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sábado, agosto 25, 2007

Erros mais freqüentes encontrados nas vistorias do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo

Nas vistorias, as instalações são confrontadas com o Projeto Técnico aprovado pelo Corpo de Bombeiros. As alterações encontradas são analisadas com vistas à manutenção das condições de segurança previstas no Decreto Estadual 46.076/01 (mais 38 Instruções Técnicas) e pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Havendo deficiências elas são anotadas e um relatório é fornecido ao interessado para que analise e proponha uma solução técnica. Caso não existam alterações, será emitido o Auto de Vistoria.

As alterações mais comuns são as seguintes:

Sinalização:
■ falta de indicação da chave de proteção da bomba de incêndio no Quadro Geral de Energia;
■ quando houver prateleiras, armários que impeçam a visualização dos extintores, hidrantes e demais equipamentos, a sinalização deve ser elevada acima de tais obstáculos de forma a poder indicar a localização à distância;
■ falta de sinalização de solo em depósitos ou locais de fácil obstrução dos equipamentos;
quando os equipamentos ficarem atrás de pilares, cantos de parede, escadas e demais situações que fiquem escondidos, a sinalização deve apontar nestes locais a direção onde estão aqueles equipamentos;
■ falta de indicação da porta de saída e da rota a ser tomada, principalmente em locais de reunião de pessoas, tratando-se de sinalização comum ou integrante do sistema de luz de emergência;
■ falta de indicação "SAÍDA DE EMERGÊNCIA" ou "ESCADA DE SEGURANÇA" nas portas corta-fogo, na face voltada para os halls;
■ falta de indicação do número do andar nas escadas.

Hidrantes:
■ as mangueiras acondicionadas em espiral, quando deveriam estar "aduchadas" isto é com as duas extremidades voltadas para fora, a fim de facilitar o desdobramento e uso rápido;
■ falta de esguicho ou chave de mangueira nos armários para hidrantes;
■ registro fechado na tubulação principal de alimentação;
■ instalações em PVC internas às edificações ou executadas sem correto ancoramento e solda apropriada nas junções, diminuindo a resistência do sistema;
■ obstrução ao acesso e/ou visualização;.
■ registro de recalque sem drenagem, obstruído ou incompleto;

Luz de emergência:
■ alguns pontos de luz ou todo o sistema desativado;
■ falta, parcial ou total, de solução nas baterias;
■ pontos de luz com luminosidade insuficiente para o local, decorrente de potência da central, fiação ou lâmpadas sub dimensionadas;
■ não cumprimento do projeto no tocante à instalação de todos os pontos que foram previstos no projeto aprovado;
■ instalação ou alteração de divisórias sem revisão do projeto;
■ substituição do fusível por pedaços de metal, papel laminado de cigarro e similares.

Alarme:
■ instalação do painel central em local sem permanência constante de pessoas;
■ vidros quebrados nos pontos de acionamento manual;
■ falta de indicação das providências a serem tomadas para acionamento do mesmo;
■ fiação aparente e passando por locais sujeitos a avarias decorrentes de incêndios.
■ substituição do fusível por pedaços de metal, papel laminado de cigarro e similares.

Escada de segurança:
■ portas corta-fogo instaladas acima de 1 cm da soleira da porta permitindo que volume maior de fumaça a atravesse;
■ portas corta-fogo mantidas abertas por calços, vasos ou tijolos;
■ portas corta-fogo que não fecham automaticamente com a passagem das pessoas;
■ portas corta-fogo instaladas sem espaço correspondente a uma largura antes e depois no seu acesso ou saída, fazendo com que as pessoas tenham que pegar na maçaneta estando em degrau acima ou abaixo da mesma;
■ portas corta-fogo sem placas de marca de conformidade;
■ venezianas de ventilação com elementos que não garantem a área mínima de ventilação de 0,84 m2;
■ instalação de fiação de antenas, prumadas elétricas e até tubulação de gás combustível já foi encontrada;
■ obstrução por vasos, sacos de lixo, materiais de construção, móveis etc;
■ fixação de corrimãos por buchas nas paredes que não garante um mínimo de resistência ao arrancamento;
■ escada de segurança que não termina no térreo (descarga) mas continua até o subsolo - obrigatoriamente ela deve terminar no pavimento do acesso à edificação de forma que a população não desça, em casos de pânico, até o subsolo.

Extintores portáteis e sobre-rodas:
■ falta de inspeção ou manutenção;
■ selo de aparelho novo em equipamento usado;
■ agente extintor "empedrado" nos aparelhos de pó químico seco;
■ medidor de pressão acusando aparelho fora de uso;
■ aparelho obstruído por móveis, lixo, vasos; atrás de portas;
■ tipo de agente extintor não adequado ao material das proximidades (tipo pó químico seco para papéis, quando deveria ser de água; água ou espuma próximo a materiais energizados, quando deveria ser de gás carbônico e outras mais);

Brigada de incêndio:
■ quando declarado no projeto que haverá pessoal treinado e solicitados os nomes antes da vistoria, no local as pessoas cujos nomes foram dados nem sabiam que foram indicadas para tal função;
■ dificilmente a carga-horária é seguida;
■ os funcionários treinados saem da empresa e não há transferência dos cargos;
■ componentes com conhecimento insuficiente ou sem treinamento prático;

chuveiros automáticos:
■ quando declarado no projeto que haverá pessoal treinado e solicitados os nomes antes da vistoria, no local as pessoas cujos nomes foram dados nem sabiam que foram indicadas para tal função;
■ falta dos bicos reserva;
■ gongo hidráulico não funciona;
■ bicos distantes do teto, sem coletor de calor;
■ falta de drenos, falta de conexões remotas de teste;
■ falta de sinalização do registro de recalque;
■ falta de tubulação de retorno do recalque da bomba ao reservatório (6 mm para evitar superaquecimento);
■ falta de conexão de ensaio da bomba;

Fonte: Cap PM e Engenheiro Civil Leandro Antonio Graton

posted by ACCA@2:47 PM