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quinta-feira, agosto 09, 2007

Prédio da TAM Express é demolido

O prédio da TAM Express, na avenida Washington Luís (zona sul de São Paulo), foi demolido no domingo, 05 de agosto, exatamente às 15h30. A operação demorou 3 segundos.
Uma sirene foi disparada às 15h29 para avisar da operação. Uma nuvem de fumaça e cinzas cobriu o local. Uma pequena parte do prédio, onde foram colocados menos explosivos por causa da proximidade de outros imóveis, terá que ser demolida com máquinas.

Implosão
A empresa Arcoenge colocou as dinamites em 300 furos feitos nos pilares do prédio. Mas nem todas explodiram ao mesmo tempo. De acordo com engenheiro Manoel Jorge Dias, há “centenas de detonações”, que ocorreram de baixo para cima e da esquerda para a direita.
A implosão consumiu 75 quilos de dinamite e a fachada do edifício recebeu telas para evitar que os estilhaços se espalhassem.

Interdição de tráfego
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) interditou ruas e avenidas para a demolição do prédio por alguns minutos para garantir condições de segurança no local.
Apenas a Washington Luís, sentido centro/bairro, permaneceu fechada por mais tempo, mas foi liberada também --a via estava interditada desde o dia do acidente. http://zonaderisco.nafoto.net/photo20070809081237.html

Retirada de moradores
A Defesa Civil pediu que moradores de quatro quarteirões nos arredores do prédio deixassem suas casas momentaneamente no domingo. As casas que foram interditadas passarão por uma vistoria da Prefeitura de São Paulo, que deve ocorrer nesta segunda-feira, 6 de agosto. Para essa inspeção, os moradores têm de estar presentes.

Imprevisto durante a implosão
De acordo com o engenheiro que coordenou a implosão, Manoel Jorge Dias, uma parte do prédio ficou em pé. Ela teve de ser destruída com o auxílio de máquinas. Dias explicou que uma carga menor de explosivos foi colocada nos pilares desta parte do prédio por questões de segurança, já que ela fica próxima a alguns imóveis.

Outro imprevisto durante os trabalhos nos escombros da TAM Express foi a destruição de três edículas de imóveis da Rua Baronesa de Bela Vista. Segundo o engenheiro, as casas são coladas ao prédio implodido e, por isso, a queda foi inevitável. Os donos dos imóveis, segundo ele, já tinham sido avisados que isso podia acontecer.

Resgate de objetos pessoais
Depois que a Defesa Civil liberar o galpão, a Global BMS, com sede nos Estados Unidos, foi contratada pela TAM para ajudar na recuperação, higienização e catalogação dos pertences pessoais dos passageiros, tripulantes e funcionários. Objetos pessoais recuperados serão entregues aos familiares das vítimas da tragédia. Não há expectativa de encontrar fragmentos de corpos.
A Global BMS trabalhou nas buscas nas torres gêmeas em Nova York, que desabaram no atentado terrorista de 11 de setembro de 2001.

Retirada de entulho
A empresa que cuidou da implosão do prédio vai retirar 900 caminhões de entulho do local com 18 mil toneladas de material, ou 9 mil metros cúbicos
O engenheiro responsável pela obra, Manoel Jorge Dias, afirmou que não há previsão para o fim da retirada do entulho, pois não foi definido para onde tudo será levado. De acordo com Dias, a prioridade agora é "refinar o material" para que ele seja retirado com mais facilidade.

Terreno – doação
A TAM doará a área do prédio à Prefeitura de São Paulo para a construção de uma praça em memória das vítimas do acidente. A praça englobará ainda o terreno de três casas e do posto de gasolina próximos ao local do acidente. Os imóveis serão desapropriados, A praça vai ocupar uma área estimada em 7,8 mil metros quadrados.

Vitimas identificadas
Até 7 de agosto de 2008, segundo a Secretaria de Segurança Pública foram identificadas 174 vítimas.

Fontes: G1 SP e Folha Online, 6 de agosto de 2008

Vídeo:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM710594-7823-PREDIO+DA+TAM+EXPRESS+E+IMPLODIDO,00.html

posted by ACCA@8:15 AM