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segunda-feira, abril 09, 2007

Noções básicas de Proteção Passiva

Barreiras de Proteção Passiva
As barreiras de proteção passiva são produtos resistentes à ação do fogo que somadas às técnicas construtivas confinam o incêndio em seu lugar de origem para que não tome grandes proporções, além de preservar a integridade estrutural do edifício.

Esses materiais começaram a ser utilizados na década de 40 em navios de guerra. Nos anos 60 e 70 foram empregados nas usinas nucleares .

No Brasil, também tiveram o mesmo destino , sendo utilizados na Usina Nuclear Angra I, nos Módulos das Plataformas da Petrobrás , mas só à partir de 1994 esta tecnologia começa a ser direcionada à construção civil e industrias.

São várias as barreiras de proteção passiva, assim como as indicações, sendo que para elementos estruturais existem três famílias :

Pinturas Intumescentes
De base epóxica, quando expostas a altas temperaturas intumesce, ou seja , se expande (10 vezes a espessura aplicada), criando uma barreira contra o fogo.

São indicadas para estruturas que ficam à vista, mas também podem ser aplicadas em peças interiores ou exteriores. Seus custo é elevado , por isso são utilizados com maior freqüência em obras com reduzido tempo de proteção.

Placas e Mantas pré-fabricadas
Podem ser compostas de gesso , lã de rocha ou fibra cerâmica. Consomem muita mão de obra e as peças a serem protegidas necessitam de preparação prévia para receber o produto. São recomendadas para locais de difícil acesso, que estão em uso e não podem ser desocupados.

Revestimentos projetados
São produtos de fácil e rápida aplicação e os mais econômicos. Dependendo da composição apresentam densidades variadas e conseqüentemente resistências mecânicas diferentes, desta forma para cada tipo de aplicação há um produto mais indicado.

Estão divididos em dois grupos : Cimentitius, com alto índice de material aglomerante (mínimo de 80% de gesso ou cimento), o que lhe confere boas características mecânicas, tais como resistência à erosão sob corrente de ar ; alta aderência ao substrato ; alta resistência à compressão e à abrasão.

Não possuem fibras minerais, asbestos ou qualquer outro produto nocivo à saúde. O outro grupo são as Fibras projetadas, produtos compostos por fibras , geralmente lã de rocha, com baixo teor aglomerante (menor que 30% de escória), por esta razão apresentam características mecânicas muito inferiores as do Cimentitius.

As barreiras de proteção passiva contra incêndio devem estar sempre associadas a um determinado tempo de proteção, que se divide em classes de 30, 60 , 90 , 120 e 180 minutos.

Durante estes períodos não pode haver passagem de chamas e fumaça, além disso a temperatura do lado não exposto não pode ultrapassar , no caso de selagens de penetração, por exemplo, a 180ºC, elementos de estruturas metálicas a 550ºC.

Assim como os elementos estruturais de proteção passiva, as barreiras devem constar no projeto da construção para que a integração entre ambos seja tecnicamente satisfatória.

Fonte: Engº David D.Rowlands -SISTEMA Comércio e Assessoria Técnica Ltda

posted by ACCA@10:03 PM