (raio, inundação, vendaval, etc), que congrega os institutos
ou centro de pesquisas ligadas às universidades, que fazem pesquisas nas
áreas de climatologia e fenômenos
naturais, com intuito de gerencias as informações sobre catástrofes naturais e
assim oferecendo a sociedade às informações das áreas sujeitos a riscos ou
acidentes naturais.
Temos algumas entidades que estão atualmente fazendo estudo
sobre o comportamento dos fenômenos atmosféricos tais como; INPE (Instituto
Nacional de Pesquisa Espacial) e a Cemig
( Centrais Elétricas de Minas Gerais), porém
com deficiências na coletas de dados para fins estatísticos e
estimativas de prejuízos.
Estudo da Unicamp aponta que, entre 1990 e 2011, ao menos
205 tornados foram registrados em território nacional. Já no 17º Congresso
Brasileiro de Meteorologia, realizado 2012, foram apontados 77 registros de
tornados em Santa Catarina em um período de 33 anos (1976/2009).
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